terça-feira, 31 de agosto de 2010

GASTRONOMIX // Gostosuras com Ovomaltine


Minha gente, que Ovomaltine é bom pra caramba, todo mundo sabe. No meu último emprego, escolhíamos um dia da semana, ligávamos para o Bob’s e vinha aquele caminhão de milk shakes de Ovomaltine para alegrar as tardes no Ministério da Saúde. Era a felicidade!

E para quem pensa que aquele "pózinho mágico" serve apenas para colocar no leite ou no sorvete, tá enganado! Passo aqui para vocês duas receitas que recebi tendo como ingrediente o achocolatado. É uma boa dica para o feriado. Boa sorte!

Mousse Bicolor de Ovomaltine

Ingredientes


Mousse Negra de Ovomaltine
- 265g de açúcar refinado
-15 ovos
- 8 gemas
- 1kg de chocolate meio amargo
- 375g de creme de leite
-1,1kg de chantilly vegetal
- 30g de gelatina incolor
- 375g de Ovomaltine

Mousse Branca de Ovomaltine
- 265g de açúcar refinado
- 15 ovos
- 8 gemas
- 1kg de chocolate branco
- 1,1kg de chantilly vegetal
- 375g de creme de leite
- 30g de gelatina incolor
- 375g de Ovomaltine

Preparo
- Faça as mousses separadamente. Pique o chocolate em pedaços pequenos e reserve.

- Mousse Negra: Em uma panela, coloque o creme de leite e o chocolate picado. Leve ao fogo baixo até derreter, sempre mexendo para não queimar. Reserve. Em uma batedeira com globo, bata os ovos, as gemas e o açúcar até ficar uma mistura bem fofa (ou até triplicar de volume). Sem parar de bater, acrescente o chantilly vegetal e bata até obter consistência mais firme. Em um recipiente, hidrate a gelatina em água e adicione-a ao chocolate derretido e mexa para dissolver totalmente. Acrescente o chocolate à mistura da batedeira e, em velocidade baixa, bata até total homogeneização. Misture o Ovomaltine manualmente. Reserve.

- Mousse Branca: Proceda da mesma maneira da mousse negra. Desligue a batedeira e, em tacinhas ou recipientes, coloque primeiro a mousse negra e depois a mousse branca. Leve à geladeira por, no mínimo, 2 horas para adquirir a consistência adequada. Decore com Ovomaltine.

Pavê de Ovomaltine

Ingredientes
- 8 pacotes de biscoito champagne

Creme de Ovomaltine
- 30g de amido de milho
- 250ml de leite
- 2 gemas
- 650g de leite condensado
- 10g de essência de baunilha
- 350g de creme de leite
- 420g de Ovomaltine

Creme de Nozes
- 150g de nozes
- 150g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
- 30g de açúcar refinado
- 320g de leite condensado
- 320g de creme de leite

Calda de Ovomaltine
- 330g de Ovomaltine
- 650ml de leite

Preparo

- Creme de Ovomaltine: Em um recipiente dissolva o amido de milho em parte do leite. Passe as gemas por uma peneira e reserve-as. Em uma panela coloque o leite condensado, as gemas reservadas, o restante do leite e o amido de milho dissolvido. Leve ao fogo médio, mexendo sem parar, até obter a consistência desejada. Apague o fogo e acrescente o Ovomaltine e leve para refrigerar por 1 hora.

- Creme de Nozes: Pique as nozes (reserve algumas inteiras para decorar). Em uma batedeira coloque a manteiga e o açúcar e bata até obter um creme esbranquiçado. Adicione o leite condensado e o creme de leite e bata novamente até total homogeneização. Por último, adicione as nozes picadas e misture bem. Leve para refrigerar por 1 hora.

- Calda de Ovomaltine: Dissolva o Ovomaltine no leite e reserve.

- Montagem: Umedeça as bolachas champagne na calda de Ovomaltine e forre o fundo de um recipiente. Cubra-as com uma camada de creme de nozes. Umedeça as bolachas novamente e coloque-as sobre o creme de nozes. Adicione sobre elas, uma camada de creme de Ovomaltine. Repita o procedimento até completar todo o recipiente. Decore com as nozes inteiras reservadas.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

EU RECOMENDO // Dicas de um chef na Espanha


Por Diego Gallegos (*)
Convidado especial do Gastronomix


“Recomendo dois lugares geniais para ir comer. O primeiro é o restaurante D.O.M, em São Paulo. Alex Atala é um gênio, as elaborações são espetaculares. O jarret de vitela é um dos meus preferidos. A parte de ser um grande chef, ele foi um grande mestre e mentor.

