quarta-feira, 30 de março de 2011

AO PÉ DO OUVIDO // Antes que me esqueçam

Por Rosualdo Rodrigues

Não sei se alguém deu pela falta, mas nas três últimas quartas-feiras esta coluna esteve fora do ar. A primeira, porque era quarta-feira de cinzas. As duas outras por um motivo trágico (pelo menos para mim): uma conjuntivite viral fortíssima que me impedia de ler, ver tevê/DVD, usar o computador, ir ao cinema, ficar sob sol e vento...

P
reso em casa por duas semanas, me restava ouvir. E tome música. Descobri discos que tinha adquirido ou baixado há séculos e não tinha tido tempo de escutar, outros que não ouvia havia séculos...

Como ainda não me recuperei de todo, não posso me alongar neste post. Mas, para não passar mais uma quarta-feira em branco, vão aqui duas coisas bem legais que passaram por meus ouvidos durante estes dias e que recomendo a quem interessar possa:
Caro Emerald
É uma cantora gordinha holandesa, de 30 anos, cujo grande sucesso, Back it up, lembra muito Lily Allen. Mas a garota tem lá seus toques de originalidade. Gosto especialmente de The other woman . Caro só tem um CD lançado: Deleted Scenes From The Cutting Room Floor, que saiu no ano passado.


The Jolly Boys
É uma banda de veteranos jamaicanos (aqueles senhores superelegantes da foto que abre este post). O grupo de reggae existe desde 1955, fez sucesso comercial nos finais dos 80 e nos anos 90 e no ano passado lançou Great Expectation, um CD de covers que é um grande barato. São versões bastante interessantes (não necessariamente em ritmo de reggae) de músicas como Rehab (Amy Winehouse), Perfect Day (Lou Reed) e Blue Monday (New Order).

terça-feira, 29 de março de 2011

GASTRONOMIX // Bogotá é logo ali...

Passei o Carnaval na capital da Colômbia. Encantei-me com Bogotá. Confesso que fui sem esperar quase nada. E a cidade, em muitos aspectos, surpreende. Quando se fala em gastronomia, principalmente. É possível comer em lugares bem transados, com comida de boa qualidade e paladar e com pratos “pagáveis”.

A tranquilidade da cidade histórica, a riqueza do Museu do Oro, a originalizade das obras de Fernando Botero (com museu com seu nome e obras), os verdes parques são um convite ao prazer. O pior da cidade é o trânsito, disparado. Pior ainda quando a cidade parece um grande canteiro de obras rodoviárias. Com isso, se deslocar pela cidade se torna um pouco complicado, além de você ter de ficar atento com a esperteza dos taxistas. Isso é em todo lugar

O Gastronomix vai comentar alguns dos lugares explorados em quatro dias de viagem. É claro que faltaram muitos, mas há boas dicas para comer desde uma tradicional comida colombiana e experimentar as delícias da cozinha internacional.

Vamos começar com o Andrés DC, da rede Andrés Carne de Rés:

O local espanta, de cara, pelo tamanho. Uma vaquinha da Cow Parade logo de cara acena as boas vindas ao colorido e kitsch ambiente. Não faltam cores, luzes.

A decoração é à base de materiais recicláveis, como tampinhas de garrafas, latas de lixo, ferros retorcidos, conteiners, velas, sinos, artesanatos, imagens religiosas e tudo de penduricalho que você pude imaginar. É divertido.

São quatro andares de restaurante, divididos entre inferno, purgatório, terra e céu. São 3000 lugares para clientes e quase 1000 empregados circulando para cima e para baixo (claro que em horários diferentes).

A música anima e, às vezes, um grupo de cantantes passa por sua mesa cantando alguma rumba e fazendo festa.

Bom, mas vamos falar da comida, né? Quando você chega à mesa, três potinhos de frutas picadas te esperam. Uma delas de manga verde – uma tradição na Colômbia. Bom para comer com sal. E há também mais três de molhos para as carnes.

A especialidade da casa - como o nome diz: “André Carne de Vaca” - são as carnes grelhadas: T-bone, bife argentino, costelas e steak tartar (file na ponta de faca cru). Pedimos uma costela. Chegou bem temperada e suculenta. Para acompanhar, arroz de coco e bananas grelhadas. O sabor doce foi quebrado com o picante de um dos molhos.

