sábado, 31 de outubro de 2009

GASTRONOMIX // Bacalhau ao Leite de Coco

A chef Márcia Ribeiro, do Emporio Selecto, nos brindou com mais uma de suas receitas saborosas. Pode ser uma boa opção para inovar os pratos no Natal.

Bacalhau ao Leite de Coco

Ingredientes
- 1 kg de bacalhau
- 1/2 kg de batata
- 1/2 kg de alho poró
- 2 cebolas grandes
- 2 tomates vermelhos
- 1 pimentão amarelo
- 300ml de leite de coco
- 4 dentes de alho
- Sal – somente se precisar
- 1 colher de sopa de coentro picado
- 1 xícara de azeite
- Azeitonas pretas
- 2 raminhos de salsa

Molho
- 2½ copos de leite
- 2 colheres de sopa de farinha de trigo
- 1½ colher de sopa de manteiga
- 2 ovos
- 1 xícara de creme de leite
- Noz moscada
- Sal e pimenta a gosto

Preparo

- Deixe o bacalhau de molho por 24 horas mudando sempre a água. Escalde numa rápida fervura removendo peles e espinhas. Coe a água onde o bacalhau foi cozido e reserve.

- Separe o bacalhau em lascas médias e tempere com alho, e coentro, reserve. Coloque uma caçarola no fogo com azeite, cebolas em rodelas, o alho poró em rodelas e por último o alho. Deixe as cebolas ficarem transparentes e adicione os tomates sem pele e sem sementes, o pimentão e as azeitonas picadas.

- Junte o bacalhau, o leite de coco e a água onde foi cozido o bacalhau. Descasque as batatas, raspe as cenouras, corte tudo em rodelas e cozinhe em água com pouco sal. Coloque no liquidificador, o leite, a farinha de trigo e a manteiga, coloque numa panelinha e leve ao fogo, mexendo bem, até ficar com a consistência de um creme.

- Junte o creme de leite, tire do fogo, junte os ovos e tempere com a noz moscada, o sal e a pimenta. Unte um pirex grande com azeite depois de ter esfregado por dentro dele um dente de alho.

- Arrume em camadas alternando o bacalhau, a batata e a cenoura. Cubra tudo com molho e leve ao forno para gratinar. Ao sair do forno, enfeite com azeitonas e salsa. Sirva com arroz branco ou batatas soutê.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

DRINK­_ME // Margarita Adicted


Por Juliana Raimo

Ser fã de Margarita é uma coisa. Querer comprar uma máquina de frozen Margarita é outra. Na fase atual, meu drink preferido é definitivamente este. Mesmo tendo aberto meu paladar para os drinks mais secos como Dry, Manhatan e Negroni, a "rita", como mostra a foto abaixo, ainda é minha fiel companheira.

Fiz uma rápida consulta na internet e milhares de modelos apareceram. Alguns são importados, mas tem para todos os gostos. Os preços começam em R$ 500,00 e chegam a R$ 4.000,00

A idéia de ter uma incrível máquina desta em casa é para receber os amigos, claro. Eu não seria capaz de ligá-la para meu único prazer...” I think so! ”

Imagine uma baladinha em casa e a máquina trabalhando sem parar. Só apertar um botãozinho e pronto! Tem uma no restaurante Ritz que sempre namorei. Mas é muito grande. Faz dois tipos de drinks: de limão e morango. Eu me contentaria com um sabor só, e quanto as modelos, prefiro os que tem um ar "vintage".