Estagiei no restaurante em 2009 e Atala me ensinou a trabalhar com produtos inimagináveis. Aqui na Espanha, graças a ele, consegui incorporar na minha cozinha ingredientes e especiarias brasileiras que antes eram inacessíveis para mim. Muito recomendável também é o menu vegetariano.

O outro restaurante que recomendo é o que estou trabalhando como chef aqui na Espanha. Se chama Casa Piolas e fica em um povoado em Granada, Algarinejo. Somos o melhor restaurante do Ponente Granadino. O menu de degustaçao é altamente recomendado: 12 pratos cuidadosamente preparados e equilibrados com toques de todos os lugares que estive trabalhando antes. Em especial, recomendo a salada de verduras assadas com mel de cana de açúcar, o leitão a baixa temperatura e o melão con presunto ibérico".


D.O.M.
Rua Barão de Capanema 549
Jardins - São Paulo
Telefones: (11) 3038 0761 e 3891 1311

Casa Piolas
Calle de Ramón y Cajal sem número
Algarinejo - Espanha
Telefone: 958 312 251

(*) Diego Gallegos é chef de cozinha. Nascido em 1982, ele inicia seus estudos de cozinha aos 20 anos. Após concluir seus estudos em Bioquímica, começa a estudar Direito e, após ter cursado três anos, deixa os juizados para entrar no apaixonante mundo dos fogões Seu site é http://www.diegogallegos.com/

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

DRINK_ME // Vodka e o St-Leninsbar


Por Juliana Raimo


Segundo algumas fontes, a vodka surgiu na Rússia ou na Polônia durante o século 16. Até este século, o nome Vodka era dado às águas medicinais tônicas e embelezadoras. Continham sucos de frutas e pouquíssimo álcool. A vodka que conhecemos hoje era chamada até o século 17 de Gorzalka.

De acordo com as leis russas e polonesas, a Vodka é um spirit alcoólico obtido por meio da fermentação e destilação de cereais nobres. Não apresenta cor, odor, nem sabor acentuado da matéria prima usada.

Recentemente um amigo de uma amiga, Leandro Pereira, mandou notícias de São Petesburgo, na Rússia. Achei o post bem interessantes e pedi ao Leandro para compartilhá-los com vocês.

Segundo este informativo do St. Leninsbar, por onde ele passou, o modo de beber Vodka corretamente segundo os Russos é o seguinte:

- na temperatura entre 4 e 5 graus
- enquanto se está comendo apenas;
- beber de uma vez como um shot e não pouco a pouco;
- combina muito com suco de cranberry, suco de tomate e cerveja;
- sem cerveja é na verdade um desperdício de dinheiro;
- o processo é tomar um shot, respirar, comer, shot , respirar, comer….e assim por diante.

Assim, para quem for à Rússia, já tem um lugar para visitar. E não esquecer de pedir a vodka sempre acompanhada de cerveja. Com isto, você entra no clima do lugar.

Info técnicas da Vodka
Matéria Prima: cereais (milho, cevada, centeio, trigo), água, levedura, carvão vegetal (macieira).

Processo de Fabricação:
Obter um álcool de cereais (fino e macio)
72 horas de filtragem em filtro de carvão vegetal

Teor alcoólico:
40o a 45o normalmente
50o a 75o as mais fortes

St. Leninsbar
7 Grivtosova Side Street

São Petesbrugo - Rússia
Telefone: 8 921 449 99 71

- Agradecimentos: Leandro Pereira (informações e fotos)/ direto de São Petesburgo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

AO PÉ DO OUVIDO // Duas brasileiras



Por Rosualdo Rodrigues

Ando escrevendo muito sobre música estrangeira por aqui, né? Então, vamos falar hoje de dois novos discos de artistas brasileiros. Duas artistas, na verdade. Roberta Sá e Silvia Machete, que acabaram de lançar, respectivamente, Quando o canto é reza e Extravaganza. Dois discos bem diferentes entre si mas igualmente ótimos.

Roberta Sá, que já encanta com aquela voz limpa, um jeito de cantar natural, sem floreios, desta vez traz um "plus a mais", a companhia do Trio Madeira Brasil, que é quem toca durante todo o disco. Lindos arranjos para músicas do compositor Roque Ferreira, um baiano que já foi gravado por Maria Bethânia e Alcione, entre outros. O disco é todo dedicado a ele, com músicas na maioia inéditas, que Roberta e o pessoal do Madeira Brasil foi buscar na mão do autor, lá no Recôncavo Baiano. Só três são regravações, que mesmo assim ganharam versões bem diferentes.
É música tradicional brasileira, com um requinte, uma modernidade...
Já Silvia Machete chegou arrasando com Extravaganza, que tem ares tropicalistas a começar pela capa. Como ela ganhou notoriedade com um disco gravado ao vivo, lançado também como DVD, e sua (deliciosa) performance no palco chama muito atenção, alguém poderia até pensar que, no caso de Silvia, a música tivesse que estar sempre ligada ao jogo cênico... Pois não. Extravaganza é música de primeira, sem precisar se apoiar nas performances ao vivo.
Começa com uma ótima versão de Noite torta, de Itamar Assumpção, mas prevalecem as músicas próprias, feitas em parceria com veteranos como Erasmo Carlos (Feminino frágil) e Hyldon (Coração valente) e gente nova, caso de Márcio Pombo (Meu carnaval) e Rubinho Jacobina (Vou pra rua). E é um disco cheio de diferentes tons. Vai da efusividade de Tropical extravaganza à delicadeza de Fim de festa (as duas de Fabiano Krieger).
E achei Vou pra rua a cara de Caetano Veloso no auge da Tropicália... Só faltou o arranjo de Rogério Duprat.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

EU RECOMENDO // Comer em "casa" parisiense


Por Fabiana Cesana (*)
Convidada especial do Gastronomix


"A ideia para este local familiar, estilo apartamento, era ser capaz de entreter os amigos em casa a cada noite. O nome vem de sua localização, à direita na parte traseira do 404 e Wahloo Andy.


Os clientes que escolhem onde querem sentar: quer seja na sala de estar, sala de jantar, quarto ou boudoir. A decoração e o mobiliário são uma mistura eclética de estilos. A comida é francesa, simples e saudável, feita com produtos da melhor qualidade".

Horário de Funcionamento
Almoço terça-feira Sexta-feira 12:00-02:30 fim último alimento
Jantar quinta-feira- Sábado 08:00 à meia-noite fim último alimento
Jantar domingo quarta-feira - 20:00-23:00fim último alimento

Derriere
69, rue des Gravilliers
Paris - França
Telefone: + 33 1 44 61 91 95
Site:
http://derriere-resto.com/restaurant/paris/derriere

(*) Fabiana Cesana é chef de cozinha e comanda o Cezano, em São Paulo (Rua da Cobnsloção 3368 - Jardins - 11 2768 3919). Ela estudou gastronomia francesa em Paris, trabalhou com o chef Erick Jacquin e foi chef do Sophia Bistrot.

sábado, 21 de agosto de 2010

ABOBRINHAS // Degustar...

Luciano MilhomemColunista de Alimentação Natural do Gastronomix

Foi-se o tempo em que a imagem de um vegetariano era a do bicho-grilo, pode-crer, meio (ou totalmente) hippie. O estereótipo cai por terra à medida que gente de todos os meios e estilos adere ao cardápio livre de produtos derivados de animais. Assim, um bom menu sem carnes em Brasília pode estar tanto no self-service macrobiótico de uma entrequadra quanto em um restaurante fino do Lago Sul, como, por exemplo, o Alice.

Foi no Alice que provei um dos mais saborosos pratos vegetarianos nos últimos tempos. Na verdade, seria injusto e até de mau gosto de minha parte descrever o meu almoço sem, antes, salientar o seguinte: não se vai ao Alice apenas para saciar a fome. Restaurantes como esse oferecem mais que um cardápio refinado. Convidam ao verdadeiro prazer da alta gastronomia – sem pressa, sem ansiedade. Slow food no melhor sentido do termo.