O cardápio é confuso: uma geringonça a la professor Pardal que mais atrapalha do que ajuda na hora de seleccionar os pratos. No final, tudo é festa. Um passeio divertido, quase indispensável para quem pensa passar por Bogotá ou Chia.

Um pouquinho de história
O primeiro Andrés Carne de Rés abriu em Chia, cidade rural a 40 minutos de Bogotá. A área é passagem obrigatória quando você volta da visita à Catedral de Sal – uma montanha onde os trabalhadores exploram a 180 metros debaixo da terra minérios e sal. Quando cheguei lá, estava fechada. Mas mesmo assim, desci para conhecer. Me pareceu bem interessante. Talvez mais que a filial em Bogotá. Digamos:a confusão é mais artesanal.

Andrés DC Calle 82 12-21
Zona Rosa - Bogotá (Colômbia)
Telefone: 57-1 863 78 80

Andres Carne de Rés Calle 3 11A-56
Chia – Colômbia
Site:http://www.andrescarnederes.com/

segunda-feira, 28 de março de 2011

EU RECOMENDO // Guias de destinos não usuais


Conhecer lugares é algo inscrível, renovador. Agora, conhecer lugares em que muitas pessoas não optam ir traz algo de inusitado. Numa conversa sobre destinos, quando alguém cita uma cidade X que poucos conhecem é divertido ver as reações. O Gastronomix já andou ou teve andarilhos que visitaram locais não muito usuais no globo. Então, quando quiser conhecer algo diferente, passe por aqui também e boa viagem gastronômica.Conheça nossas sugestões em cidades como: Istambul, Capadocia, Moscou, Gijón, Coimbra, Granada, Belém... E se você quiser dividir sua experiência aqui com os nossos leitores é só enviar seu relato, com o nome do restaurante e localidade para blog.gastronomix@gmail.com. Vamos gostar!!!!

Kebab e Fabada: pratos típicos de Istambul (Turquia) e Gijón (Espanha)

sexta-feira, 25 de março de 2011

DRINK_ME // Caipirinhas e Acarajé


Por Juliana Raimo

No tradicional bairro de Higienópolis/ Sta Cecília, em um rua tranquila, se instalou um pedacinho da Bahia em São Paulo. Bandejas de caipirinhas bem servidas, passando de uma calçada da rua a outra (números 529 e 530 da rua Martim Francisco), a Rota do Acarajé é um restaurante que vale a visita.

Dos sócios Luiza e Gil, a dica é abrir o apetite com a porção de mini acarajés (R$ 45,50) com 10 bolinhos. O serviço “lento” ao estilo bainao, deixa de ser importante quando um copão de caipirinha chega a sua mesa.

Experimentamos os sabores:

- Maracujá e Pimenta Rosa
- Limão Siciliano e Gengibre
- Tangerina

Todas muito bem preparadas e dependendo da cachaça ou da vodka os preços variam de R$ 9,50 a R$ 19,00.
A carta de Cachaças e extensa para agradar a todos os gostos. A dose varia de R$ 6,00 a R$ 18,00.

Como prato principal pedimos um prato e meio de Moquequa de Camarão e para 5 pessoas foi mais que suficiente. Eles recomendar uma moqueca (R$ 92) para 4 pessoas.

Restaurante Rota do Acarajé
Rua Martim Francisco, 529/533 ou em frente no 530
Sta Cecília - SP
Telefone: (11) 3825 3984
www.rotadoacaraje.com.br

quinta-feira, 24 de março de 2011

GASTRONOMIX // O melhor self service de Brasília

Faz tempo que quero falar aqui do Club Nature, ao lado da academia Club 22 – perto do Pier 21. É disparado o melhor self service de Brasília. Não sou muito fã de self service, mas o Club Nature é um oásis de gostosuras. Sou freqüentador do restaurante quando ele ainda tinha outro nome e não tinha caído nas graças do público que trabalha ali por perto. Hoje, algumas vezes, chega a formar uma pequena fila na porta. Vale a pena esperar.

Para almoço, o Club Nature oferece duas mesas grandes com uma boa variedade (o quilo custa R$ 39,90). Na primeira mesa, monte sua salada. Estão dispostas as folhas verdes (alface, rúcula, agrião), tomate, abobrinha, cenoura ralada, frutas entre outras opções de vegetais e combinações de saladas frias. Tudo fresquinho e orgânico.

Na outra mesa, os pratos quentes - um delírio. Diversas opções para quem não come carne. Tem pratos à base de glúten, com proteína de soja e legumes cozidos, bem temperados. Na quarta agora, por exemplo, comi uma lasanha de funghi espetacular – a melhor que já comi na vida. Everrrr!!!!

