Luciano Milhomem
Colunista de Alimentação natural do Gastronomix
Já esqueci qual foi meu último piquenique. Comer fora de casa aos fins de semana ou feriados é, para mim e para muitos, ir a um restaurante, normalmente de um shopping center. A tradicional imagem da toalha quadriculada de branco e vermelho estendida sobre a grama, com cestas de vime, copos, pratos e garfos espalhados, parece emoldurada no tempo, como uma pintura impressionista.
Em Brasília e outras cidades onde há grandes parques, há quem organize churrascos, geralmente sobre uma estrutura já montada -- no caso da capital federal, churrasqueiras, mesas e bancos de concreto. O ar livre está lá, mas o bucolismo romântico e elegante dos velhos piqueniques passa longe.
Neste ano, o Parque da Cidade abrigou evento gastronômico ao ar livre à hora do almoço em um fim de semana. Pareceu-me uma boa ideia, mas tive a sensação de estar, mais uma vez, em um shopping center a céu aberto: barracas de comida e bebida variadas (instalações provisórias de restaurantes conhecidos da cidade), pratos em sua maioria banais e mesas insuficientes para a quantidade de pessoas que foram experimentar a novidade.
Colunista de Alimentação natural do Gastronomix
Já esqueci qual foi meu último piquenique. Comer fora de casa aos fins de semana ou feriados é, para mim e para muitos, ir a um restaurante, normalmente de um shopping center. A tradicional imagem da toalha quadriculada de branco e vermelho estendida sobre a grama, com cestas de vime, copos, pratos e garfos espalhados, parece emoldurada no tempo, como uma pintura impressionista.
Em Brasília e outras cidades onde há grandes parques, há quem organize churrascos, geralmente sobre uma estrutura já montada -- no caso da capital federal, churrasqueiras, mesas e bancos de concreto. O ar livre está lá, mas o bucolismo romântico e elegante dos velhos piqueniques passa longe.
Neste ano, o Parque da Cidade abrigou evento gastronômico ao ar livre à hora do almoço em um fim de semana. Pareceu-me uma boa ideia, mas tive a sensação de estar, mais uma vez, em um shopping center a céu aberto: barracas de comida e bebida variadas (instalações provisórias de restaurantes conhecidos da cidade), pratos em sua maioria banais e mesas insuficientes para a quantidade de pessoas que foram experimentar a novidade.
Ademais, para quem, como eu, não come carnes, só havia duas opções: um tipo de
risoto e pizza sabor Marguerita. Quem me serviu o risoto confessou-me que só
criou um de seus pratos sem carne a pedido de clientes vegetarianos carentes de
alternativa na feira gastronômica.
Agora, mais precisamente no próximo dia 6, o brasiliense terá nova oportunidade de recuperar ao menos parte do espírito dos antigos piqueniques: a 1ª edição do Tempera Pop Up, festival gastronômico de rua, com a participação de 9 chefs e pratos ao custo de até R$ 20,00.
O Tempera compensará a falta de cestas de vime e toalhas quadriculadas com a presença de mestres da gastronomia brasiliense, como Anderson Ferreira (D’Lurdes), Daniela Loyola (Confeitaria Francesa), Daniel Vieira (4Doze Bistrô), Gil Guimarães (Parrilla Madri), Lídia Nasser (Empório Árabe), Mara Alcamim (Universal Diner e Café Universal), Rosario Tessier (Trattoria da Rosario), Tatiana Lisboa (personal chef) e Venceslau Calaf (Bar do Calaf). Para acompanhar os finos pratos, os estandes do evento disporão também de bebidas alcóolicas, como vinhos e espumantes.
Agora, mais precisamente no próximo dia 6, o brasiliense terá nova oportunidade de recuperar ao menos parte do espírito dos antigos piqueniques: a 1ª edição do Tempera Pop Up, festival gastronômico de rua, com a participação de 9 chefs e pratos ao custo de até R$ 20,00.
O Tempera compensará a falta de cestas de vime e toalhas quadriculadas com a presença de mestres da gastronomia brasiliense, como Anderson Ferreira (D’Lurdes), Daniela Loyola (Confeitaria Francesa), Daniel Vieira (4Doze Bistrô), Gil Guimarães (Parrilla Madri), Lídia Nasser (Empório Árabe), Mara Alcamim (Universal Diner e Café Universal), Rosario Tessier (Trattoria da Rosario), Tatiana Lisboa (personal chef) e Venceslau Calaf (Bar do Calaf). Para acompanhar os finos pratos, os estandes do evento disporão também de bebidas alcóolicas, como vinhos e espumantes.
Além dos preços acessíveis, o Tempera invadirá a noite, pois estará
aberto das 12h às 22h. Outra novidade do festival é valorizar a gastronomia de
fora do coração do Plano Piloto. O chef Anderson Ferreira, que comanda o
D’Lurdes (restaurante especializado em comida mineira no Guará) e a chef Lídia
Nasser, à frente do Empório Árabe, em Águas Claras, são exemplos dessa
iniciativa.
Para os bons gourmets que não apreciam carne, o Tempera
também tem poucas, porém tentadoras, opções. Lídia Nasser, do Empório Árabe,
por exemplo, oferecerá sanduíche de falafel (bolinho de grão de bico) no
pão-folha (a R$ 15,00). Tatiana Lisboa (chef independente) concorre com seu
arancini de açafrão-da-terra e queijo (bolinho de risoto de açafrão-da-terra
recheado com queijo).
Que fique registrada a sugestão aos chefs da cidade: quem não come
carnes também aprecia alta gastronomia. Ainda dá tempo de incluir mais pratos
livres de produtos animais no festival.
Tempera Pop Up
Dia 6 de setembro, das 12h às
22h, no Soul Brasília (Parque da Cidade, Praça das Fontes, Estacionamento 9). Pratos
até R$ 20,00. Entrada gratuita.
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