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A tirar pelos dois últimos dias, a seca deste ano promete ser cruel. Por conta dela, estou acometido de uma dor de cabeça e de uma moleza que me obrigam a recorrer ao controcê-controvê no post de hoje. Mas copiar a si mesmo, creio, não é pecado. E como não podemos ignorar o lançamento de mais um disco de Chico Buarque, aqui vai o comentário que escrevi sobre Chico para o Correio Braziliense:
“Desde o sorriso tímido do artista na foto em preto e branco da capa e o título curto — simplesmente Chico —, o novo disco de Chico Buarque exala leveza. É claramente a obra de um homem sereno e de um artista cuja maturidade o permite investir na simplicidade sem medo de contrariar as expectativas que, inevitavelmente, formam-se em torno de um disco seu. Evidentemente, cada trabalho de Chico é esperado como um evento e torna-se alvo de críticas e artigos densos.
O novo álbum, no entanto, desencoraja essa densidade. O amor prevalece como tema — em abordagens nada clichê —, seja em ritmo de marcha (Rubato), blues (Essa pequena), baião (Tipo um baião), valsa (Se eu soubesse, com a namorada Thaís Guilin) ou samba (Sou eu, com Wilson das Neves). O cronista urbano aparece em Querido diário (pura prosa literária) e Nina é mais uma na coleção de lindas valsas compostas pelo músico.
Embaladas por arranjos que sublinham a leveza proposta pelas canções, as 10 faixas podem não resultar em um dos mais brilhantes discos de Chico Buarque, mas Chico é, com certeza, um dos mais deliciosos de ouvir. E não decepciona quem não tem dúvida da genialidade do artisya, como músico ou letrista.”
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