Carnívoros, não se espantem e não fujam. Todos os dias, frango, peixe e carne sempre à disposição. Feijãozinho, arroz branco e arroz integral. O mais interessante, na minha opinião, é a preocupação do restaurante com a qualidade dos produtos e a manutenção da temperatura dos pratos. Uma raridade na capital.

Uma das inspetoras me explicou que os pratos sempre ficam a uma temperatura acima de 60 graus para evitar contaminação. Vira e mexe, você vê uma técnica aferindo a temperatura do que está disponível para o público. Sempre de gorro e máscara – um primor. As reposições são constantes para você não se deparar com a “chepa” do prato.

A novidade é que, agora, eles adicionaram também um bufê de sobremesas, que se soma à geladeira de picolés Diletto e ao delicioso café Nespresso. TIsso é que eu chamo de uma pausa com qualidade para encarar outro turno de trabalho.

PS: Fico devendo as fotos.

Club Nature
Setor de Clubes Sul - Academia Club22, ao lado do Pier 21
Brasília-DF
Telefone: (61) 3224 9425
Site:
http://www.clubnature.com.br/

De segunda a sexta das 8 às 23h
Sábado das 8 às 15h
Domingos e feriados das 9 às 15h

terça-feira, 22 de março de 2011

GASTRONOMIX // Bistrô francês chega ao Sudoeste

Numa esquina, um pouco escondida do Sudoeste (bairro de Brasília), surge o Parfait Croissant. A marca existe há cerca de 20 anos na capital. A sede fica no Lago Sul, na QI 9. Os donos de lá resolveram aproveitar que o serviço gastronômico do Sudoeste fica batendo cabeça e não oferece lugares com qualidade para colocarar o bloco na rua. O bistrô tem charme, embora a arquitetura da cidade não permita muitas ousadias.

A decoração do ambiente é convidativa, traz pinceladas com toques franceses, como o lustre que fica bem em cima de um conjunto de cadeiras para tomar um bom café em frente ao espelho, usado para ampliar o espaço.

O cardápio do Parfait segue a linha da sua sede. Os croissants, como o nome indica, são o ponto forte do local. Há mais de uma dezena deles como opção. Os ingredientes vão desde queijo brie e presunto de Parma até tiras de filé com cheddar, rúcula e tomate seco. Eles chegam à mesa bem quentinhos e crocantes. Senti falta de uma pequena salada de folhas verdes para acompanhar o croissant (que custa, em média, R$ 18,00).

Para a hora do almoço, o Parfait serve dois tipos de pratos executivos, estampados em uma louça verde – bem ao estilo francês. Só faltou colocar o preço logo de cara. O prato custa R$ 21,50 – uma boa opção em meio aos desastrosos self services do bairro. Caso não queira o executivo, você pode escolher também saladas, pratos quentes, massas, batatas recheadas, waffles e sobremesas, como o tradicional Petit Gateau.

Quando boas opções, como o Parfait, chegam ao Sudoeste é bom torcer para que mantenham ou melhorem o serviço. O bairro nobre é conhecido por cobrar preços caros e oferecer produto com pouca qualidade. Seja bem vindo!

Parfait Croissant
CLSW 103 Bloco C

SHIS QI-09 Bloco A - Loja 46
Telefone: (61) 3248 1239

E-mail:
contato@parfait.com.br
Site: http://www.parfait.com.br/

segunda-feira, 21 de março de 2011

EU RECOMENDO // Guia das Cidades Gastronômicas

Tá planejando viajar? Ainda não sabe o destino. Gastronomix dá uma forçinha e te ajuda a decidir seu rumo com dicas gastronômicas. Dos destinos turísticos mais visitados, temos um Guia experimentado de opções. Vamos a seis deles:

NOVA YORK OU PARIS

A cidade que não para oferece opções triviais para comer, assim como lugares em que é necessário fazer reserva com antecedências. Mas NY traz na ponta da língua sabores diferentes para os paladares mais ecléticos.

