Rosualdo Rodrigues
Colunista de Variedades do Gastronomix
Há quem acredite que Limoncello, só o italiano. Mas o empresário Marco
Romboloni está disposto a derrubar essa crença. E vem trabalhando nisso há dois
anos, quando começou a produzir o limoncello
do paraíso, em sua casa, em Alto Paraíso (GO).
Os insumos são todos daqui mesmo do Centro-Oeste, mas a receita segue o
método artesanal praticado na Itália, onde a bebida é uma tradição. Marco a
aprendeu com o pai e trouxe consigo quando chegou ao Brasil, há 12 anos.
Quando veio para cá, o italiano passeou por diversos lugares, incluindo
Rio de Janeiro e Salvador, mas acabou escolhendo o interior goiano para se
fixar. Em alto paraíso, construiu uma casa, que batizou de casa sublime.
A
casa sublime, em alto paraíso, hoje uma pousada
Ali costumava receber amigos para reuniões em que preparava pratos
típicos da sua região, a Emilia Romagna, servidos na companhia de bom vinho,
claro. Numa dessas, um dos convidados levou um limoncello importado.
Marco gostou, mas garantiu que era capaz de produzir um licor muito
melhor. E provou o que disse. Deu início à produção artesanal da bebida e não
tinha quem não quisesse uma garrafa.
Isso foi há dois anos, e desde então a produção de limoncello tomou uma
proporção que motivou marco rombolini a vender a casa subime — que de tão ampla
e bonita hoje é uma pousada –, arranjar dois sócios e mudar a
produção para o plano piloto, há sete meses.
A ele se juntaram os italianos residentes em Brasília Michel Casalino,
ex-sócio do Il Basílico da Quituarte, e simona forcisi. Agora, o trio se
empenha em mostrar que o Limoncello do Paraíso não fica nada a dever aos que
vêm da Itália (o que é verdade).
“Nosso método é artesanal. Os limões são escolhidos um a um, todo o processo
segue rigorosamente a fórmula original do sul da Itália”, diz Marco, que produz
a bebida em parceria com Michel e mais dois empregados numa loja comercial da
Asa Norte.
Afinal, o licor pode ser usado como ingrediente de uma infinidade de
coquetéis. São exemplos o Limoncello Spritz, em que o aperol é substituído pela
bebida italiana, e o Coco Spritz (limoncello, água de coco, gelo e uma fatia de
limão siciliano).
Todos super-refrescantes. “O frescor cítrico do limoncello tem muito a
ver com o clima tropical brasileiro”, observa Marco Rombolini, que produziu uma
primeira leva de 700 garrafas. Produz também, numa tiragem limitada, um
saborosíssimo Crema Limoncello, versão cremosa do licor, que lembra um Bailey’s,
só que de limão. Ambos os produtos, por enquanto, só está sendo vendido a
adegas, mercadinhos, bares e restaurantes.
Simone é encarregada da divulgação do produto, levando-o a feiras e
eventos gastronômicos da cidade. Faz parte de sua missão tornar conhecida a
versatilidade do Limoncello, que não precisa ser consumido apenas como
aperitivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário