terça-feira, 31 de julho de 2012

GASTRONOMIX// Para o Dia dos Pais, parte 1

Comemorado sempre no segundo domingo de agosto, o Dia dos Pais deste ano cai no próximo dia 12. E alguns restaurantes de Brasília já trataram de inventar algo de diferente para atrair os filhos que planejam levar o “velho” para jantar, almoçar, tomar um café da manhã ou mesmo um lanche fora de hora. Hoje, vão as duas primeiras de algumas dicas que daremos nos próximos dias:

A sugestão do Café Daniel Briand é para quem prefere comemorar em casa: a cesta especial de café da manhã (foto acima). Feita de treliças de madeira e forrada com toalha de linho confeccionada à mão, a cesta trará dois croissants, dois pains au chocolat, dois brioches aux amandes, um brioche parisienne. uma baguette, uma terrine em porcelana branca com pâté de campagne ou rillette de porco, uma salada de frutas, duas fatias de queijo gruyère, geleia de framboesa, manteiga, uma caixa com seis macarons, meia garrafa de Champanhe Chandon e um bule em porcelana branca com chocolate quente. Custa R$ 250.
Outro mimo preparado por Daniel Briand para comemorar o Dia dos Pais será a wisky-café (foto acima): biscuit joconde recheado por bavaroise de café-uísque, coberta de mousse de chantilly decorada por grãos de café.O preço? R$ 59 o quilo.
O Belini Pães & Gastronomia lançará uma promoção: no dia 12, a cada quatro pagantes que consumirem o bufê de almoço na varanda (R$ 39,90 por pessoa) ou o menu à La carte (R$31,90, com entrada, prato principal e sobremesa) preparado especialmente para a data no Il Ristorante, no piso superior, o pai ganhará o seu como cortesia da casa. O bufê funciona também para café da manhã e chá da tarde, a R$ 26,90 por pessoa.
No serviço à La carte, o menu terá duas opções a cada etapa. Para sobremesa, bruschetta di pomodoro basilico (fatias de pão torrado com alho, tomate e manjericão) ou salada mista (três tipos de alface, rúcula, tomate italiano e pepino); para prato principal, straccetti di rucola al creme balsâmico (foto acima, fatias de filé mignon com redução de vinagre balsâmico e rúcula acompanhado de fettuccine ao alho, óleo e bacon) ou tilápia grigliato (tilápia grelhada com ervas finas acompanhado de risoto de tinta de lula); e para sobremesa, strudel di mele (massa folhada recheada com maçã, uvas passas, canela e sorvete de creme) ou a Banana flambada (banana

Café Daniel Briand
104 Norte, bloco A, loja 26, 3326-1135
De terça a sexta, das 11h às 22h; sábados e feriados, das 8h30 às 22h; domingos, das 8h às 22h.


Belini Pães & Gastronomia
113 Sul, bloco D, Loja 35, 3345-0777
De segunda a domingo, das 6h30 à 0h

segunda-feira, 30 de julho de 2012

GASTRONOMIX // Um mergulho em Paris

Toda vez é assim. Faço mil anotações nos meus caderninhos dos lugares que fui, pensando em dividir aqui com vocês, leitores do Gastronomix. Chego da viagem e o tempo passa...Acabo não compartilhando algumas experiências, que podem ser úteis para quem está planejando viajar. Dessa vez, resolvi fazer diferente.

Com atraso, mas ainda em tempo, segue lista de alguns lugares que visitei ou voltei quando estive por 9 dias em Paris, em maio de 2012. Para não perder tempo, primeiro, seguem os nomes e endereços e, depois, vou colocar comentários mais detalhados de cada um deles. Lugares testados e aprovados!

RESTAURANTES

Ze Kitchen Galerie
4, rue des Grands-Augustins
Telefone: + 33 (1) 44 32 00 32

KGB
25 rue des Grands Augustins
Telefone: +33 (1) 46 33 00 85
kitchengaleriebis.com/

L’Aubergue du 15
15 Rue de la Santé
Telefone: +33 (1) 47 07 07 45

Derrière
69 Rue des Gravilliers
Telefone: +33 (1) 44 61 91 95

Mama Shelter
109 Rue de Bagnolet
Telefone: +33 (1) 43 48 48 48

Restaurante do Palais du Tokyo
13 Avenue du Président Wilson
Telefone: + 33 (1) 47 23 54 01

