EU RECOMENDO // Comida mineira de qualidade

Por Ivo Faria (*)

Convidado especial do Gastronomix

“Sempre que chega alguém conhecido em Belo Horizonte, o primeiro lugar que levo é o Xapuri. Dona Nelsa faz uma comida que adoro. Um tempero local, com pegada mineira e jeitinho simples e gostoso.

No Mercado Central, adoro ir ao Casa Cheia, um clássico, com comida tradicional. Na verdade, tudo é bom. Você encontra ingredientes frescos, da melhor qualidade. Um deleite. 

Por último, recomendo o Pé de Cana (Bar do Antônio). Tem petiscos bem mineiros, um tratamento atencioso. Tem tudo o que gosto”.

Xapuri

Rua Mandacaru, 260Belo Horizonte - MG

Telefone: (31) 349 -6198

Mercado Central

Avenida Augusto de Lima - até 0998 - lado par, 774 - Centro
Belo Horizonte -MG
Telefone: (31) 3274-9434
www.mercadocentral.com.br

 Bar do Antônio – Pé de Cana

Rua Flórida, 15 - Sion

Belo Horizonte - MG

Telefone: (31) 3221-2099

(*) Ivo Faria é chef-proprietário do restaurante Vecchio Sogno (www.vecchiosogno.com.br), desde 1995. 

ABOBRINHAS // Entre alfaces

Luciano Milhomem
Colunista de Alimentação Natural do Gastronomix

Quem decidir parar de comer carne deve se preparar para os engraçadinhos. Eles estão em toda parte e sempre prontos a perder um amigo, mas não a piada. A preferida deles é com alfaces. Na verdade, são muitas piadinhas, todas bem parecidas. Associam a morte de um animal com a morte de uma alface, ou seja, segundo os engraçadinhos, quem come vegetal também é responsável pela morte de um ser vivo. Uma falácia, claro, mas que faz (ou quer fazer) alguns rirem.

Como piadas não são mesmo para se levar a sério, reproduzo algumas aqui sem temor de ofender vegetarianos. O leitor julgará por si próprio se elas realmente merecem que os adeptos da dieta sem carnes se irritem com elas.

Na festa de fim de ano do Clube dos Vegetarianos, o presidente começa seu discurso:
-- Vou ser breve, senão o nosso jantar murcha!

Quando parar de dar gargalhadas, o leitor pode ler mais esta:

O que o canibal vegetariano come?
-- A planta do pé e a batata da perna.

Há, inclusive, as “picantes”:

Sabe qual é o cúmulo dos vegetarianos?
--- É levar uma mulher pra trás da moita e... COMER A MOITA!

Sabe por que a vegetariana não goza?
-- Para não ter que admitir que um pedaço de carne lhe dá prazer.

Os realmente criativos apelam para desenhos e até tirinhas:

É claro que muitos engraçadinhos são somente isto mesmo: engraçadinhos. Não há maldade neles. Mas uma busca na internet pode levar a descobertas curiosas. Há mesmo quem afirme odiar vegetarianos. Acusa-os, por exemplo, de arrogantes. Não duvido de que haja vegetarianos que se julguem superiores porque não comem animais. Há muitos, porém, que estão se lixando para o que os outros comem. Apenas se sentem melhor com uma alimentação mais “verde”.

Não sou psicólogo, mas tenho cá meus palpites. Suspeito de que os mais implicantes, os mais incomodados com a existência de vegetarianos, sentem um misto de culpa e inveja. No íntimo, gostariam de não sentir tanta paixão por carne animal, mas não conseguem parar de consumi-la. Então, projetam essa frustração nos vegetarianos. Realmente, não sei se estou certo, mas não me surpreenderia se estivesse -- ao menos em alguns casos.

Fato é que uns e outros estarão muito melhor se continuarem no campo verde e florido da brincadeira. Que falem abobrinhas! Sem trocadilho.

DRINK_ME // O clima de Saint-Tropez em SP

 

Por Juliana Raimo

Na semana passada, estive no mais novo restaurante bar, inaugurado no burburinho dos Jardins, para prestigiar meu amigo Marcelo Serrano. Ele foi eleito o melhor profissional da cidade em 2011 pelas revistas Veja S. Paulo, Prazeres da Mesa e Gula (quando atuava no MyNY Bar). É um dos 10 barmens selecionados em todo o mundo para participar de um concurso promovido pela vodka Grey Goose, que aconteceu ontem, dia 27, em Cognac, na França.

