Erika Klingl
Colunista e crítica de Gastronomia do Gastronomix
Um desavisado pode achar que estamos longe de Brasília. Mais
precisamente no tradicional bairro paulistano do Bixiga, reduto de famílias italianas que escolheram São Paulo ainda no final do século XIX e início do
século XX. Mas estamos na Asa Sul mesmo. Mais precisamente na quadra 206, onde
funciona desde janeiro a Cantina
Sanfelice.
Logo na chegada, a voz de Peppino Di Capri cantando nas caixas de som
anuncia que estamos mesmo numa casa Italiana. Soma-se a isso, as toalhas
quadriculadas e as fitinhas com as cores da Itália penduradas no teto. Tudo nos
remete a uma tradicional cantina com cerca de cinco décadas... (e não os sete
meses da Sanfelice).
Escolhi essa casa para ser a primeira avaliada por mim aqui no Gastronomix. E já explico o motivo dessa
opção. A Cantina não é nova demais, e não sofre, portanto, dos problemas das
casas recém-inauguradas (um dia posso escrever mais sobre as enormes
dificuldades que passam os restaurantes e bares nas primeiras semanas de
funcionamento).
Além disso, a gastronomia de lá é baseada na comfort food. Ou seja, serve uma refeição caseira e tradicional. O
que pouca gente sabe é que, muitas vezes, essa comida é difícil de fazer. Uma
massa fresca servida com bom cozimento e se gosto de farinha é fruto de bons
ingredientes e muita prática.
Pensando nisso, escolhi os clássicos do cardápio. Para começar, uma
salada caprese. Servida com um delicioso molho pesto, ela vem com tomate,
muçarela de búfala e folhas verdes (que já são uma variação do tema). Apesar de
o queijo não ter aquela leveza das tradicionais mozzarellas italianas,
o prato abre bem a refeição.
Em seguida, nhoque. Mais uma vez a decisão pelo bolinho de batata com
farinha e ovo deveu-se à difícil tarefa de realizar bem a receita. Não é fácil
manter a integridade da massa durante o cozimento sem abusar da farinha de
trigo (que deixa pesado o preparo). E para acompanhar, molho de tomate. A ideia
aqui era ver se a casa fugia da tentação fácil de usar ingredientes enlatados
ou processados.
E, para minha alegria, deu tudo certo. A massa estava leve e o molho
com gosto de tomates frescos. Mas é preciso destacar que o parmesão
servido num potinho à mesa não fez justiça ao almoço. Como ele vem previamente
ralado, estava seco e com sabor muito ameno.
Para acompanhar, me rendi a outra tradição de cantinas itaianas: o
vinho da casa. Uma mistura de merlot e cabernet que pode ser tomado em taça (R$
12) ou em garrafa (R$ 45). Apesar da pouca personalidade, o vinho de Bento
Gonçalves, na Serra Gaúcha, acompanhou bem a refeição despretenciosa.
E, como não podia deixar de ser, a conta também dialoga com o espírito
da casa. A entrada e o prato principal somados ao vinho e à água custaram R$
61, coisa rara em Brasília.
Sanfelice
206 Sul, Bloco A, Loja 6
206 Sul, Bloco A, Loja 6
Asa Sul - Brasília
Telefone: (61) 3297-3232
Funcionamento: para almoço, de terça a sábado a partir do meio-dia; para jantar, das 19h até o último cliente. A cozinha encerra o atendimento às 23h. Domingo: somente almoço, de meio-dia até o último cliente.
http://www.sanfelicemassas.com.br/
Telefone: (61) 3297-3232
Funcionamento: para almoço, de terça a sábado a partir do meio-dia; para jantar, das 19h até o último cliente. A cozinha encerra o atendimento às 23h. Domingo: somente almoço, de meio-dia até o último cliente.
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2 comentários:
Sei não, acho que você foi a outro restaurante. Do seu comentário só concordo com a ambientação, o resto achei muito ruim mesmo.
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