Les Ombres
27 quai Branly, 7eme
Musee Du Qau Branly
Telefone: +33 (1) 47 53 68 00

Le Georges
19 Rue Beaubourg – Centre Georges Pompidou
Telefone: +33 (1) 44 78 47 99
http://www.centrepompidou.fr


Café Constant
139 Rue Saint-Dominique
Telefone: + 33 (1) 47 53 73 34
www.cafeconstant.com

CAFÉS E PATISSERIES

Café de Flore
172 Boulevard Saint-Germain
Telefone: + 33 (1) 45 48 55 26

Um Dimanche à Paris
4-6-8 Cour du Commerce Saint André – 6ème
Telefone: + 33 (1) 56 81 18 18

Angelina
226 Rue de Rivoli
Telefone: +33 (1) 42 60 82 00
www.angelina-paris.fr/

Pierre Hermé

Terres de Café
34 Rue des Blancs Manteaux, 75004 Paris, França
Telefone: +33 (1) 42 72 33 29
terresdecafe.com/

LOJA DE CHÁ

Mariage Freres

Confira outras dicas aqui no GUIA GASTRONOMIX - PARIS 

domingo, 29 de julho de 2012

GASTRONOMIX // Tentações da carne

Para quem não tem preconceito com fast food: o McDonald's está disposto a democratizar o acesso à nobre carne bovina Angus, até pouco tempo restrita ao cardápio das churrascarias e casas de carne mais sofisticadas. Lançados no ano passado apenas em São Paulo e Brasília, no que eles chamam de “linha Premium”, os sanduíches Angus Deluxe e Angus Bacon agora são encontrados nas lanchonetes da rede em todo o país. A estratégia, afirmam, é “oferecer carne nobre a preço acessível”.

O Angus Deluxe combina dois hambúrgueres, queijo cheddar, cebola roxa, picles, tomate, alface crespa, mostarda e molho tipo maionese. O Angus Bacon é composto por dois hambúrgueres, queijo cheddar, cebola roxa, picles, bacon em tiras, mostarda e ketchup.
Outra notícia para os que comem carne sem culpa: o restaurante portenho Msané abriu filial nos Jardins, em São Paulo.  A casa de origem argentina tem um enxuto cardápio de grelhados, que inclui cortes como ojo de bife, tapa de quadril, vacio (fraldinha), bife de chorizo e lomo. Todos em duas versões: para mulheres, de 200g; para homens, de 300g. Quem quiser pegar leve, pode optar pelo salmão chileno, elaborado em crosta de ervas, e o frango caipira, com alecrim e laranja.

Durante a semana, o almoço executivo é de R$ 39 para os homens e R$ 32 para as mulheres. Aos fins de semana, R$ 49 e mulheres R$ 42, respectivamente. O cliente escolhe um corte e tem acesso ao bufê, com acompanhamentos diferentes a cada dia.  “A gastronomia do Msanè é despretensiosa. Não há intuito de surpreender com pratos sofisticados, mas sim em esbanjar sabor e qualidade nas versões oferecidas”, anunciam os donos do local.

MSANÉ
Alameda Jaú, 1177 – Jardins – São Paulo
Almoço: de segunda a sexta, das 12h às 15h30, e sábados e domingos, das 12h30 às 16h
Telefones: (11) 2679 5123 / 2679 5112

sexta-feira, 27 de julho de 2012

DRINK_ME// Para um happy hour em São Paulo

Por Juliana Raimo

Bastante descontraído, o restaurante paulistano Feed Food une, em um único espaço, arte (galeria Cartel 011), moda, gastronomia e serviço bem-humorado. O menu é assinado pela empresária Adriana Cymes (também sócia do bufê Arroz de Festa) e Victor Vasconcellos (chef do bar Número).


A carta de drinks teve a consultoria do mixologista Beto Ferreira, com destaque para as caipirinhas inusitadas. Uma das mais pedidas na casa é a de Pitanga Negra ( pitanga, vodka e gotas de Aperol) e a Rouge, que se destaca por unir copota de frutas vermelhas caseira, especiarias e vinho Beaujolais. Os preços variam de R$ 15 a R$ 23.
  
Duas dicas para aproveitar melhor os deliciosos drinks: procure o chef de bar e chegue cedo, pois a casa fecha as 22h.
Feed Food 
Rua Artur de Azevedo, 517, Pinheiros, 4305 7727
Segunda e terça, das 12h às 17h, e de quarta a sábado, das 12h às 22h.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

GASTRONOMIX// Últimos dias de Restaurant Week

O Restaurant Week é bom pretexto para conhecermos algum restaurante ao qual nunca fomos, ou de voltar àquele que a gente adora. Então, vamos aproveitar que a atual edição do festival está quase no finzinho --- acaba domingo. Pode-se escolher entre mais de 90 participantes (nomes, endereços e cardápios no site do evento). E, para quem tem dificuldade em escolher, o Gastronomix dá duas indicações: o Places e o Versão Tupiniquim.

O chef Rodrigo Viana caprichou no cardápio de jantar do restaurante que fica no Naoum Hotel fugindo daquela tendência, entre os que participam do RW, de criar pratos com ingredientes mais baratos e receitas mais práticas para se adequar ao preço promocional e à demanda mais intensa.


De entrada, escolha o tartare de salmão ao creme de wasabi (bem discreto e harmônico com outro creme presente mas não citado no nome do prato, o creme azedo). No prato principal, não tem erro: filé ao molho de erva doce, cujo sabor acentuado é contrabalançado pelo nhoque de semolina (uma massa delicada, que não tem a ver com o nhoque tradicional). De sobremesa, peça navarin de morango com chocolate amargo, uma calda simles (mas deliciosa) de morango acompanhada por bolinho cremoso de chocolate.


No Versão Tupiniquim, experimentamos um dos cardápios de almoço. Para começar, ps croquetes de siri ganham um aliado perfeito no alho poró frito que os cobre. No prato principal, a chef Fabiana Pinheiro surpreende na forma como apresenta a costelinha suína dessossada, numa espécide de bolinho feito com cará, bem acompanhado de shitake salteado e tomatinhos temperados. Pra fechar, a ambrosia foi o senão: doce demais. Mas nada que tirasse o prazer da refeição.

Vale lembrar que 1 ) os dois restaurantes oferecem um segundo cardápio (no Places, só para o jantar, no Versão Tupiniquim, no almoço e no jantar) e 2 ) nossas escolhas (e as indicações aqui feitas) são baseadas no gosto de um comensal comum e não na visão de um crítico gastronômico.

PLACES RESTAURANTE
SHS Quadra 5, Bloco H, 3223-1526
Segunda a sábado, das 12h às 23h, domingo, das 12h às 16h



VERSÃO TUPINIQUIM
CLS 302, Bloco C, 2, telefone 3322-0555
Terça a sábado, das 12h às 15h e das 19h às 23h





quarta-feira, 25 de julho de 2012

AO PÉ DO OUVIDO//Boas novidades do passado


Por Rosualdo Rodrigues

As gravadoras brasileiras costumam pegar pérolas de seus acervos mais antigos e lançar em coletâneas selecionadas aleatoriamente, sem qualquer informação que contextualize o artista em foco. A série Super Divas, que acaba de sair pela Warner, foge disso graças ao empenho do jornalista, pesquisador e produtor Rodrigo Faour. Idealizador do projeto, Faour teve o cuidado de incluir encartes com textos assinados por ele próprio, letras das músicas e reprodução das capas dos LPs dos quais saíram as faixas escolhidas.

São 13 álbuns, cada um deles dedicado a uma cantora brasileira – na maioria, artistas que fizeram sucesso entre os anos 40 e 70, algumas ainda em atividade, caso de Eliana Pittman, Maria Alcina, Ângela Maria, Walesca e Cláudia. As outras são Maysa, Carmélia Alves, Aracy de Almeida, Elizeth Cardoso, Leny Eversong, Ademilde Fonseca, Dalva de Oliveira.

O produtor privilegiou fonogramas (são cerca de 250 nos 13 discos) ainda inéditos em CD e também, ele admite, usou como critério o gosto pessoal. Daí a ousadia de incluir Leny Eversong e Rosana Toledo, até hoje ainda pouco conhecidas. A primeira, de voz operística, fez sucesso até o fim dos anos 60 e, depois, por conta desses mistérios do mercado, sumiu de circulação. Rosana tem timbre parecido com o de Maysa, e o repertório também. Deixou a carreira na virada dos anos 50 para 60 por causa de um casamento.

Ademilde Fonseca e Dalva de Oliveira mereceram atenção especial, com um álbum duplo cada uma. Amigo pessoal de Ademilde, Faour não se conformava que a cantora, aos 90 anos, não tivesse nada registrado em CD. A inventora do choro cantado foi o ponto de partida da coleção e o volume dedicado a ela traz comentários da própria, faixa a faixa, no encarte. Pena que Ademilde morreu em março passado e não teve tempo de ver o projeto pronto.

No de Dalva de Oliveira, é Rodrigo Faour mesmo quem comenta cada música. Para ele, os dois discos resumem a melhor fase de Dalva, que, a seu ver, tinha uma discografia desigual. Fãs mais aguerridos da cantora podem concordar ou não; quem só ouviu falar dela por ocasião da minissérie da Globo (Dalva e Herivelto) terá oportunidade de entrar em contato mais estreito com uma intérprete intensa, “espécie de Piaf à brasileira (ou seria o contrário?)”, como sugere o próprio idealizador da série.


Super Divas, aliás, é um primor para quem, como eu, acredita que do passado também podemos colher novidades fresquinhas.

terça-feira, 24 de julho de 2012

GASTRONOMIX// Clique e ganhe


Depois do concurso de fotografias que teve como tema o dia dos namorados, o El Paso Texas lança mais um: Como foram suas vacaciones? Para participar, a pessoa manda, por mensagem, na página do El Paso no Facebook, uma foto que mostre um momento marcante das férias de julho.

Entre as fotografias recebidas até o próximo dia 31, três serão escolhidas pelos internautas. E cada um dos ganhadores terá direito
um bufê de happy hour para quatro pessoas, nas noites de quarta ou quinta-feira, com direito a drinque -- o prêmio é para ser usado até 31 de agosto.

Em tempo: vale lembrar que cada pessoa só pode participar com apenas uma foto.

domingo, 22 de julho de 2012

GASTRONOMIX // Saia da rotina 2 – a missão

Na tentativa de ajudar a você, leitor do Gastronomix, sair da sua rotina e conhecer novos lugares em Brasília, segue uma lista com novas opções que estão por aí há um ou dois meses.   

Yüjin (japonês)
408 Sul, Bl. B, Lojas 9/11

Botequim 208 (brasileiro)
208 Sul Bl. C Loja 2
(61) 3244-2799

Pampulha Gastronomia e Eventos (mineiro)
Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Conj. 72, Lt. 25
(61) 3225-1182

Ares do Brasil (brasileiro)
QI 17 do Lago Sul, Edifício Fashion Park
(61) 3248-4614

Johnnie Special Burguer (americano)
101 do Sudoeste, Bl. A, Lojas 26/28
(61) 3797-5007

10 013 Jazz Pub (inglês)
408 Sul, Bloco C, Loja. 13
(61) 3244-6553

Rosmarino (contemporâneo)
SHIS, QI 13, Bloco H, Loja  40
(61) 3248-7287

Recordo também a última lista que postei em abril de 2012:

Asa Sul – Enfim (209 Sul), Loca como tu madre (306 Sul), Monardo Gastronomia e Cultura (201 Sul), Toca do Açaí (103 Sul), L’Atelier du Chef (405 Sul), Lovers (412 Sul)

Asa Norte - Café Santis (213 Norte), El Negro (413 Norte), Nirá (116 Norte), In the Garden (413 Norte)

Terraço Shopping - Restaurante Couvert e Mercado 153 (foto)

Sudoeste – Vila dos Pães (CCSW 3)

Brasil 21 - Le Rouge Champanheria

sexta-feira, 20 de julho de 2012

DRINK_ME // Tipo italiano

Por Juliana Raimo 

Os sócios do grupo Cia Tradicional se preocupam sempre em inovar suas cartas de drink e abrangem várias influências culturais devido a diversidade da culinária de suas casas. 
O restaurante Venga parte para a releituras dos clássicos espanhóis, já o Bar Astor atende aos clássicos emquanto o Sub Astor as inovações.

Hoje vou falar de uma terceira casa do grupo que é o Bottega Bottagallo, que te transporta ao país da bota a cada experiência etílica. A casa lançou recentemente a carta de coquetéis criada pelo bartender italiano Fabio La Pietra, que comanda o Montgomery Place, em Londres. 

Desde 1915 que vermutes e bitteres fazem sucesso,  ano em que Davide Campari inaugurou o seu Camparino, na galeria Vittorio Emanuelle, em Milão. Inspirado na história e nesta clássica coquetelaria foram criadas seis receitas especiais  (de R$ 21 a R$ 25) e seis clássicos ilatianos (
Negroni, Americano, Aperol Spritz, Campari, Campari Orange e Amaretto Sour, de R$ 16,50 a R$ 25).

Vamos as composições das novas criações, comandadas pelo chef de bar Ednilson José Nogueira – Scooby – há três anos na casa:

1 - Buonasera Signorina (R$ 25) | frutado e refrescante
Preparado com Campari, romã fresca, sucos de laranja e limão, tequila e espumante.

2 - Spritz do Bexiga (R$ 21)
Leva Campari, suco de grapefruit, cachaça e creme de chope com algumas gotas de bitter.
Inusitada mistura que agrada a ala masculina.

3 -Il Cardinale (R$ 25),
Feito com gin, Campari, vermute branco seco e Maraschino.
Eu classificaria como um Rosso Dry, similar ao Dry Martini mas com o campari para transformá-lo.

4 - Spirito Amaro (R$ 21)
Com Campari, Cynar Amaro e água gaseificada.

5 - o Tricolore (R$ 25),
Com gin, suco de limão siciliano, vinho seco, lemoncello e açúcar de baunilha.
Um doce cítrico que encanta as “belas donas”.

6 - Alexander Siciliano (R$ 21)
Com absinto, limoncello, leite condensado e estragão fresco.
- Quem é Fabio La Pietra
Começou  a trabalhar como bartender há sete anos, em Milão, na Itália. Passou por excelentes estabelecimentos de rua e em hotéis, entre eles o do Grand Hotel Villa Serbelloni, em Lago de Como, o bar Lab, em Senigallia, e o do Carlton Baglioni Hotel, em Milão. Um ano e meio atrás, Fabio se mudou para Londres, onde comanda o Montgomery Place, um dos bares mais antigos da cidade, intimista e com um ambiente descontraído, que atrai clientes interessados em boas bebidas e coquetéis vintage. Apaixonado por um bom vermute e pelos aperitivos originais de sua terra natal, Fabio faz, como ele mesmo diz, poesia com coqueteleira.

Bottega BottaGallo
Rua Jesuíno Arruda, 520 – Itaim Bibi. Tel + 55 11  3078-2858

Funcionamento: segunda: das 18h30 à 0h. Terça a Quinta, das 18h30 à 1h. Sexta, das 12h às 15h30 e das 18h30 às 2h. Sábado, das 12h ás 2h. Domingo, das 12h às 23h.

Abertura da casa 2009.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

GASTRONOMIX // Olimpíadas Gourmet


Os Jogos Olímpicos de Londres serviram como inspiração para a hamburgueria The Fifties criar quatro sanduíches, que serão oferecidos até 12 de agosto. Aqui, em primeira mão:

- Stadium Burger (R$ 18,90): hambúrguer de pernil com molho especial Bell Pepper, queijo prato.

- Brazilian Burger (R$ 18,90): hambúrguer de calabresa, maionese Fifties com vinagrete, queijo mussarela e folhas de agrião.

-  London Burger (R$ 18,90): hambúrguer Drean com cebola caramelizada e queijo cheddar no pão preto

- Fish and Fries (R$ 22,90): dois filés de tilápia empanados com fritas

The Fifties
Pier 21 e no Espaço Gourmet do ParkShopping.
 (61) 3234.8726 e 3223.4277

quarta-feira, 18 de julho de 2012

AO PÉ DO OUVIDO//Bom conteúdo, boa embalagem

Por Rosualdo Rodrigues

Eu diria que o CD está tendo uma sobrevida. A praticidade do MP3 e o culto ao vinil se juntaram pra botar pra baixo o disquinho prateado. Ele, no entanto, não vai desaparecer da noite pro dia. Afinal, ainda há um público consumidor que convive há pelo menos duas décadas com o formato e não pretende abrir mão do prazer de contemplar uma capa ou folhear um encarte enquanto ouve o disco.

Aliás, acho que aí está a solução para que o CD continue provocando cobiça até mesmo em um público mais jovem, que já cresceu com o tocadorzinho de MP3 no bolso: ideias inovadoras na embalagem, com projetos gráficos interessantes, que despertem no consumidor a vontade de ter.Foi o que aconteceu recentemente, quando comprei Porfiado (foto acima),  da banda urugaia El Cuarteto de Nos, só porque me apaixonei pelo traço infantil da capa. Ainda bem que o conteúdo também era de qualidade, um rock básico, enxuto, com letras inteligentes e bem-humoradas (como a de No te invite a mis cumpleanos).


Outro projeto gráfico tão, digamos, mimoso quanto o do Cuarteto é o da trilogia Close up, de Suzanne Vega. São três discos (Vol. 1 – Love songs, Vol. 2 – People & places e Vol. 3 – States of being), lançados separadamente, mas que formam um conjunto tão bonito que quase não faz sentido tê-los em separado.  E vêm em capinhas de papelão, o que poupa espaço na prateleira.


O mesmo formato foi adotado em Early takes  Vol. 1 , de George Harrison, que em comum com os discos de Suzanne Vega tem a boa qualidade do conteúdo. Creio que já falei aqui dos discos de Suzanne antes: são recriações acústicas de músicas de diferentes fases da carreira dela, separadas por temas, como indica o título de cada disco. Uma coisa intimista, delicada.

A
ssim também é, de certa forma, o disco de Harrison, com versões demo de  músicas como Sweet lord (sem a guitarra chorosa, que a gente acaba ouvindo na imaginação), Run of the mill e Let it be mine. O CD funciona como trilha sonora do documentário Living in the material world, de Martin Scorsese, que conta a vida do ex-beatle e sua relação com a espiritualidade (e, ao que me consta, ainda inédito aqui).


Voltando às capas, uma grande ideia é a da Warner, que começou a lançar no ano passado a Original Album Series. São caixinhas com cinco CDs de determinado artista, cada um deles em capinhas iguais às dos vinis, em miniatura. A série contempla diferentes gêneros musicais. Tem de Herbie Hancock a Madonna, de A-ha e Simply Red a Tom Jobim...

Por fim, tem o recente lançamento da discografia do Los Hermanos em projeto muito parecido com o da Original Album Series, e com a vantagem de trazer os encartes de cada um dos cinco discos. Quem é fã da banda vai querer ter, mesmo que não se desfaça dos CDs com capa de plástico.

terça-feira, 17 de julho de 2012

GASTRONOMIX // Cachaça Informal


Botequim Informal, uma das maiores redes de botequins pés limpos do Rio de Janeiro, com 12 bares, e em Brasília, na 410 Sul, lançou parceria inédita no segmento e passou a comercializar cachaça com rótulo próprio, a Santa Dose, da cachaçaria pernambucana Carvalheira. O preço da garrafa é de R$ 60, para consumo no bar, ou R$ 45, caso o cliente queira levar para casa. 

Com teor alcoólico mais baixo – 17,5% -, se comparado com cachaças puras, que vão de 38% a 50%, a Santa Dose é uma versão mais leve, com toque fresco do limão e sabor adocicado do mel. “A receita é uma reinvenção da antiga tradição nacional de se misturar cachaça com mel e limão e tem tudo a ver com o clima do Rio. Pode ser consumida pura ou com gelo, e agrada tanto os homens como as mulheres”, comenta Mariano Ferreira, um dos sócios do Botequim Informal.

No Brasil, o setor da Cachaça é responsável pela geração de mais de 600 mil empregos, diretos e indiretos. Segundo a Associação Pernambucana dos Produtores de Aguardente de Cana e Rapadura – APAR -, Pernambuco está entre os estados brasileiros que mais se destacam na produção de cachaça, ao lado de São Paulo, Ceará, Minas Gerais e Paraíba. “Vamos produzir 1000 garrafas limitadas e esperamos vendê-las em seis meses”, conclui Mariano.
  
Sobre a CarvalheiraNo mercado de cachaças desde 1988, a Carvalheira é resultado de uma pesquisa intensa acerca das melhores práticas de produção de cachaça. A técnica de envelhecimento, por exemplo, foi importada de Cuba e baseou-se nos métodos utilizados na produção do rum local. A cachaça Carvalheira não recebe corantes, é engarrafada exatamente como sai do barril, além de ser filtrada e analisada por rígido controle de qualidade.

Botequim Informal Brasília
SCLS 410, Bloco D, loja 34, Asa Sul
Tel: (61) 3244 0421
Terça a domingo, das 12h até as 2h

segunda-feira, 16 de julho de 2012

GASTRONOMIX // Me apaixonei por uma grega

Ela é muito gostosa. Irresistível. Por isso, é quase impossível não se apaixonar por essa grega. As curvas dos tomates, a refrescância dos pepinos, o salgadinho das alcaparras e das azeitonas pretas, a crocância da cebola e o toque mágico e ímpar do queijo feta. Claro, tudo regado por um belo azeite local. Estou in love com a salada grega.