O problema agora é arrumar um lugar na minha cozinha e convencer o marido!
Em sites brasileiros, encontrei a empresa BRAS. Segue o link para quem quiser pesquisar preço:
http://www.bras.com.br/prodFroz.htm

Um dos representantes da Bras em SP é a Machado Equipamentos: tel (11) 3228 7388. Há dois tipos de modelo:
De 10L = R$ 4.400,00
De 20L = R$ 6.350,00

Salgado né? Acho que vou tentar me contentar em beber Frozen Margaritas nos bares da cidade…

- Fonte:
http://www.bras.com.br/prodFroz.htm e Google.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

AO PÉ DO OUVIDO // ... E Bebel criou a própria bossa

Por Rosualdo Rodrigues

Tem uma coisa curiosa em Bebel Gilberto. Ela mora em Nova York, viaja o mundo todo – tem uma agenda que, até o fim do ano, inclui shows que vão de Lisboa a Tel Aviv – mas sua música consegue manter uma mansidão, um remanso de beira-mar, que a caracteriza fortemente. E é nessa espécie de preguiça que está a marca da bossa nova, referência obrigatória toda vez que se fala na filha de João Gilberto.

Está aí e ponto. Não dá mais para dizer que Bebel Gilberto faz bossa eletrônica. A música dela está cada vez mais com uma personalidade própria e mais acústica. A bossa está lá, mas com a mesma naturalidade que muitas outras influências e referências que ela, como moça antenada que é, assimila cada vez mais.

All in one, o disco novo – o quarto – tem, além de canções da própria Bebel, regravações de Bob Marley (Sun is shining), Stevie Wonder (The real thing), Carmen Miranda (Chica chica boom) e de João Gilberto (Bim bom). E Bebel as veste como bem entende, fazendo com que tudo se aproxime a partir de sua voz e não tenha o aspecto de uma colcha de retalhos contrastantes.

Primeiro disco de Bebel pela Verve – gravadora referência na história do jazz --, All in one é tão bom quanto os anteriores da cantora e se alinha com eles musicalmente, mas não é mera repetição. Mostra avanços, nada sutis para quem tem mais intimidade com a discografia dela.

E o disco tem uma história peculiar, já que começou a ser gestado durante umas felizes férias a dois em Port Antonio, Jamaica. Bebel diz que ela e o namorado, o engenheiro de som Didiê Cunha, iam pro estúdio, mergulhavam, fumavam... “Uma delícia”. Claro que nem tudo foi dolce far niente. Produzido entre Port Antonio, Salvador e Nova York, All in one contou com vários produtores: Carlinhos Brown, Didi Gutman (da banda nova-iorquina Brazilian Girls), o brasileiro-californiano Mario Caldato, John King (Dust Brothers), Mark Ronson (que já trabalhou com Amy Winehouse e Lily Allen, entre outros) e Tom Brenneck (do grupo The Dap-Kings, que também acompanhou Winehouse).

Nem com tantas mãos o disco deixar de uma cara só: a de Bebel Gilberto.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

GASTRONOMIX // Motivação para cozinhar?


Está sem motivação para cozinhar ou se arriscar na cozinha?
Convidei dois ajudantes – para agradar a todos - que me deram uma forcinha na preparação de um jantar especial. Caso precisem da ajuda deles para temperar sua refeição, me avise que passo os contatos.

Brincadeiras à parte, espero que minha receita motive vocês o suficiente para aquecerem as panelas e prepararem algo que surpreenda os comensais.

Dessa vez, fiz umas compras rápidas e coloquei a cabeça para desenferrujar um pouco. Combinei o salgado com um sabor mais neutro no risoto e uma carne com o azedinho aveludado do damasco. Vamos à receita:

Risoto de gorgonzola e aspargos com medalhão de filé
ao molho de damasco e crisps de alho poró

Ingredientes (serve duas pessoas)

RISOTO
- 2 xícaras e meia de arroz arbóreo ou carneroli
- 2 tabletes de caldo de carne (é melhor fazê-lo, mas...)
- 100g de queijo gorgonzola
- 1 taça de vinho branco ou espumante
- 10 aspargos
- ½ cebola média picada
- 1 colher de sobremesa da margarina
- Azeite e sal a gosto

CARNE
- 6 pedaços de medalhão de filé
- Sal e pimenta a gosto

MOLHO
- 1 xícara (chá) de damasco
- 3 xícaras (chá) de água
- 1 cebola
- 4 dentes de alho
- 6 colheres (sopa) de azeite
- 2 colheres (sopa) de açúcar
- 1 colher (sopa) de aceto balsâmico
- Sal a gosto

