Por Sandro Biondo
Colunista de Café do Gastronomix
Se você foi bom aluno(a) de história do Brasil, deve se lembrar da
velha lógica: café em São Paulo, leite em Minas e cacau na Bahia... Pois a lógica já pode ser esquecida e aposentada. Minas já provou que é ótimo
celeiro de cafés, a maior fazenda produtora de leite fica em São Paulo e a
Bahia já não vive só de cacau, dendê e berimbau.
A Chapada Diamantina está aí para provar: há mais riqueza além do
brilho dos diamantes do que podia sonhar nossa vã e antiga filosofia. Além das
paisagens tocantes, das cachoeiras cristalinas e de uma rede hoteleira e de
pousadas de charme que acolhe bolsos de todos os tamanhos, a região tem se
revelado uma nova e promissora fronteira na produção de cafés de alta
qualidade.
O café Terroá, do município de Piatã, é um dos selos mais representativos. Suas três variedades atendem mais do que bem ao paladar de quem quer uma bebida mais ácida, mais doce ou com mais corpo. Os blends Vento Norte, Sol Amarelo e Terra Vermelha são infalíveis no que se propõem: cafés de alta qualidade tanto para extração de bom espresso quanto para infusão nos outros métodos, como francesinha, italiana ou coado tradicional.
Para quem quer ir além no sabor, recomendo fortemente o microlote Café
é Fruta! Como é microlote, a produção é limitada e sazonal. Mas é possível encontrar,
com pouca labuta e alguma sorte, algumas unidades nas boas casas do ramo em
Brasília, São Paulo, Rio e outras capitais.
Não valesse pelo sabor, valeria pelo nome e sugestão. Sim, café é
fruta. Assim como cacau. Ou seja: beber café e comer chocolate, além de serem
alguns dos maiores prazeres da vida, fazem bem á saúde. Que não se diga nem
prove o contrário. E viva a Bahia!
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