A capital francesa é um encanto nos monumentos e na mesa. A comida servida em pequenas porções propicia um número maior de experiências. Pratos com manteiga, comida fusion (mistura de sabores e texturas), pato e sobremesas cremosas são os fortes da culinária de Paris.
RIO DE JANEIRO OU SÃO PAULO

O Rio tem bons lugares para um jantar ou um almoço divertido. Porém, a garimpagem é maior do que sua “rival”. O nosso Guia não contempla tudo. Faltam, por exemplo, Celeiro, os restaurantes do Claude Troisgos e o muito bem recomendado da Roberta Sudbrack.
Em SP, é errando que se acerta. As opções estreladas estão à disposição em maior número de estabelecimentos, mas é possível comer boa comida e tomar bons drinks sem deixar “o olho” para pagar.

MADRID OU BARCELONA

As opções de Madrid engolem as de Barcelona quando você decide comer uma comida um pouco mais rebuscada. Mas as tascas e “botecos” com tapas da cidade de Gaudí enlouquecem qualquer um. Em Madrid, o Mercado San Miguel é obrigação para qualquer turista gourmet ou não.

Navegue e dica qual o seu rumo. Todos são bem servidos!!!

sexta-feira, 18 de março de 2011

DRINK_ME // Japão & Brasil


Por Juliana Raimo

Em meio a esta tragédia no Japão, onde a cada notícia transmitida nos sensibilizamos e nos emocionamos com esta imensa luta e medo da população japonesa, resolvi prestar uma homenagem ao povo japonês falando sobre os drinks que unem o Brasil ao Japão.

Ainda fazendo referência ao último livro que adquiri, Japanese Cocktails (Yuri Kato), separei dois drinks que usam cachaça e Shoshu, além de outros ingredientes. Às vezes, pode parecer estranho, mas bebidas tão diferentes podem se complementar e abrir o leque para drinks inusitados. Vamos ao que interessa:

Japanes-Brazilian Cocktail

- 4 fatias de pepino
- 15ml de caldo de cana de açúcar
- 45ml de cachaça
- 15ml Kuromaru imo jochu (shoshu de batata)
- 90ml de suco de abacaxi
- 7ml de suco de limão

Macere o pepino com o caldo de cana já em uma coqueteleira. Adicione os outros ingredientes e pedras de gelo. Chacoale e sirva em copo longo.

Brazilian Jiu Jitsu

- 2 morangos
- 7ml de caldo de cana de açúcar
- 60ml de cachaça
- 30ml de licor de Cassis
- Club soda
- 1 morango para decorar

Macere o morango com o caldo de cana já em uma coqueteleira. Adicione os outros ingredientes (menos o club soda) com pedras de gelo. Chacoale, sirva em copo baixo contendo pedras de gelo e complete com Club Soda. Se desejar decore com metade de um morango.

SOS Japão

Se você quiser contribuir de alguma forma para os desabrigados do Japão, seguem algumas instituições que estão ligadas a esta ajuda humanitária:

- Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil
Banco do Brasil
Ag. 1196-7
Conta - 29921-9
CNPJ - 46.568.895/0001-66

- Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social
Bradesco
Ag.- 0131-7
Conta - 112959-7
CNPJ - 61.511.127/0001-60

- Beneficência Nipo Brasileira de São Paulo
Bradesco
Ag.- 0131-7
Conta - 131000-3
CNPJ - 60.992.427/0001-45

- Médicos Sem Fronteiras que distribuem as contribuições aos mais necessitados
http://www.msf.org.br/

quinta-feira, 17 de março de 2011

ABOBRINHAS // Vegetal nosso de cada dia

Luciano MilhomemColunista de Alimentação Natural do Gastronomix
Os brasileiros carnívoros têm seu prato típico, conhecido em qualquer região do país. Trata-se do arroz com feijão, geralmente acompanhado de bife acebolado e salada de tomate com alface e eventualmente ovo frito. Qual seria, então, o prato típico dos brasileiros vegetarianos? Arroz integral com soja? Haveria um? Perguntinha difícil essa. Talvez nem haja resposta para ela. Mas vale a pena indicar algumas possibilidades.

Para início de conversa, todo vegetariano que se preza gosta de uma salada. No dia-a-dia, inclui no prato tomate, alface, cebola, pimentão, vagem e por aí vai. As folhas em geral são sempre bem-vindas: agrião, brócolis, couve, chicória, rúcula e a enorme variedade de alfaces. Fontes de cálcio e outros minerais, os chamados vegetais folhosos costumam estar na base da dieta vegetariana. Sal e azeite a gosto! Um limãozinho no lugar do vinagre cai sempre muito bem.