Há pouco ruído lá dentro. Sempre sorridente, Alice, a premiada chef e proprietária da casa, quer saber como me sinto, se estou apreciando os pratos, se o serviço está satisfatório. A atenção faz parte do menu. Gosto daquele ambiente tranqüilo, tão diferente das barulhentas praças de alimentação dos shopping centers. Não é todo dia que se pode sair da rotina e almoçar comme il faut: couvert, entrada, prato principal, sobremesa e mais, se eu quiser.

Risoto Primavera, boa opção para os vegetariano. E o Quindim... para todos

Quem resiste a um pão artesanal quentinho e macio com manteiga que se derrete sobre ele? Basta pedir uma Assiette de Fromages Espéciale – prato de queijos variados, frutas secas e, claro, o saboroso pão artesanal. É minha distração até que chegue a Salade Verte – em bom português, salada verde, com folhas variadas, croutons e suave molho de azeite extravirgem e mostarda de Dijon. Abro o apetite, que o espumante aguça ainda mais, enquanto aguardo o Risotto Printemps – ou Risoto Primavera, novidade no Alice.

O prato, especialmente dedicado aos vegetarianos, é elaborado com arroz arbóreo, cubos de legumes, tomate seco e manjericão. Chega quentinho e al dente. Uma delícia, que degusto calmamente, como tudo o mais. Noto que há outra opção sem carnes no menu: Raviolinni aux Fromages, Sauce Classique aux Tomates – raviolini de queijos ao molho clássico de tomates, com manjericão e parmesão. O risoto está ótimo. Vou provar o raviolini da próxima vez.

Já faz quase duas horas – uma eternidade para um dia útil – que estou ali e decido que vou experimentar a sobremesa. Há opções tentadoras. Já que ainda como ovos, por que não apreciar um quindim com calda de frutas? Boa pedida. Impecável. Dou-me conta, então, de que já passa das 14h. Preciso ir. Dispenso o café. Nada de licor. Vou dirigir e trabalhar o resto do dia. Já valeu a pena. Foi como um pedaço de domingo no meio de uma quinta-feira. A chef se alegra ao me ouvir dizer que apreciei tudo e me convida para voltar. Convite aceito. À tout à l’heure!

Alice Brasserie
SHIS QI 17 Comércio Local - Ed. Fashion Park
Lago Sul - Brasília (DF)
Telefones: (61) 3248 7743 e 3248 7699
Site: http://www.restaurantealice.com.br/


(*) Luciano Milhomem é jornalista, mestre em Comunicação pela UnB, bacharel em Filosofia
e não ingere carne de bípedes e quadrúpedes há três anos
.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

DRINK_ME // O poder do Cranberry


Por Juliana Raimo


Neste último fim de semana, reuni um grupo de amigos e fizemos o que o Alê chamou de “confraria de drinks”. Um espaço para debatermos o assunto e claro que degustar drinks. O tema foi coquetéis a base de Vodka e Gin. Então preparamos o Gin Fizz, Tom Collins, Cosmopolitan, Dry Martini e o Negroni.

O bacana foi chegar a conclusão de que o velho e bom Cosmo é o que mais agrada a gregos e troianos. Por isso, é um sucesso nos bares, baladas e eventos de hoje. Não muito cítrico nem muito doce, é a medida certa para animar os brasileiros.

Também notamos na demonstração do Alê D’Agostino (ex-barman do Spot) o poder do zest de laranja. Como uma simples casca de laranja (ou limão) faz toda a diferença no aroma e no sabor da bebida. Claro que a técnica também faz a diferença.


Sendo assim separei algumas composições feitas pelo barman Paulo Monteiro com o suco Cranberry. Estas misturas podem ser feitas com ou sem álcool. Para os drinkeiros acrescente uma dose e meia de Vodka (75ml). Ou como refresco, mantenha apenas os ingredientes abaixo. A receita do Cosmopolitan tradicional já está publicada aqui no Gastronomix.


Eletric Cranberry (Long drink)


- 50 ml Suco de Cranberry

- 15 ml Suco de Maracujá

- 15 ml Xarope de Guaraná

- 10 ml Sweet and Sour*

- Completar com energético

- Espiral de Limão (inteiro)


Descasque um limão em forma de espiral sem quebrar a casca. Coloque o espiral em volta do copo long drink (300 ml). Bata os quatro primeiros ingredientes em uma coqueteleira com seis cubos de gelo e sirva. Complete com energético.


