A quadra comercial da 413/414 Norte, em Brasília, já há algum tempo é
polo gastronômico relativamente importante na cidade. Ocorre que não havia,
ali, cafeteria que pudesse fazer juz ao nome.
Quem se liga no assunto, já sabe que agora há. O sugestivo nome de
Clandestino não chega a induzir à conclusão de que está ali 'clandestinamente'
infiltrado entre pizzas, crepes e cozinhas contemporâneas de nomes já
reconhecidos.
A arquitetura e identidade visual da loja, muito bem resolvidas de
frente para o belo parque Olhos D´água, sugerem, na verdade, que o Café
Clandestino se destina a ser uma bela pausa entre os estresses do dia. Ou a
maneira de começar bem uma jornada, num café da manhã de fim de semana, por
exemplo.
Ao que interessa: o blend que estava no moinho no dia da visita é criação da barista Isabela Raposeiras, que é a consultora da casa. Ótimo equilíbrio entre corpo, acidez, doçura e retrogosto. Vem num copinho tipo shot de tequila. Particularmente, prefiriria uma xícara tradicional de porcelana, que conforme já conversamos por aqui, costuma ser o melhor recipiente para um ótimo espresso.
Quem prefere as outras formas de extração tem opção entre o coador japonês
Hario ou o Aeropress e pode escolher entre os grãos Bourbon Vermelho e Catuaí
Amarelo. Ambos corretos. Para quem gosta, há também gelados em receitas
inusitadas como o frapê de café com manga, por exemplo. Felizmente, vem sem
chantilly...
O cardápio de doces e bolos também é bastante abrangente. Ponto para a cheesecake com textura consistente e calda de framboesa. Mas os bolos... Bem, o de cenoura com chocolate lembra bolo de caixinha: seco e com pouca maciez.
Já a criativa opção de bolo de laranja com farinha de amêndoas, sem glúten, vem com calda de brigadeiro. Mas peca exatamente onde devia conquistar o paladar: doce demais, não permite que os sabores sejam realmente percebidos. Mas como a gente ama mesmo é o café, vale a pena ir mais de uma vez. Quem sabe, na próxima, dou mais sorte com os docinhos?
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