Outra mania de vegetariano é o arroz integral. Rico em fibras, proteínas, minerais e vitaminas do complexo B, dele só se retira a casca, então ele quase não perde o valor nutritivo, diferentemente do arroz branco, processado, sem o gérmen. Claro que o arroz “marronzinho” combina igualmente bem com feijão, seja ele qual for. Entre os grãos, aliás, os vegetarianos também nutrem profunda simpatia por ervilha, lentilha, milho e, claro, soja, geralmente a mais prestigiada na culinária dos que não comem carne.

Um típico buffet vegetariano encanta pela variedade de cores: o amarelo da abóbora, da laranja, da manga; o branco da couve-flor, da banana, do cogumelo, do palmito, do queijo; o verde das folhas, do pimentão, do salsão e de alguns grãos, como a ervilha; o vermelho da beterraba e do tomate; o marrom da aveia, da castanha, da noz. Para acompanhar, os numerosos sucos de frutas, todos muito coloridos também.

Em restaurantes como Girassol, Green’s, Flor de Lótus e Naturetto, todos em Brasília, meu apetite se abre só de olhar o buffet. Não por acaso, todos eles têm atraído uma clientela não necessariamente adepta da dieta vegetariana. Esse público parece estar descobrindo as vantagens de uma alimentação mais equilibrada. Sem contar que, nesses lugares, há também a preocupação com a higiene do corpo e da mente. Há sempre avisos para os clientes não conversarem enquanto se servem e para se lembrarem de lavar as mãos, e o próprio ambiente favorece uma refeição mais tranqüila, menos ruidosa.

A verdade é que, por trás de uma dieta, costuma haver uma filosofia de vida. Quem opta por uma alimentação mais equilibrada tende a estar em busca de uma vida mais equilibrada também. Repito: tende. Isso, obviamente, não é regra. Mas tenho observado nos restaurantes vegetarianos uma clientela bem diferente daquela que vejo nos self service tradicionais, nas churrascarias e especialmente nos fast food.
Os chamados restaurantes naturais acabam se convertendo em uma espécie de oásis no deserto árido de um cotidiano apressado, estressado, materialista. Recomendo-os a qualquer brasileiro, carnívoros ou não.

(*) Luciano Milhomem é jornalista, mestre em Comunicação pela UnB, bacharel em Filosofia e não ingere carne de bípedes e quadrúpedes há 3 anos.

terça-feira, 15 de março de 2011

GASTRONOMIX // Lisboa: muito além do bacalhau


Cerveja gelada, azeitonas e queijo Serra da Estrela

Fondue de frutos do mar

Filé com purê de batata e cebola

Caldeirada de frutos do mar

Pastel de Belém

sexta-feira, 11 de março de 2011

DRINK_ME // Novidades em São Paulo

Bar, restaurante, café….não importa muito o nome dos lugares. O mais interessante é que existe um movimento destes estabelecimentos em investir, cada vez mais, em cartas de drinks mais elaboradas. O emprego de bartenders competentes e dedicados, a contratação de assessorias na área de coquetelaria ou até a promoção de concursos e festivais com importantes marcas de bebidas são provas de que o drink está em alta.

Selecionei algumas casas que se enquadram nesta onda e por onde passei para conferir pessoalmente alguns coquetéis de sucesso que valem a pedida.

1 - Bottagallo

Bartender Felipe Sartori

Coda di Gallo (R$ 21) - Brandy mesclado com vermute tinto italiano e mix cítrico natural. A combinação surpreende e fica melhor a cada gole.

Agrumi (R$ 12) - um cítrico bem refrescante com vodka, cointreau, mix cítrico e gengibre, ingrediente que faz toda a diferença.

Dica: Peça ambos no copo piccolo para a bebida não esquentar.

Rua Jesuíno Arruda, 520
São Paulo - SP
Telefone: (11) 3078 2858
Site:
www.bottagallo.com.br

2 - Bankao

Bartenders Marquinhos Felix e Grace Kelly
Preços dos drinks de R$ 16,90 a R$ 26,90

Bankao Cocktail
- que leva gim Tanqueray, licor de maçã verde, Grand Marnier e purê de maçã verde com maracujá.

Bangkok Fizz -
uma mescla de vodca Ketel One, licor de morango, purê de framboesa com mirtilo e prosecco.

Rua Manuel Guedes 444
São Paulo – SP
Telefone: (11) 3168- 0662
Site:
www.bankao.com.br

3 - Octávio Café

Bartender / Barista Cecília Sanada

Tarantino (R$ 19,50) - com espumante, Cointreau e uva black, servido na taça flut.