Agora, começa uma nova etapa a frente do bar do Brasserie des Arts, filial do restaurante de Saint-Tropez na Riviera Francesa, inaugurado pelos sócios Luigi Cardoso Alves, Ricardo Mansur (Brown Sugar), Rubens Zogbi (Serafina) e Roger Rodrigues.

A cozinha – que destaca pratos das gastronomias italiana e mediterrânea – terá o comando do chef Xavier Torrentes (ex-Dom) e o projeto de arquitetura é assinado por Felipe Diniz, que fez uma adaptação do restaurante da costa francesa para o clima paulistano. A varanda da entrada é sem dúvida o melhor local para provar as comidinhas e beber um dos 37 drinks do cardápio.

Destaco alguns que provei na inauguração da casa que além da excelência no preparo tem um cuidado estético de dar inveja:

- Moscow Mule – 1941

Com vodka Stolichnaya, suco de limão, angostura bitter e espuma de gengibre (home made).

Para mim o cartão postal de Serrano, para onde ele vai ele o leva e sempre com algo a mais.

- Brasil Connection – tendência da estação

Cachaça, chá de pêssego alemão, limão siciliano, folhas de capim santo aromatizadas com grapefruit no maçarico. Gostinho de Brasil, com sofisticação da alta coquetelaria.

- Lafayette – a sofisticação e a delicadeza.
Gin Hendrick, chá de camomila doce, néctar de gengibre, licor de Chartreuse e flor de laranjeira.

Preços variam de R$ 21 a R$29 por drink.

Brasserie des Arts

Endereço: R. Padre João Manoel, 1231
Jardins - S. Paulo
Telefones: (11) 3061-3326 e 3061-3556

Horários: segunda a terça, das 19h à 0h / quarta e quinta, das 19h à 1h/ sexta e sábado, das 12h às 2h/ domingo, das 12h à 17h

GASTRONOMIX// O que está rolando por aí

Rola em Brasília

. A partir de 2 de outubro, até 18 de dezembro, o Babel (promoverá, toda terça-feira, um festival de risotos. Na Terça do Risoto, o chef Diego Koppe vai  preparar cinco opções de risoto a preço promocional, de R$ 37. Terá risotos de bacalhau, tomate seco, lagostim, carne seca com abóbora e primavera (o da foto acima), que leva abobrinha, tomate e mussarela. O valor dá direito à sobremesa, o pudim de cumaru. Aliás, uma atração à parte: a semente de cumaru, também  conhecida como baunilha do Pará, possui aroma adocicado de uma mistura de baunilha, nozes, castanhas e amareti.

. O antigo Esquina da Vila, na Vila Planalto, que agora se chama Esquina Goumet, reabrirá em breve com novo cardápio. “Vamos dar um up grade ao local, mas sem deixar de lado a essência original”, promete o dono, Marcelo Pandolfi. O Esquina é especializado em frutos do mar e tem como carro-chefe a traíra sem espinha e o tucunaré na chapa. Fica na Rua 1 Lote 1 Loja 1.

 

 

Rola na internet

A Cointreau lançou um aplicativo de drinks no Facebook, o Drink Mood, que dá acesso a receitas de drinques que combinam com o perfil de cada um. Para ter acesso, basta entrar na página de Cointreau Brasil. No aplicativo, você responde qual sua característica controversa e o local que costuma frequentar para se divertir. Com essas respostas, mais o seu perfil na rede social, o Drink Mood indica qual é o drinque que tem a ver com sua personalidade.

Rola em São Paulo
 O 1st Pub Food Festival vai eleger a melhor comida de pub da cidade de São Paulo. Dez dos principais bares do gênero da cidade participam do evento, que acontece entre 1º e 21 de outubro. Concorrem The Ale House, All Black, Charles Edward, Deep bar 611, Dublin, Finnegan’s, Kia Ora, The Queen’s Head, Republic English Pub e Rhino Pub. O melhor será eleito por meio de voto popular e de um júri convidado. No site do evento é possível conhecer o que cada um vai servir.

AO PÉ DO OUVIDO// O cassete, o CD e o MP3

Por Rosualdo Rodrigues

Houve um tempo em que era um grande barato gravar fitas-cassete para presentear os amigos. Com alguns vinis, uma fita virgem (ou usada, mas novinha, que pudesse ser regravada) e um três em um (se você não tem idéia do que é isso, pergunte a alguém com mais de 30), gastava-se horas na meticulosa tarefa de selecionar as músicas, colocar o bolachão no prato do toca-disco e ter o cuidado de apertar as teclas REC e STOP, ao começo e ao fim de cada música, de modo que o intervalo tivesse o tempo certo, não muito longo, nem atropelando o fim de uma faixa com o começo da outra. Depois de tudo isso, era só escrever o nome das músicas escolhidas na capinha do cassete, que já vinha pautada e dividida entre lados A e B.

Aí veio o CD gravável e tornou mais prático esse trabalho todo. A precisão do computador passou a fixar o tempo entre uma faixa e outra e, em vez de você ter que esperar rodar toda a música ser gravada, bastava arrastar o arquivo daqui para ali e pronto, estava gravado o CD. A praticidade não tirou o prazer da tarefa. Além disso, a capinha do CD dava espaço para se usar a criatividade, desenhando, colando recortes, usando fontes diferentes para escrever a seleção musical...

 A alguém que estranhe o fato de eu falar do CD no passado, devo explicar: é que escrevo do ponto de vista de uma nova geração, a do MP3...  E essa “nova geração” não tem a ver com idade, mas com os adeptos de um novo hábito. Tem gente de 50 acima que já se acostumou a ouvir música com os fones de ouvido, do tocador de MP3, do celular, do relógio... Ou programando a seleção no notebook para ouvir em casa o dia inteiro, se quiser. Um pesadelo para os que adoravam presentear com seleções musicais no cassete e, mais tarde, no CD.

Isso porque não faz sentido você escolher 20 músicas, colocar em um pen-drive e dar a alguém.  A pessoa que recebe certamente copiará direto no tocador de MP3 e aquela sequência criada tão meticulosamente vai se dissolver no modo aleatório... Se você acha que isso não tem nada demais é porque nunca viveu a experiência de querer compartilhar com alguém o prazer de ouvir música, imaginando o efeito de uma canção após a outra, propondo um clima ao juntar essa e aquela, escrevendo quase um texto, uma declaração de afeto, porque é isso que é uma seleção musical feita especialmente para alguém.

Continua sem entender nada? Então leia Alta fidelidade. Na fala do personagem, o autor Nick Hornby descreve direitinho esse sentimento.

GASTRONOMIX// Na Casa Cor e na tevê

Casa Cor, para ver e comer  --  A parte gastronômica da Casa Cor Brasília 2012, que começa no próximo dia 29, terá filiais da doceria Cristallo, da Joaquinha Gourmet, do Respeitável Burger e do Versão Tupiniquim. Este último será o restaurante oficial do evento nesta edição. A chef Fabiana Pinheiro (foto) levará ao evento de decoração a tradicional Rabada Tupiniquim e novas criações, como o Rosbife de Carne de Sol acompanhado de espuma de queijo do sertão.

A Casa Cor Brasília 2012 ficará aberta até 6 de novembro em uma casa no Lago Sul (SHIS QI 19, Chácaras de 2 a 7), com ingressos a R$ 36 e R$ 18 (de terça a quinta, das 15h às 22h) e R$ 40 e 20 (sábados, domingos e feriados, das 12h às22h).

Corrida pelo sabor -- Para quem curte programas gastronômicos na tevê, aí vem mais um aí. Em A grande corrida culinária (título brasileiro de Around the world in 80 plates), os chefs Curtis Stone (de Chef a domicílio) e Cat Cora (foto) acompanham 12 jovens chefs que viajam o mundo para aprender os costumes locais, a cultura e conhecer a comida típica de diferentes países.

Como em todo reality, claro, os participante devem encarar provas. No caso, eles terão de aplicar o que aprenderam em uma cozinha, reproduzindo os pratos degustados e reinventando os menus de restaurantes renomados para satisfazer o proprietário e os frequentadores desses estabelecimentos. Lyon, Barcelona, Hong Kong e Buenos Aires estão no roteiro da temporada que estreia em 4 de outubro, às 21h, no TLC (Travel & Living Channel).

