Por Rosualdo Rodrigues
Grandes modelos desse estilo são as cantoras como Mariah Carey, Whitney Houston, Toni Braxton, Celine Dion e todas que participaram do primeiro encontro da série Divas… Falo do primeiro porque não tive coragem de ver mais nenhum outro. Gritaria demais. “Grandes vozes a serviço do mal”, como diria um amigo meu.
(Tem uma cena engraçada em que a coitada da Carole King, como convidada especial, é sufocada pela gritaria das tais divas, especialmente de Aretha Franklin, que começa cantando lindamente Natural woman, mas entra numa viagem (vocalmente) exibicionista desnecessária para quem tem a história dela.
Mas tudo isso é para falar de duas cantoras surgidas recentemente que têm vozeirão, bebem fartamente na fonte do R&B e do blues e o usam com todo direito, e mesmo assim conseguem soar agradáveis: a escocesa Emeli Sandé e a inglesa Rebecca Ferguson. Ambas estrearam com discosbastante interessantes, Our version of events e Heaven, respectivamente.
O de Emeli é mais moderninho, aberto a influências mais amplas, a começar pelo hit Heaven, que traz elementos de drum’n’bass. O de Rebecca é mais tradicional, canções mais redondinhas, harmonias mais convencionais dentro do gênero a que se propõe. Mas os dois são igualmente ótimos.
Curiosamente, Rebecca surgiu a partir de um desses programas televisivos tipo American idol. Mais exatamente no britânico X-Factor. Mas escapa de ser mais uma que usa desnecessariamente a voz até o limite. Heaven tem alma e suor. Quem ainda não ouviu a moça, pode conferi-la em Glitter & gold.
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