CRISPS
- 1 talo de alho poro cortado em tiras
- 100 ml óleo de girassol
- 1 pitada de sal

Preparo

RISOTO
- Em uma panela quente, coloque o azeite. Em seguida, a cebola. Refogue um pouco até ela ficar transparente. Junte a taça de vinho branco e espumante e o arroz. Mexa e espere a bebida alcoólica evaporar. Vá adicionando – de uma a duas conchas - o caldo quente que você fez em uma leiteira. Prepare o braço e mexa. Sempre. O caldo também deve estar temperadinho (se quiser, coloque uma erva) pois ele vai entrando aos poucos no arroz.

- Repita a operação até o arroz ficar ao dente. Nesse ponto, acrescente o queijo e, por último, os aspargos cortadinhos em tamanhos pequenos e previamente escladados em água e sal para amolecerem. Misture tudo e, para finalizar, vale uma colher de margarina para dourar o risoto.

CARNE
Tempere a carne com sal e pimenta a gosto 30 minutos antes de passá-la na frigideira quente com azeite.

MOLHO
- Deixe o damasco de molho na água por duas horas. Depois, pique-o em pedacinhos. Leve o damasco com toda a água para cozinhar. Deixe esfriar. Bata no liquidificador o damasco com a água do cozimento, a cebola, o alho e o sal a gosto. Reserve.

- Aqueça o azeite. Acrescente o açúcar e deixe dourar. Rapidamente, junte os demais ingredientes. Cozinhe por 20 minutos. Para conseguir a consistência desejada, acrescente mais água e espere ferver, ou deixe mais tempo até engrossar. Por último, coloque o aceto e mexa. Seu molho estará pronto

CRISPS
- Deixe o óleo aquecer em uma panela. Use o truque do paito. Quando ele acender, coloque as fatias de alho poro para fritas com uma pitada de sal. Não deixe escurecer. Retire e deixe secar em papel toalha.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

EU RECOMENDO // Minha receita de cuscuz


Por Claudia Leitte
Convidada especial do Gastronomix (*)


“Cuscuz! Já comeram cuscuz com banana e queijo?

A receita é: coloque a primeira camada de fubá de milho. Depois, uma segunda camada com banana cozida e queijo branco e forre com mais fubá. Repita isso mais duas vezes e forre com fubá pra fechar.

Essa onda de doce com salgado é minha pegada. Amo! Quem gosta do cuscuz mais gordinho é só passar manteiga. Também adoro ele com peito de peru, queijo e compota de ameixa. Minha tia Luty inventou essa história.

Aquele tradicional com leite de coco é bom demais. Querem saber? Com ovo é a melhor pedida !!!!! No momento de se deliciar com coisas assim a gente tem que esquecer essa historia de calorias. Oxe!”

(*) Claudia Leitte é cantora e mãe de Davi. Nasceu em São Gonçalo no Rio de Janeiro, mas, com três dias de vida, mudou-se para Salvador. Já cantava aos três anos de idade. Foi vocalista do grupo Babado Novo e, depois, fez carreira solo. Em 2008, gravou seu primeiro DVD com um show na Praia de Copacabana, que teve participações especiais como: Daniela Mercury, ando, Gabriel, O Pensador e Carlinhos Brown.

domingo, 25 de outubro de 2009

GASTRONOMIX // O café que é a cara de Berlim


O Café Einstein é uma instituição em Berlim. Ele existe antes mesmo da divisão da Alemanha pelo muro. É só andar pela cidade para você ver em cada esquina (um exagero, tudo bem!) uma loja com um cheirinho bem gostoso. Estive em dois deles. O mais tradicional e movimentado é o da Unter den Linden, larga avenida com prédios de estilos arquitetônicos diversos que leva ao Portão de Brandenburgo e ao Reichstag (parlamento alemão).