Nas minhas férias de junho/julho, estive na Grécia: Atenas, Santorini e Mykonos. Posso dizer que, em quase 100% das minhas refeições, comi a salada grega. Foi amor à primeira garfada. Existem vários tipos da mesma salada. É interessante que os chefs fazem pequenas variações (acrescentam tiras de pimentões coloridos, folhas de alcaparras, por exemplo), mas todas funcionam muito bem. Mega saborosas.  

Vamos à receita original, direta do livro de culinária grega que comprei.    
INGREDIENTES (6 pessoas)
- 200g queijo feta (ou queijo de cabra) 
- 4 tomates
- 2 pepinos
- 1 cebola roxa em rodelas finas
- 50g alcaparras
- 150g azeitonas pretas
- Pimentões em tiras (opcional)
- Azeite
- Sal e pimenta a gosto
- Orégano
PREPARO
- Corte os tomates em meia lua. Depois, divida em pedaços menores.
- Corte os pepinos da mesma forma.
- Corte a cebola em fatias. Depois, desfaça os anéis.
- Misture os pedaços de tomates, os pepinos, as cebolas fatiadas, algumas alcaparras e azeitonas pretas. Regue tudo com azeite e tempere com sal e pimenta.
- Monte a salada no prato e coloque em cima uma fatia de queijo feta (*), salpicado de orégano por cima do queijo.
QUEIJO FETA
Feta (em grego: φέτα), também grafado fetta, é um queijo coalhado típico da Grécia, feito tradicionalmente com leite de cabra e de ovelha. A partir de 2005 o feta passou a ser uma denominação de origem controlada na União Européia, e definido como tendo pelo menos 70% de leite de ovelha, com o restante de cabra. Fora da UE, queijos vendidos comumente como 'feta' podem incluir até mesmo leite de vaca, ou mesmo ser inteiramente feito dele

domingo, 15 de julho de 2012

EU RECOMENDO // L’Antica Dolceria Bonajuto

Por Eliane Valladão (*)
Convidada especial do Gastronomix

“Quando estive na Itália, em 2010, fui com um objetivo concreto, conhecer a mais antiga chocolateria da Sicília. L’Antica Dolceria Bonajuto abriu suas portas em 1880 no pitoresco e barroco vilarejo de Modica, com intenções de vender bolos e doces de origem árabe e espanhola. Entre os doces oferecidos desde aquela época estava o “Xocoàtl” um produto diferente daquele chocolate que se espalhou pela Europa depois da colonização das Américas.
Seguindo as técnicas importadas pelos espanhóis e levadas até a Sicília pelos ibéricos conquistadores, o Xocoàtl produzido até hoje na Bonajuto é praticamente o mesmo que os Astecas comiam há quase 700 anos atrás. Longe de ser um processo industrializado, a produção em Modica da Bonajuto segue ainda os mesmos passos destes antepassados. As sementes de cacau chegam em seu estado bruto, ligeiramente amassadas formando uma pasta ainda com sua manteiga.
Essa pasta é aquecida com temperatura controlada para que fique fluída, nesta etapa se adiciona uma parte de açúcar de confeiteiro e especiarias, que podem ser canela ou baunilha. A massa é misturada e mantida a uma temperatura onde os cristais de açúcar não derretam, fazendo parte integrante do produto final. Daí a massa é transferida para fôrmas e resfriada, ressaltando que em todo o processo não são adicionados componentes externos além do cacau, açúcar e especiarias. 
O resultado final deste processo secular de fazer chocolate é uma barra incrivelmente rústica, de sabor pronunciado e inesquecível. Te faz lembrar porque os Astecas consideravam o chocolate como um alimento divino, ligado à boa saúde e a longevidade. A intensidade dos aromas e o paladar do chocolate da Bonajuto não se comparam a nada do que eu já tenha provado até hoje, sua pureza é inspiradora e instigante, seu sabor é poderoso e remete ao verdadeiro gosto do cacau.