EU RECOMENDO // Couscous na Tunísia

Por Monica Monteiro(*)

Convidada especial do Gastronomix

“Estava a trabalho na Tunísia, fazendo gravações com o presidente daqui  Mounsier President Marzoucki. Achei o país bem interessante e tranquilo, que respeita as opções de ser ou não mulçumano.

Na pausa para o almoço, fomos indicamos a comer no restaurante Dar El Jeld. A localização é encantadora, numa antiga casa na Medina. A sala de jantar do restaurante é magnífica em um pátio coberto central, com mesas de alcova isoladas ao redor da borda.

Comi um couscous de carneiro maravilhoso,  vale a dica. E o preço foi bem honesto: 30 dólares por pessoa sem vinho. Com vinho local, acrescente mais 20 dólares, uva shiraz ! Muito bom. Vale a dica!”

Dar El Jeld

5-10 rue Dar El Jeld

Tunis Medina - Tunísia

Telefone : 71- 560 916

www.dareljeld.tourism.tn

(*) Monica Monteiro é pernambucana e sócia-diretora da Cinevideo, produtora de vídeo e filmes com sede em Brasília, filiais no Rio de Janeiro e São Paulo e atua também em países africanos e árabes.

DRINK_ME // Receitas com personalidade

Por Juliana Raimo

Escrevo para falar de uma seleção recente que fiz de boas receitas de drinks. A maioria é releitura de fórmulas clássicas, pois - como sempre digo - o clássico é clássico e nunca será superado, apenas adaptado e reinventado.Selecionei uma receita com cada tipo de bebida - espumante, vodka, gin, tequila e rum - do mais novo livro que ganhei dos meus pais, que sempre contribuem para minha paixão.

Vamos ao que interessa!

Red Velvet (Prosecco)

60ml de cerveja belga (lambic)

15ml de licor de framboesa

60ml de prosecco

Framboesa para decorar

Em um copo longo ou taça flut previamente gelada, misture a cerveja e o licor e mexa suavemente. Complete com o prosecco e decore com uma framboesa.

Cynar Sour 

60ml de Cynar (licor amargo adocicado)

5ml de Licor Maraschino

30ml de limão(suco)

5ml de nectar de agave

15ml de clara de ovo(para a espuma)

01 pepino em concerva

03 pedaços de casca de laranja

Em uma coqueteleira com gelo adicione todos os ingredientes e chacoalhe bem. Sirva em uma taça previamente resfriada e finalize com o pepino e os zest das cascas de laranja.

Mediterranean Pink Lady

90ml de Gin

30ml de Cointreau

15ml de Limoncello (licor)

15ml de Campari

30ml de suco de limão siciliano

Clara de um ovo (espuma)

Casca de um limão para zest

Em uma coqueteleira adicione todos os ingredientes menos o gelo e o zest e chacoalhe bem.  Adicione o gelo e chacoalhe novamente. Sirva em uma taça previamente resfriada e finalize com um zest de limão siciliano.

Jalisco Sling (Tequila)

90ml de tequila branca

30ml de Gin

30ml de Licor de Cereja

30ml de licor de gengibre

45ml de suco de limão siciliano

60ml de club soda

01 fatia de casca de limão siciliano

01 cereja

Em uma coqueteleira adicione todos os ingredientes exceto o club soda. Chacoalhe bem. Sirva em um copo com gelo, complete com o club soda e finalize com o zest de casca de limão.

Fonte: Cocktails 2010, Food & Wine

GASTRONOMIX// Gero e La Tambouille saem da rotina

O Gero, no Iguatemi Shopping, incluiu 12 novas receitas no cardápio, entre risotos, massas, carnes, saladas e doces. Tudo a cargo do novo chef da casa, Ronny Peterson. Só os nomes dos pratos enchem a boca de água. São coisas tipo linguado com molho de champignon e alcaparras, salsinha e juliene de legumes;  contra-filé bovino grelhado em crosta de farinha de pão e ervas, adornado ao molho de vinho tinto e especiarías e bacalhau sobre carpaccio de abobrinha com cenoura, tomate cereja, crocante de alho poró e molho vinagrete. Este último é o da foto acima. Os preços variam entre R$ 58,00 e R$ 86,00.

Tem novidade rolando também no La Tambouille. Vai até o próximo dia 29 o Menu Temporada Gourmet do restaurante franco-italiano que fica no Espaço Gourmet do ParkShopping. O chef Giancarlo Bolla preparou 10 receitas de risotos e massas especialmente para este mês de setembro. Todos ao valor único de R$ 53. Um deles é este cabelo de anjo com minilula, vôngole e tomate cereja que você vê aí em cima.

