Rosualdo Rodrigues
Colunista de Música do Gastronomix
Colunista de Música do Gastronomix
Quem só conhece K. T. Tunstall da alegre e fofa “Suddenly Isee” deverá levar algum tempo para reconhecê-la nas faixas de “Invisible
empire// Crescent moon”, o novo disco, quarto de estúdio da cantora e
compositora britânica de 38 anos. A mudança de tom em relação aos trabalhos
anteriores chama a atenção desde “Invisible empire”, a música de abertura.
K. T. sempre soube se equilibrar entre um pop acessível e uma
pegada mais autoral. Mas aqui aparece mais introspectiva, dando ênfase às
influências folk e country, o que resulta em verdadeiras pérolas. A belíssima “Madeof glass” é, sem dúvida, uma das melhores canções lançadas neste ano – o disco
todo, na verdade, tem qualidades para constar em qualquer lista do tipo. E a
faixa que a segue, “How you kill me”, não fica atrás – curiosamente, tem um quê
de Melody Gardot.
Pianos e violões ganham destaque nos arranjos, quase sempre econômicos,
harmonizando com a levada cool das canções. Algum peso de guitarra entra como
exceção em faixas como "Waiting on the heart" e "Feel it all" (principalmente na
segunda versão da música, uma "band jam", que entra como bônus no fim do disco).
“Invisible empire// Crescent moon” é, em resumo, um disco
invernal. E por isso não poderia ter chegado em melhor hora.
P.S. - Esqueci de dizer, na última coluna, que a "Ao pé do ouvido" passa a ser quinzenal.
P.S. - Esqueci de dizer, na última coluna, que a "Ao pé do ouvido" passa a ser quinzenal.
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