O Einstein número um foi instalado em uma mansão da década de 1920 na Kurfurstenstrasse (fotos acima). Os mais tradicionais preferem esse. O café tem origem em Viena. Há pratos austríacos, mas também alemães com toque de nouveau cuisine. Peça um café expresso, que eles mesmos torram, e um delicioso Apfelstrudel (massa folhada recheada com maçã). Mais tradicional, impossível!


O ambiente do Einstein da Unter den Lidden é muito agradável (fotos acima). Há muitos detalhes – desde o lustre até as imagens nas paredes. As mesas e cadeiras de madeira do interior do café dão um tom muito aconchegante. Os garçons, vestidos elegantemente de preto e branco, são um pouco sisudos, mas fui bem atendido nos dois que fui. Há mesas também no lado de fora.
Das vezes que fui, tomei café da manhã. Croissant crocante, café bem forte e torta de frutas. Vale a visita e o deleite de uma boa refeição.

Café Einstein (Einstein Kaffe)
Unter den Linden 42
Mitte, Berlim (Alemanha)
Telefone: 30 20 436 32

Kurfürstenstrasse 58
Shöneberg, Berlim (Alemanha)
Site:
http://www.cafeeinstein.com

sábado, 24 de outubro de 2009

GASTRONOMIX // Últimos dias para desfrutar Burle Marx


O Festival À Mesa com Burle Marx segue até o dia 1 de novembro com a participação de 21 casas de Brasília. É uma homenagem ao paisagista paulistano-carioca Roberto Burle Marx - também foi pintor, escultor, desenhista, tapeceiro, designer de jóias e ceramista – que completaria 100 anos em agosto de 2009. São 28 receitas que foram reunidas em livro e podem ser desfrutadas em restaurantes de Brasília.

As arquiteta Claudia Pinheiro e Celília Modesto reuniram em livro a paixão de Burle Max pela gastronomia. “Ele adorava cozinha”, diz Cecília. A dupla procurou o cozinheiro Cleofas César da Silva, que acompanhou o artista por anos, para recompor o cenário dos lendários almoços dos fins de semana no sítio de Guaratiba (RJ). Cleofas preparou os pratos e as fotos foram tiradas em recantos do sítio onde o artista morou por 45 anos.

"O Roberto não admitia que um prato fosse servido em uma travessa comum. Ele tinha muito cuidado com a apresentação, e o livro tenta reproduzir isso", conta Claudia, que teve o privilégio de experimentar 40 receitas preparadas pelo cozinheiro.

Veja quem está participando:
- Alice Mesquita (Alice Brasserie)
- Ana Toscano (Villa Borghese)
- Anna Christina Cardoso (Gazebo)
- Christina Costa (O Convento)
- David Lechtig (El Paso Latino)
- Dudu Camargo (Dudu Camargo e Fatto)
- Fernando La Rocque (Carpe Diem)
- Francisco Ansiliero (Dom Francisco)
- Ivana Gasparotto (Patu Anu)
- Josyanne Costacurta (Cielo)
- Mara Alcamim (Quitinete, Universal e Zuu)
- Paulo Mello (Dona Lenha)
- Rodrigo Freire (Oliver)
- Rodrigo Sanchez (Barcelona)
- Rosário Tessier (Trattoria da Rosário)
- Sandro Melaranci (Belini)
- Sérgio Rafaelli (Café Cassis)
- Suzana Leste (Villa Tevere)

Ao experimentar alguma delícia saída da mente de Burle Max, você pode se sentir como se fosse alguns dos seus ilustres convidados como o pintor Alfredo Volpi, o compositor Vinicius de Moraes, o arquiteto Le Corbusier, o urbanista Lúcio Costa e a cantora Mercedes Sosa. Boa viagem!