SERVIÇO:
Gero
Shopping Iguatemi Brasília
Fone: (61) 3577 5520

La Tambouille
Espaço Gourmet ParkShopping
Fone: (61) 3047-5925

AO PÉ DO OUVIDO//Aprovada no teste de DNA

Por Rosualdo Rodrigues

Mais uma geração da família Caymmi entra em cena. Filha de Danilo, neta de Dorival, sobrinha de Nana e Dori, Alice Caymmi estreia com um disco simpático, em que deixa bem expostas as influências familiares, mas também dá sinais de que busca caminhos próprios.

 Como intérprete, o jeito de cantar, a impostação vocal tem muito a ver com Nana. Como compositora, ela cria canções que caberiam como luva na voz da tia e que, em alguns momentos, remetem ao universo do avô – particularmente, nos climas e nas referências a mar, vento, lua... Tanto é que Sargaço mar, de autoria de Dorival -- uma das duas faixas do disco não compostas por Alice – se encaixa perfeitamente no clima das criações próprias.

 Mas a segunda faixa de autoria alheia indica que os ouvidos da jovem cantora e compositora estão atentos a outras referências musicais além das familiares: um cover de Unravel, de Bjork. Em entrevistas ela já disse que, depois da família, a cantora islandesa é sua principal influência. Mas não é a única: no YouTube rola o vídeo de uma apresentação em que ela canta Rid of me, de P. J. Harvey...

 

Considerando que  Alice tem apenas 22 anos, o álbum que leva apenas o nome dela (e que sai pela Kuarup) não deixa espaço para muitas cobranças. É um disco bonito, sincero e intenso, que desenha uma criadora e intérprete de personalidade forte o suficiente para se firmar em trabalhos seguintes. É o que se percebe, por exemplo, na letrista, cujo estilo é reconhecido de saída: letras curtas, mensagem direta, mas poética.

Outro sinal de que ela sabe aonde quer ir é o fato de ter tido pulso na produção do disco. "Fiz o disco todo, depois é que veio o produtor. Na segunda fase de trabalho já estava tudo pronto. Eu palpitei em tudo, nos arranjos, timbragens e até na estética do CD. Sou chata", falou ao Diário do Grande ABC. E disse mais: "Vou ver como vai reverberar esse disco. Mas estou doida para começar a criar. Preciso mudar de foco. Já sei para qual caminho irei". É esperar pra ver.

GASTRONOMIX// O linguado do Suez

Hoje temos uma receitinha bem leve, ideal para estes dias quentíssimos (pelo menos em Brasília). A criação é do chef Alex Fediczko, do restaurante Suez, que surgiu na Granja Viana, em Cotia, interior São Paulo, e desde dezembro está instalado nos Jardins, na capital paulista. Mais exatamente na Oscar Freire (apesar da localização, a página do Suez no Facebook informa que os preços dos pratos vão de R$ 30 a R$ 50, o que, convenhamos, não é muito para a rua aonde não se deve ir quando se quer fazer economia). 

Linguado com risoto de limão siciliano (2 porções)

2 filés de linguado
100g de farinha de trigo
150g de arroz arbóreo
½ cebola
60ml de vinho branco
1 limão siciliano
70g de manteiga
100g de queijo parmesão
Aproximadamente 300ml de caldo básico de frango
Preparo

Linguado:
Tempere o linguado com sal e pimenta branca, polvilhe farinha de trigo dos dois lados e grelhe, em uma frigideira antiaderente com um fio de azeite, até obter uma cor dourada.

Risoto de limão siciliano:
Em uma panela derreta a manteiga, refogue a cebola até ficar transparente, adicione o suco de ½ limão siciliano e espere evaporar. Acrescente o arroz arbóreo e, em seguida, o vinho branco. Espere evaporar e adicione, aos poucos, o caldo.

Quando atingir o ponto desejado, finalize  o risoto com a manteiga, parmesão e raspas da casca do limão.

Monte o prato de uma forma harmônica.