Waterberry (Long drink)


- 70 ml Suco de Cranberry

- 15 ml Xarope de Melancia

- 15 ml Sweet and Sour*

- Folhas de manjericão

- Completar com refrigerante de limão

- Ramo de manjericão


Bata os 4 primeiros ingredientes em uma coqueteleira com seis cubos de gelo e sirva em um copo long drink (300 ml). Complete com refrigerante de limão e decore com ramo de manjericão.


Just X (Long drink)


- 80 ml Suco de Cranberry

- 15 ml Xarope de Tangerina

- 15 ml Sweet and Sour*

- Completar com refrigerante Citrus

- Fatia de laranja


Bata os 3 primeiros ingredientes em uma coqueteleira com seis cubos de gelo e sirva em um copo long drink (300 ml). Complete com refrigerante citrus e decore com a fatia de laranja.


Cran Sour (Short drink)


- 90 ml Suco de Cranberry

- 20 ml Sweet and Sour*

- Crosta de açúcar


Antes de preparar o coquetel, passe suco de limão na borda da taça e em seguida o açúcar.

(coloque o suco de limão em um prato e o açúcar em outro, daí é só molhar a borda da taça com limão e grudar o açúcar). Bata os ingredientes em uma coqueteleira com 4 cubos de gelo e coe para taça crustada.


* Sweet and Sour:

Suco de limão e açúcar. Em todas as receitas onde citamos o Sweet and Sour, a quantidade aproximada é de 1 colher (chá) de açúcar e suco de meio limão.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

AO PÉ DO OUVIDO // Tristeza não tem fim...

Por Rosualdo Rodrigues

Existe uma cultura da alegria que parece ganhar mais força quanto mais caótico o mundo fica. Ela se manifesta no tire-o-pé-do-chão, nas drogas ilícitas ou obtidas com receita médica, no discurso de alguns livros de autoajuda, nos grupos de louvação das igrejas e até na "força" de amigos que não podem ver outro cabisbaixo que já vai querendo tirá-lo do "baixo astral"... Essa cultura é quase impositiva.

E música tem muito a ver com isso. Toca algo mais calminho e já tem gente reclamando que aquilo "tá pra baixo". Uma vez gravei em um CD uma seleção a que dei o nome de "Música suave para dias ásperos". Um amigo ouviu e disse: "Isso não é música suave, é música para cortar os pulsos". Ele considerou baixo astral o que para mim era meramente introspecção. Enfim, o mundo anda acelerado e parece que se tornou pecado diminuir a marcha, ficar na sua, no seu canto, voltar-se pra dentro.

Não que eu queira um mundo de sorumbáticos. Mas peraí gente, a tristeza é tão natural quanto a alegria, é orgânico, o corpo pede de vez em quando. Uma tanto quanto a outra vem e vai. Não é porque o cara está mais calado que está deprimido (e lá vai recorrer aos tarjas-pretas pra segurar a onda). E tem horas em que só a música compactua conosco o que sentimos.

Pensando nisso, comecei a listar mentalmente algumas músicas tristinhas que vez em quando me dá uma vontade danada de ouvir... Isso começou porque estou ouvindo muito I will love you na interpretação de Dolly Parton, que é de cortar coração. E eu jurava que a música era de Whitney Houston até descobrir a gravação dos anos 1970 numa cena tristíssima da peça Êxtase, em cartaz no CCBB Brasília...

Bom... Aqui vão 10 músicas nacionais e 10 internacionais para ouvir só e em silêncio:

1 ) I will love you (Dolly Parton)
2 ) Smells like teen spirit (Patti Smith)
3 ) Who will love me now (P. J. Harvey)
4 ) Don't let it bring you down (Annie Lennox)
5 ) I was born to be blue (Chet Baker)
6 ) White flag (Dido)
7 ) Mr. Bojangle (Nina Simone)
8 ) Please please please let me get what I want (The Smiths)
9 ) Perfect day (Lou Reed)
10 ) L'Amitié (Françoise Hardy)

1 ) Autonomia (Cartola, tem que ser com o próprio)
2 ) O rio (Marisa Monte)
3 ) O ciúme (Caetano Veloso)
4 ) Minha desventura (Cida Moreira)
5 ) Você não sabe (Maria Bethânia)
6 ) A flor e o espinho (Nelson Cavaquinho... Dele poderia ser também Luz negra)
7 ) Custe o que custar (Roberto Carlos)
8 ) Ramilonga (Vitor Ramil)
9 ) Se queres saber (Nana Caymmi... Essa aqui tem uma dezena que poderia estar na lista)
10 ) Serra da Boa Esperança (Francisco Alves)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