PARA VER AO VIVO: Em Brasília, o Palácio do Itamaraty, o Eixo Monumental, o Parque da Cidade, o Ministério da Justiça, a Praça do Quartel General, as Quadras 308 e 114 Sul, dentre outros espaços, possuem jardins criados pelo artista.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

DRINK_ME // Piña Colada, de Porto Rico ao Brasil


Por Juliana Raimo

Com a chegada do verão, pensei em sugerir um drink clássico, refrescante e levemente adocicado. As “moças” tendem a gostar mais, mas - num lindo dia de sol - cai bem para qualquer um. A Piña Colada me conquistou quando eu morava em Milão. Eu e um grupo de amigos íamos a um bar chamado Roialto, só para tomar a famosa Piña Colada de lá.

Cocktail feito a base de rum, suco de abacaxi natural, maduro e coado (dai a origem de seu nome: piña= abacaxi e colada=coado) e creme de côco. No Brasil, não encontramos creme de coco com facilidade, então pode-se fazer uma fórmula caseira misturando uma parte de leite condensado com cinco partes de leite de côco.

Um pouco de história

Em 1954, seu criador Ramon Marrera, conhecido por Monchito, trabalhava no bar do Hotel Hilton e queria criar uma bebida a base de ingredientes tropicais, que lembrassem a beleza de seu encantador país, Porto Rico.

A Piña Colada conquistou o mundo e tornou-se mais conhecida no fim da década de 1970, após o inglês, residente nos Estados Unidos, Rupert Holmes transformar a bebida em música (The Piña Colada Song, criada em 1979).

Pina Colada
(Long Drink)


Ingredientes
- 50ml Rum Branco
- 30ml Creme de coco (1 parte de leite condensado com 5 partes de leite de coco)
- 100ml Suco de abacaxi (coado)
- Gelo

Método: Batido
Copo: taça bojuda (foto abaixo) ou long drink

Preparo
Coloque todos os ingredientes no liquidificador ou bata na coqueteleira com o gelo triturado. Coloque na taça previamente gelada e decore com um pedaço do abacaxi e uma cereja maraschino. (o guarda-chuvinha fica a critério de cada um). Sirva com um canudo.

Dica : Sem a bebida alcóolica, vira também um ótimo refresco.
Fonte:
http://www.assbb.org.br/drinks.html. Paulo Avelino Jacovos é Barman, www.portaldoscoqueteis.com.br

Bar Roialto
Via Pier della Francesca, 55
Milão, Itália
Telefone: 02 34 93 66 16
Site:
www.roialtogroup.it

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

GASTRONOMIX // Rótulos da Expand na Belini


A Belini Pães & Gastronomia está agitando a cidade nesses últimos meses. No próximo dia 26 de outubro, às 19h30, haverá um evento de harmonização de vinhos com produtos trazidos pela distribuidora Expand. Quem apresentará a marca é o sommelier Daniel Místico.

E vamos combinar que um bom espmante e vinho combinam com os pratos elaborados pelo chef da casa, Sandro Melaranci. Veja só o cardápio da noite:

SPUMANTE BELLAVISTA FRANCIACORTA D.O.C.G. BRUT
Brusqueta aos três sabores

DOLCETTO D ‘ ALBA RENATO RATTI 2007
Risoto de Pato

TOSCANO LUCILLA FARNETELLA 2005
Vitelo assado com provolone fresco defumado

NERO D‘AVOLA ZISOLA 2006

Javali ao vinho tinto e figos

PORTO QUINTA SEARA D‘ORDENS RUBY
Doce de Amêndoa e Chocolate

Serviço
Data: 26 de outubro de 2009
Horário: 19h30
Local: Belini Il Ristorante (sobreloja), SQS 113
Valor: R$ 90,00 por pessoa
Telefone: (61) 3345 0777

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

AO PÉ DO OUVIDO // Eu vi o rei...

Por Rosualdo Rodrigues

Mais uma vez Bebel terá que esperar até a quarta que vem, porque, na sexta-feira, fui ao show de Roberto Carlos e não tem como não comentar o fato. Ainda mais porque foi a primeira vez que vi o rei ao vivo e, podem acreditar, um show de Roberto Carlos é "uma experiência". Eu não fazia ideia. Para começar, soa estranho porque aquela figura, aquela voz, aquelas músicas, tudo está tão impregnado no nosso imaginário, é tão familiar, que temos a sensação de já ter visto aquilo 100 mil vezes antes.

