Alguma lista
de melhores discos nacionais de 2013 que deixar de fora o álbum De graça, de
Marcelo Jeneci, a meu ver, perde automaticamente a validade. Impossível
ignorá-lo, impossível não se deixar tocar pela beleza desse terceiro trabalho
do paulistano.
Compondo sozinho
ou com parceiros diversos (Isabel Lenza, Arnaldo Antunes, Arthur Nstrovski,
Luiz Tatit, Rafael Costa), Marcelo Jeneci traz uma série de 13 faixas encadeadas
de tal forma que não há como imaginá-las em outra ordem ou com uma a mais ou a
menos.
Não por
acaso, no streaming do site dele o disco tem que ser ouvido direto, com todas
as canções numa faixa única. E nada melhor do que se deixar levar nesse roteiro
estabelecido pelo artista, pontuado por poesia e delicadeza, mas de uma firmeza
racional.
Justamente por
isso, ao mesmo tempo em que enleva, De graça pede para ser ouvido com atenção,
bebido conscientemente em cada verso, em cada acorde – seja quando eles ganham
contornos mais pop ou quando se derramam nos arranjos orquestrais de Eumir Deodato.
E, claro,
não podia faltar a voz de Laura Lavieri, aqui usada com mais parcimônia que no
disco anterior, entrando com sutileza, mas fazendo toda diferença. E como “o
bom da vida é de graça”, é possível ouvir tudo isso sem pagar um tostão, basta
entrar no site do próprio Marcelo Jeneci, no Deezer, no YouTube...
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