GASTRONOMIX // Comida farta, ambiente descontraído


O restaurante Ad'oro fica numa rua extremamente movimentada em Goiânia, a 146. É uma espécie de Dias Ferreira goianiense (Leblon, Rio de Janeiro), com uma boa variedade de restaurantes. Seu vizinho é o Expand – com uma rica carta de vinhos. Em frente, o L'Etolie D’Argent, com menu sofisticado. E, numa esquina mais adiante, o tradicional Piquiras. As opções servem todos os gostos e bolsos. Mas se alguém me perguntar qual é o meio termo entre ambiente agradável, comida bem servida e preço honesto, a opção certa é o Ad'oro.

O restaurante surgiu em 1997, com o nome de Farfalla Trattoria. Mudou em 2004 para Ad'oro Trattoria e, três anos depois, Ad'oro Restaurante - que manteve a cozinha tradicional italiana, mas ampliou as opções no cardápio.

Há uma boa variedade de entradas, para quem quer ficar apenas no petisco e, pelo menos, uma dezena de massas e risotos com molhos e combinações diferentes. As caipiroskas e sakeroskas (R$ 9,00), bem preparadas, chegam à mesa bem geladas.

Da última vez que fui lá com amigos, pedimos dois pratos. O risoto foi dividido por duas pessoas e o talharim sobrou no prato. A fartura é uma das marcas do Ad'oro.

Fetuccine ao pesto sobre carpaccio de carne (R$ 35,00)

Risoto de perdiz (R$ 39,00)

O restaurante tem três ambientes. O interior é mais reservado e quase sempre ocupado por pessoas mais maduras, que preferem um local mais silencioso. Na parte de fora, uma varanda e outro ambiente com um clima mais de calçada. A música pop sonoriza os dois locais, que também contam com o barulho da rua, bem movimentada às sextas e aos sábados à noite.

Curta um momento de boa gastronomia e descontração!

Ad'oro
Rua 146, número 509
Setor Marista - Goiânia
Telefone: (62) 3086 3834
Site: http://www.adororestaurante.com.br/

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

EU RECOMENDO // Memória gustativa em Brasília


Por Indiana Nomma (*)
Convidada especial do Gastronomix

“Cresci me mudando de país em país até o início da adolescência e assim colecionei vários sabores pelo mundo. Na Alemanha, havia um quiosque simples na minha cidade, na beira da praia, que vendia porções do peixe Hering. No alto do inverno ou no quente do verão, o Hering marinado no limão, com cebola e pimenta do reino e em conserva, trazia um conforto para quem passava.

E para minha sorte descobri em Brasília um lugar onde a mesma técnica é aplicada a peixes brancos (cavala, anchova negra) e ao salmão: O restaurante Sumô. Sem dúvida, além de ser um lugar especializado em comida japonesa de extremo bom gosto e ter um vasto cardápio de opções, o local é um charme. Matei minhas longas saudades da infância e desde então, sempre que posso, passo por lá”.

Sumô Sushi Lounge
CLS 204 Bl B s/n lj 28
Brasília - DF
Telefone: (61) 3323 1115
Site:
www.sumosushi.com.br

(*) Indiana Nomma é cantora. Nascida em Honduras, filha de pai baiano e mãe gaúcha, Indiana Nomma cresceu no México, Portugal, Nicarágua e Alemanha Oriental. Aos 8 anos, começou a estudar canto erudito e aos 13, piano. Já no Brasil, explorou o teatro e o canto coral o que a possibilitou de cantar em tournês por Costa rica e em Nova Yorque, no Carnegie Hall. Seu site é http://www.indiananomma.multiply.com/

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

DRINK_ME // Vive La Révolution


Por Juliana Raimo


A vodka francesa Grey Goose vai organizar pelo segundo ano consecutivo o “Grey Goose Vive La Révolution”, um dos maiores campeonato brasileiro de coquetelaria. O torneio é reconhecido como um lançador de profissionais talentosos, caso de Marcelo Vasconcellos (foto), vencedor da última edição e apontado como um dos melhores profissionais do Brasil (veja abaixo a receita do coquetel escolhido em 2009).