Mas, por mais que ouça os discos de Roberto e o veja na tevê, você só terá a verdadeira dimensão de quem é ele estando no meio de uma plateia como aquela que lotava o Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, na noite de sexta-feira. Uma platéia embevecida diante de um ídolo que lhe dá todas as justificativas para ser adorado.

Roberto sabe como ninguém usar o próprio carisma. Tem uma impressionante cumplicidade com seu público, trata-o com um carinho e um respeito que nem sempre podem ser esperados de grandes estrelas. Por isso, quando você ouve o público explodir em uníssono nos primeiros acordes de uma canção mais clássica, como Detalhes, não tem como disfarçar aquela lagrimazinha que começa a se formar no canto do olho.

É uma emoção tão pura e natural que ele canta Nossa Senhora, Mulher pequena, Caminhoneiro e você nem se dá conta de que tem, digamos, restrições a músicas como aquelas. Na combinação Roberto Carlos + platéia tudo vira ouro. Tudo vira lembrança, pelo menos para mim, de mãe, pai e irmãos, Natal em família, a vida passando em retrospectiva como um filme.

No show que comemora os 50 anos de carreira do rei, ele cantou o que poderia se chamar the best. Mas é difícil resumir as "tantas emoções" desse meio século em duas horas de apresentação. Mais difícil ainda fazer uma seleção de 10 das melhores músicas do repertório de Roberto. Mas, vamos tentar:

1 ) Detalhes
2 ) Ninguém vai tirar você de mim
3 ) Não há dinheiro que pague
4 ) As baleias
5 ) Amada amante
6 ) Amor perfeito
7 ) As curvas da estrada de santos
8 ) Sua estupidez
9 ) Você não serve pra mim
10 ) Outra vez

terça-feira, 20 de outubro de 2009

GASTRONOMIX // O espanhol de Berlim


A Savignyplatz é uma praça bem charmosa arrodeada de restaurantes por todos os lados. Lá, você encontra várias nacionalidades de comidas, além de uma estátua com crianças e carneiros. Escolhi o restaurante espanhol Mar y Sol para matar um pouquinho a saudade dos tapas e dos encantos de Madrid e Barcelona.


A decoração bem espanhola e o grande balcão da entrada com muitos tipos de tapas atraem logo de cara e te colocam no clima dessa viagem gastronômica. Você quase esquece que está em Berlim. O local estava um pouco mais vazio, pois já se passava das 14h30 e os berlinenses têm por hábito almoçar por volta das 12h. Ehhh, estava em clima de férias, né?

Pedi uma caneca gigante de cerveja que comi com azeitonas sortidas – de vários tamanhos e cores. Muito saborosas. Por uma porção média, paguei 2,50 euros. Como prato principal, peru grelhado com molho picante, feijão verde e batatas fritas da casa (13,90 euros). Nesse dia, o bonitão aqui simplesmente levou a máquina sem bateria, que ficou carregando no hotel. Não tenho como mostrar os pratos. Mas posso afirmar - com todas as letras - que a comida estava bem saborosa, principalmente, as batatas fritas caseiras.

Perto da Savignyplatz, é possível fazer passeios legais como caminhar e ver antiquários, livrarias como a Bücherbogen, comer uma torta de frutas no Café Savigny e passear num shopping de design e de móveis. Na mesma área, vale a pena passear pela Fasanestrasse – rua onde você vai encontrar uma bela arquitetura e o Literaturhaus, onde há a livraria Kohlhass & Company e o Wintergarten Café (foto).