O chef:
De avô ucraniano e avó espanhola, Fediczko, 30 anos, se familiarizou com a cozinha ainda na infância e leva para o menu do Suez uma miscelânea de estilos, embora o Suez seja apresentado como um restaurante de culinária mediterrânea. Ele é formado pelo Senac de Campos de Jordão, e já teve experiências em restaurantes de Portugal e do México.

Restaurante Suez
Rua Oscar Freire, 155 – Jardins
Fone: (11) 3081-7909

Granja Viana
Estrada do Capuava, 4227
Granja Viana - Cotia
Fone: (11) 4616 0241

GASTRONOMIX // Vem ai: festival sabor suíno

De 10 a 31 de outubro, acontece em Brasília mais uma edição do Festival Sabor Suíno.  Bares e restaurantes da cidade criam pratos especiais à base de porco com preços convidativos (R$ 24,90 ou R$ 34,90, no almoço, no jantar ou nos dois períodos ) para que os consumidores possam saborear e/ou conhecer melhor a textura e o gosto da carne de porco e suas combinações.

A iniciativa é da Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSUIN) e do Sindicato dos Suinocultores do Distrito Federal (SINDISUÍNOS), em parceria com o Sebrae DF, Abrasel DF e Sindhobar.

SERVIÇO

4 º Festival Sabor Suíno

Data: 10 a 31 de outubro de 2012

Associação dos Suinocultores
SIA Trecho 2, Lt. 1630, Ed. Federação da Agricultura e Pecuária do Distritro Federal, Sl. 14
Telefone: (61) 3242-3745.

EU RECOMENDO // Pequena cidade, grande coração

Por Diego Koppe (*)

Convidado especial do Gastronomix

“Morei alguns anos na Itália, em cidades pequenas, com poucos habitantes, no intuito de conhecer melhor a cultura deste país que me fascina a cada dia. Durante esse período, um lugar me chamou bastante atenção, a pequena cidade de Costigliole D’Asti, que abriga a escolha do ICIF.

Muitos alunos passaram por esta cidade, alguns turistas e, posso garantir, vários Italianos. Passeando pela cidade, quase que imperceptível, perto do castelo e tantas vinícolas, fica o pequeno restaurante de Diego Bongiovanni. É uma casa quase invisível, com fachada pequena, pouco iluminada e que mais parece um bar.

Na entrada do restaurante, que não tem mais do que 30m², ficam um pequeno bar e 4 mesas. Você é recebido por um maître que lhe oferece uma taça de champagne e pede cordialmente que aguarde. Esperei uns 10 minutos e o maître veio me buscar para me acompanhar até a mesa. Aí que vem a surpresa.

Passando o bar, no fundo da loja, havia uma escada, que levava a um subsolo. Descendo as escadas chega-se a um ambiente de meia luz, bem aconchegante, com não mais do que 7 mesas. Toda a decoração é em cimento queimado e tem lustres espalhados aleatoriamente.

Ao me sentar, o próprio chef Diego Bongiovanni (foto) vem a mesa, se apresenta e como por autoridade, me diz o menu do dia. Achei o máximo! Sem contar que eu não escolhi os pratos, todo o menu foi feito pelo chef e as bebidas foram escolhidas pelo Maître.

O sorvete de Parmesão, servido como entrada foi uma surpresa. As bochechas de Vitelo cozidas lentamente com polenta e servidas com trufas foram um espetáculo a parte. Mas o que mais me impressionou foi o Dolce. Um petit gateau feito de nozes, com recheio de caramelo e um “CD” de chocolate. Sim um “CD” de chocolate, que derrete no petit gateau quente.

 Digo para vocês, essa foi de longe a melhor experiência que tive em termos gastronômicos. Como eu poderia imaginar que no centro de uma cidade tão pequena, pouco conhecida e longe de grandes agitações poderia estar um restaurante com um chef que me mostrou que a gastronomia e a enologia andam juntas.

Viva a Itália”.

Sinòria

Piazza Umberto I, 17

Costigliole D’Asti - Itália

Telefone: + 39 0141 966012

Site: www.diegobongiovanni.it  www.sinoira.it

(*) Diego Koppe é chef e proprietário do Babel Restaurante. Ele iniciou sua carreira muito jovem com 12 anos, durante um curso com a Chef Geovana Gastal. O chef também presta consultoria a restaurantes e hotéis por meio do Grupo Diego Koppe, além de ministrar palestras e cursos sobre gastronomia em todo o país e no exterior.