A primeira etapa acontece de 03.08 a 10.09, e a segunda de 20.09 a 14.10. Confira outras informações no site http://www.campeonatogreygoose.com.br/

Myny Lótus Martini

Casa: KAÁ – SP

Ingredientes
- 50ml de Grey Goose La Poire
- 50ml de Creme de lichia com aroma de rosas
- ¼ de grapefruit (fruta)
- 2 borrifadas de Aperol

Preparo
Macere 1/4 de Grapefruit fresco sem a casca em uma coqueteleira. Adicione a vodka e o creme de lichia* e misture com bastante gelo. Em uma taça de Martini bem gelada, borrife o Bitter de Laranja e sirva o coquetel com dupla coagem (Strainer + Peneira).
Finalize o coquetel com uma fatia de Pêra.

*Creme de Lichia:
Bata no liquidificador 300 Gr de Lichia descascadas para 20ml de Água de Rosas por 2 min.
Dica: Use Lichia em calda, mas sem o liquido.

Segundo Marcelo, este é um coquetel de verão, para ser tomado em grandes goles. Um bebida com bastante frescor por causa da suavidade dos sabores. A pêra dá uma leve doçura e frescor, o grapefruit injeta o acidez da fruta cítrica e o amargor juntamente com a doçura da Lichia. Uma combinação perfeita entre doce, amargo, cítrico e floral.

Uma ótima maneira de tomar esta vodka é simplesmente bem gelada como um vodka martini. Pode copiar o drink dry inserindo uma azeitona e a servindo em copo martini previamente gelado. Para os brasileiros, aproveitem para comprar no freeshop!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

AO PÉ DO OUVIDO // Você ainda vai ouvir falar...


Por Rosualdo Rodrigues

Você ainda vai ouvir falar dela. Pelo menos entre os moderninhos antenados o nome de Ebony Bones será citado mais cedo ou mais tarde. No Reino Unido e adjacências ela já vem causando há algum tempo. Antes mesmo de lançar seu primeiro disco,
Bone of my bones, no ano passado, já estava nas páginas da Rolling Stone, Vogue, NME, The Guardian e Entertainment Weekly, entre outras revistas referenciais do showbiz. Tanto porque já aparecia como atriz na tevê britânica como por suas apresentações como cantora que chamava atenção pela performance extravagante.

Dizem que foi coleguinha de escola de Amy Winehouse. Mas Ebony Thomas — seu verdadeiro nome — parece mais uma Lady Gaga africana, com seu visual colorido e chamativo, que pode ser conferido na foto acima. Ela também é ligada à moda como a diva americana, mas faz questão de se expressar politicamente em músicas como
We know all about you (inspirada em 1984, de George Orwell) e In G.O.D we trust (gold, oil & drugs).

O som é irresistivelmente dançante, ainda que não seja de tão fácil digestão quando o de Lady Gaga (só para fica na comparação). Mistura guitarras e batidas étnicas e, aliada ao visual, é uma arma forte que a cantora inglesa, de presumíveis 25 anos, tem para conquistar o mundo. Basta conferir o clipe de
The muzik, que está no YouTube. O clipe é uma colagem de vídeos caseiros feitos por pessoas de diferentes cidades do mundo. E tem uma curiosidade: quem aparece lá pelas tantas é Thalma de Freitas, a atriz e cantora brasileira.

Bone of my bones nem sequer foi lançado nos Estados Unidos ainda e Ebony já está envolvida com a gravação do segundo, Blood is the new black, que tem participação da Symphony Orchestra of India. Deve demorar um tanto para chegar por aqui, mas não há nada que a internet não traga até nós.

Links:
O clipe de The muzik: http://www.youtube.com/watch?v=Uy5fiIbbnPU
O MySpace dela: http://www.myspace.com/ebonybones

terça-feira, 10 de agosto de 2010

GASTRONOMIX // Um oriental na terra do Pequi

O TAO é um oriental despretencioso e aconchegante em Goiânia. O restaurante tem uma pegada bem interessante, que mistura a comida tailandesa e japonesa com alguns ingredientes ocidentais. O ambiente convida a relaxar, a esquecer um pouco da correria de um dia agitado.