Mar y Sol
Savignyplatz 5
Charlottenburg, Berlim (Alemanha)
Telefone: 30 31 32 593
Site:
http://www.marysol-berlin.de/

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

EU RECOMENDO // A cozinha afetiva da Silvinha


Por Lulie Macedo (*)
Convidada especial do Gastronomix

“Sou daquele tipo que abastece a geladeira com sucos e café. Não porque não saiba aquecer caldos ou picar cebola, ao contrário. A rotina da redação é que condiciona a vida fora de casa. Almoços e jantares são desculpas diárias para reuniões de trabalho e encontros com amigos. Não à toa tenho meus favoritos espalhados pela cidade. Eleger um só para comentar aqui foi tarefa inglória, e por isso demorei tanto para entregar minha colaboração ao blog – pardon, Rodrigo!

Poderia discorrer em longos parágrafos sobre o Pasquale, pensei, o italiano do coração que serve o melhor tiramissu de São Paulo. Ou gastaria todo verbo recomendando o café da manhã do Le Vin, a salvação dos vespertinos fãs de sanduíche de brie e de um bom expresso. Também poderia passar horas babando o ovo do melhor hambúrguer vegetariano do planeta, o Quitandinha, da Lanchonete da Cidade, e usaria todos os adjetivos que conheço para explicar por que o AK Delicatessen é perfeito do couvert ao cheesecake.

Interior do restaurante Da Silvinha: menu caseiro e gostoso


Mas o leitor não teria paciência para as minhas divagações de gourmet amadora. Pretendo, portanto, ser breve e franca: recomendo com fervor a “cozinha afetiva” do Da Silvinha.

Descobri a expressão há pouco tempo em textos de especialistas que falavam sobre um tipo de comida que remete à infância, a algo familiar, e achei que a frescura casava muito bem com o que a Silvinha (Guimarães Couto, cozinheira e sócia de Leonardo Lessa no restaurante aberto há sete meses em Pinheiros) faz intuitivamente e sem seguir modinhas.

Funciona assim: todos os dias são oferecidos dois ou três tipos de carne guarnecidos por preciosos acompanhamentos fixos: arroz, feijão, couve refogada e farofa de banana. O preço fixo por pessoa (R$ 28,80 a opção completa) inclui ainda entrada (salada verde ou de trigo), suco, uma refrescante gelatina caseira de laranja e um expresso Illy tirado pelo Leo que faz inveja a muito barista metido a besta.

A melhor farofa de banana que já comi, sem exagero nenhum. O sabor das carnes na grelha, o tempero do feijão, a comida que vem à mesa em cumbucas de barro, o clima (e tamanho) de casa da avó. E tem ainda o bolinho de arroz, a batata bolinha, o pudim de leite, o quindim…

Almoçar no Silvinha faz bem ao corpo – comida caseira feita com ingredientes frescos - e a alma. Porque com tanta “magia” gastronômica pipocando a cada esquina (espumas, reduções e emulsões que o digam), muitas vezes, só o que a gente precisa é de um bom prato de arroz, feijão e farofa e do carinho que a Silvinha e sua família colocam ali”.

(*) Lulie Macedo, 33, é jornalista e editora da revista Serafina, suplemento mensal da Folha de S.Paulo.

Da Silvinha
Rua Costa Carvalho 138
Pinheiros – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2501 3219.
Site: http://www.dasilvinha.com.br/

sábado, 17 de outubro de 2009

GASTRONOMIX // O italiano de Berlim


Antes de partir para Berlim, já havia marcado o Bocca di Bacco como uma boa opção para um jantar mais refinado. Confesso que fiquei com medo dos precinhos desse que é considerado o melhor e mais autêntico italiano da capital alemã. Eu e Daniel passeávamos pela Friedrichstrasse - uma das principais ruas do comércio berlinense, onde é possível encontrar lojas de marcas como H&M, Calvin Klein, livraria Taschen, Galeria Laffaiette - quando os letreiros pularam à vista.

Opa... Era hora de checar o cardápio que Jodie Foster, George Clooney e Tom Hanks, em alguma de suas idas à Berlim, também escolheram algum prato. Estava com muita vontade de experimentar os pratos do chef Loriano Mura. Surpreendi-me positivamente. Os preços dos principais variavam de 15 euros a 28,50 euros. Nada tão estratosférico caso você use aquela maquininha mental insolente que converte euros em reais. Só pensava de leve: multiplicando por três, dá... Ah, tá bom!