Essa visita a Modica marcou minha vida gastronômica para sempre. Foi a partir daí que entendi a importância de se trabalhar valorizando o cacau e não os complementos que estamos acostumados a comer junto a ele. Essa semente mágica, capaz de influenciar nossas sensações, hormônios e até a nossa saúde merece mais atenção do que estamos acostumados a dar na hora de comer e comprar chocolate.”
L’Antica Dolceria Bonajuto
Corso Umberto I, 159
Modica, Itália
Telefoen: 0932 941225

(*) Eliane Valladão é chocolatièré e proprietária da Cacahuá. Diariamente produz em sua fábrica chocolates com matéria-prima belga, sem adição de gordura hidrogenada, conservantes e colorantes artificiais. 

sábado, 14 de julho de 2012

ABOBRINHAS // Os veganos e a Rio+20

Luciano Milhomem
Colunista de Alimentação Natural do Gastronomix

Entre os muitos grupos de ativistas presentes nos eventos paralelos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, um especialmente me chamou a atenção: os veganos, aqueles que não consomem absolutamente nenhum tipo de produto animal. À entrada principal do Riocentro, onde se realizavam as negociações da ONU, veganos fantasiados de vaquinha distribuíam sanduíches deliciosos a quem passava. Sim, distribuíam. Davam. Não cobravam um centavo.

A estratégia me agradou porque havia algo nela de gentil, respeitoso, simpático. Em vez de bradar slogans e condenar quem consome produtos animais, esse grupo de veganos preferiu seduzir pelo paladar. Mostrou que comida sem produto animal também pode ser saborosa. Aposto que muita gente se tornou ao menos simpática ao movimento vegano. Afinal, não são poucos os que nutrem preconceito contra quem só come vegetal.

Claro que esse grupo de veganos aproveitava para disseminar sua mensagem. Junto ao sanduíche – salvação de muitos que não tinham tempo para lanchar na praça da alimentação do Riocentro – anexava dois pedacinhos de papel. Um deles trazia uma tabela que informava o valor nutritivo do lanche em comparação com um sanduíche de carne tradicional:

A dieta vegana é o começo de um mundo sustentável
Maionese sem leite animal: leite de soja, óleo vegetal e limão.
“Carne” de soja: soja, sabores naturais.
Nutrição:

Proteína de soja (carne de soja)
Carne comum
35%
13-25%
Leite de soja
Leite de vaca
7,5%
3%



O outro papelzinho anunciava:

Seja vegano para poupar:
1.    70% do desmatamento da Amazônia para a pecuária.
2.    70% da terra cultivável mundial para alimentação de gado.
3.    70% da água usada na pecuária.
4.    1/3 da produção mundial de grãos utilizada para a pecuária.
5.    30% da extinção de espécies no mundo.
e
6.    Reduzir o gás metano (GHG) em até 51%.
7.    Remover o CO2 pela agricultura orgânica.
8.    Prevenir contra a desertificação.


Confesso que não verifiquei a precisão dessas informações. Em todo caso, independentemente de serem mais ou menos fiéis à realidade, é mesmo fato que as dietas vegana (mais que isso, o estilo de vida vegano) e vegetariana, se adotadas em larga escala, contribuiriam enormemente para a redução do impacto ambiental da pecuária.
Outro grupo vegano, a propósito, chega a defender o “caminho orgânico vegano” como a resposta para os grandes problemas socioambientais da humanidade. Seguidores da “mestra” vietnamita Ching Hai, esse grupo também distribuiu refeição gratuita no Riocentro, juntamente com um kit que reunia dois livros, um mais doutrinário (“Da Crise à Paz – O Caminho Orgânico e Vegano é a Resposta”) e outro de receitas (Cozinha Orgânica Vegana – Para uma vida sustentável e segurança alimentar), além de uma camiseta.

Há elevada dose de romantismo em grupos como esses, especialmente o vietnamita, mais doutrinário (o primeiro tem no comando uma jovem de Goiânia, muito simpática e aparentemente nada radical). Parece-me utópico defender a causa vegana em um mundo onde bilhões de pessoas consomem carne prazerosamente todos os dias (além de milhares de outros produtos de origem animal) e, com isso, movimentam bilhões de dólares no mercado. Mais realista seria advogar pela redução do consumo de carnes, conforme prescreve a própria Organização Mundial da Saúde, baseada em pesquisas que comprovam os malefícios da ingestão desequilibrada de carne vermelha.

Em todo caso, vejo como um avanço, em termos de marketing, a distribuição gratuita de comida vegana como forma de disseminar esse tipo de cozinha, legítimo como qualquer outro. Serve como exemplo para os próprios governos que distribuem merenda escolar gratuita, os quais poderiam adotar um dia sem carne como forma de estimular a redução do consumo de um produto animal de elevado impacto no meio ambiente.