A entrada do restaurante serve de exemplo. Chão de pedra, jardim com folhagem farta, cadeirinhas de madeira no primeiro ambiente e uma parede vermelha com um face tailandesa. São 140 lugares, distribuídos entre as áreas perto do jardim, interna e tatame, que fica na parte superior.

Uma boa pedida, logo de saída para aquecer as baterias, é a caipiroska de manga com pimenta rosa ou a de carambola com manjericão (R$ 8,90). Você pode até querer comer pouco, mas o sistema de rodízio é tentador, porque você pode experimentar um pouco de cada coisa. Custa R$ 42,90 o buffet com sushi e sashimi ou R$ 49,90, caso queira acrescentar os pratos quentes, frios e sobremesa. O tataki de salmão com robalo, na minha opinião, é muito saboroso, bem temperado e leve.



(1) Carpaccio de robalo // (2) Tataki // (3) Guioza


As entradas quentes são robata (espetinho) de legumes, shimeji na manteiga e shoyu, guioza de frango e rolinho primavera. Tem também um carpaccio de robalo, com limão e pimenta – na verdade, um sashimi bem fininho.

Na sequência, os garçons servem o combinado de sushis e sashimis e yakissoba de frango, como prato quente. E, por último, a sobremesa: tempurá de sorvete. Você pode repetir cada etapa quantas vezes quiser. Só não pode desperdiçar peixe. Cada peça deixada, você paga. Quem optar pelo a la carte pode se jogar nas 80 variedades de sushis e sashimis.

De origem tailandesa, o TAO tem quase uma dezena de opções de pratos. O pedido mais freqüente da casa é o Patai, macarrão oriental com broto de feijão, molho de ostra, amendoim e três opções de carne: frango, filé ou camarão.

É entrar, escolher o lugar e relaxar. Aos sábados, faça reserva. Às vezes, pode formar fila, produzir estresse na espera e quebrar o encanto do momento.

TAO
Rua T-48, 121
Setor Oeste – Goiânia
Telefone: (62) 3251 3333
Site:
http://www.taorestaurante.com.br

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

EU RECOMENDO // O sonoro encanto de Buenos Aires


Por Thiago Pethit (*)
Convidado especial do Gastronomix


“Se estiver de passagem por Buenos Aires, tenho três recomendações deliciosas. O Dadá fica em uma ruela estreita do centro comercial de Buenos Aires, a poucas quadras da Praça San Martin. Com decoração de inspiração francesa e dadaísta, o bistrô é charmoso e pequeno (por isso, é bom reservar uma mesa com antecedência, se não quiser esperar). Minha pedida é o clássico da casa: o ‘Lomo Dadá’, um medalhão com gratin de batatas. É um prato saboroso e bem servido, como todos os demais do cardápio de uma página só.


Outra dica, que serve também para o almoço, fica no bairro de Palermo. As massas italianas são o forte do Il Ballo Del Mattone (que tem este nome em homenagem a uma música de Rita Pavone). Há três unidades do restaurante na mesma rua, mas procure pelo original, o menor deles.

O clima é despojado e jovial, cheio de colagens pelas paredes e teto. O cardápio de poucas opções vem escrito em uma lousa que circula entre as cerca de 10 mesas. E a cozinha fica à vista dos freqüentadores (o que acaba sendo um atrativo a mais na hora de escolher o seu prato ou enquanto ele é preparado).

Para finalizar, recomendo uma sobremesa bem típica argentina, o sorvete de doce de leite. Meu preferido está na sorveteria artesanal Cadore que fica na Avenida Corrientes, entre as ruas Rodriguez Peña e Montivideo. Prove o ‘Dulce de Leche Bombom’ – a especialidade da casa! – que vem com confeitos de chocolate".

Dadá
Rua San Martin, 941
Entre Marcelo T. de Alvear e Paraguai
Centro - Buenos Aires
Telefone: 4314-4787.

Il Ballo del Mattone
Rua Gorriti, 5.934
Entre Arévalo e Ravignani
Palermo – Buenos Aires
Telefone: 4776-4247.

Cadore
Av. Corrientes, 1.695
Entre Rodriguez Peña e Montevideo]
San Nicolás, Centro – Buenos Aires
Telefone: 43743688.

(*) Thiago Pethit, 27 anos, paulista, é cantor e lançou “Berlim, Texas”, primeiro CD. Seu site é
http://www.thiagopethit.com