À noite, voltamos. Sem reservas, esperamos na sala de estar que existe no meio do espaçoso restaurante. Nas paredes brancas, quadros com ingredientes da culinária italiana. Talheres bem postos e louça impecável. A iluminação é um aconchego, tranqüiliza. Prosecco pra lá, prosecco pra cá. Um potinho de azeitonas de cortesia e, em 15 minutos, estávamos acomodados.

De entrada, Daniel pediu uma sopa de vegetais (8,50 euros).

Na sequência, optamos pelo mesmo prato.

Ravióli nero recheado com camarões e queijo Taleggio (14,00 euros).

E para sobremesa:

Tiramissu

Creme Brulee

A comida estava sensacional. Tudo muito gostoso. E para brindar a noite, duas situações inusitadas. Numa das mesas, uma senhora levanta e começa a cantar uma ópera em alto e bom som. O restaurante parou. A voz potente emocionou. A outra situação foi a que a mesa ao lado estava um casal de seus 60 anos do Rio Grande do Sul que, segundo eles, há mais de uma década freqüentam o Bocca di Bacco para renovar sua união.

Bocca di Bacco
Friedrichstrasse 167- 168
Mitte – Berlim (Alemanha)
Telefone: 030 20 67 28 28
Site:
www.boccadibacco.de

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

DRINK_ME // Limoncello, a cachaça italiana


Por Juliana Raimo


O livro Bebendo Estrelas, de Rubens Ewald Filho e Nilu Lebert, fala dos drinks que ficaram famosos no cinema e sugere deliciosos petiscos para acompanhá-los. Na página 77 do livro, me deparei com uma receita da Nonna Rosa, avó do chef Giuseppe Gerundino, que me fez lembrar o ano de 2000 quando morei na belíssima Itália.

O Limoncello para os Italianos é como a cachaça para os brasileiros. Quando saíamos para jantar fora, antes do café, era de praxe tomar um shot deste licor e todos tinham uma garrafa de limoncello no freezer de casa também. Aqui no Brasil, este costume é pouco explorado, apesar de termos uma enorme população descendente de italianos. Mas acredito que nos restaurantes mais tradicionais este costume é resgatado. No livro, a referência de filme que retrata este clima é Sob o sol da Toscana com a atriz Diane Lane.

O preparo do limoncello é um pouco extenso, mas depois de fazer um litro é só colocar no freezer e se deliciar ao longo do mês todo. Vamos a receita da Nonna Rosa:

Ingredientes
(para 1l de Limoncello)
- 18 limões sicilianos de tamanho médio
- 1 litro de álcool de cereais de 92/98 graus
- 13 grãos de café (segundo a nonna, potencializa o sabor do limão)
- 800g de açúcar
- 2 litros de água

Preparo
Descasque cuidadosamente os limões para obter somente a parte amarela (o branco do limão é o amargo). Coloque as cascas em infusão no álcool em um frasco de vidro com tampa. Acrescente os 13 grãos de café e deixe descansar por 40 dias em lugar escuro e fresco, agitando o recipiente de vez em quando. Passado este tempo, coe a infusão e reserve. Faça uma calda com o açúcar e a água. Espere esfriar, misture com a infusão reservada e deixe repousar por mais 15 dias. Coe novamente e sirva gelado num copo shot.

- Dica 1: Para os que tiverem muita preguiça de preparar este licor e não tiverem paciência de esperar 55 dias, sugiro em São Paulo, fazer uma degustação no restaurante Arturito, da chef Paola Carosella. Ela prepara um limoncello caseiro espetacular.

- Dica 2: Ótima opção para dar de natal para os amigos. Comprem as garrafinhas e dêem um presente personalizado (vejam ref. acima). Mas comecem já!

Fonte: Livro Bebendo Estrelas, histórias e receitas, de Rubens Ewald Filho e Nilu Lebert
Editora Melhoramentos.