Limão Asiático (R$ 16,10) - espécie de “raspadinha” de cachaça, servido como uma colher.

Cookies ao Café (R$ 9,80) - sorvete de nata, cookies, café e chantily, incrível.

Av Brigadeiro Faria Lima, 2996
Jardim Paulistano – São Paulo
Telefone: (11) 3074 0110

Divirta-se e cuidado com a ressaca!

quinta-feira, 10 de março de 2011

GASTRONOMIX // 15 alimentos para o pós-ressaca


Carnaval passou e o ano começa. É hora de deixar a preguiça de lado e se recuperar da ressaca etílica (às vezes, moral também...). Por isso, o Gastronomix consultou dois nutricionistas pedindo sugestão de alimentos que ajudam repor e recompor o que a bebida levou.

Além da água à vontade, pratos leves, sem gordura e frutas, eles indicaram 15 alimentos que ajudam nessa recuperação e 10 que devem ser evitados. Tem até uma receitinha de um sugo revigorante. Vamos lá:

15 alimentos que não podem faltar no pós-ressaca
1- Pimentão vermelho
2 -Repolho
3 - Aspargos
4 -Tomate
5 - Cebola
6 - Cenoura
7 - Iogurte
8 - Abacaxi
9 - Gergelim
10 - Salsa
11 - Pimenta vermelha
12 - Folhas verdes
13 - Uva vermelha
14 - Alho
15 - Limão

10 alimentos para evitar
1 - Carne vermelha
2 - Refrigerante
3 - Café
4 - Chá preto
5 - Leite
6 - Cereais refinados (açúcar, arroz)
7 - Pão Branco
8 - Alimentos com farinha branca
9 - Enlatados
10 - Chocolate

Suco anti-ressaca
Maçã: 1 unidade média descascada
Cenoura: ½ unidade descascada
Aipo (ou salsão): 1 talo pequeno
Laranja : suco de 1 unidade

Preparo: pique a maçã, a cenoura e o aipo e bata no liquidificador com o suco de laranja ou a água de coco. Beba em seguida. Use de 2 a 3 copos neste dia.

Fonte: nutricionista Maribel Melos

sexta-feira, 4 de março de 2011

DRINK_ME // Carnaval em Sampa!


Por Juliana Raimo

O restaurante Las Favas Contadas, do chef Caio Henri * lança drinks especiais para o carnaval que vão de acordo com esta grande festa brasileira.

As sugestões são:

1 - Sangria Minestra de Frutas

Preparada com frutas flambadas no cointreau, vinho branco, gelo e soda
(Jarra grande R$35,00 e jarra pequena R$22,00)

2 – Insensatez

Leva vodka, manga, pimenta rosa e um picolé de gengibre
(R$18,00)

3 - Sangria de Pêssego

Mistura cointreau, vinho banco, tônica e pêssegos frescos maduros; e a levíssima.
(Jarra grande R$ 35,00 e jarra pequena R$ 22,00).

4 - Drink de Tangerina

Leva prosecco, suco de tangerina e gelo, servido num copo cocktail. (R$17,00 )

* Sobre o chef chef Caio Henri

Caio, 39 anos, veio de Recife para São Paulo aos 15 anos, em 1986. Em 1994, viajou o mundo como chef de cozinha para executivos em uma empresa multinacional. Em 99, passou pelo rest. Carlora. Em 2004, foi comandar a cozinha do Palácio do Planalto, onde cuidava pessoalmente da alimentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros, como Dilma Roussef. Em 2007, de volta a Goiânia, montou o Le Chef e, depois, o Botequim do Chef. No fim do ano passado voltou a São Paulo, onde começou a planejar o que se tornaria o Las Favas Contadas, que comanda ao lado de seu sócio, o advogado José Henrique Manzatto, de 39 anos.

Las Favas Contadas
Rua Patizal, 72

Vila Madalena - São Paulo
Telefone: (11) 3815.7639

quarta-feira, 2 de março de 2011

AO PÉ DO OUVIDO // Ney Matogrosso, Beijo Bandido

Por Rosualdo Rodrigues

Gostaria de escrever sobre o show de ontem no CCBB, com o violonista Eustáquio Grilo e a cantora Vânia Bastos, abrindo o projeto Acordes do Rádio -- 90 Anos de Violão Brasileiro. Mas voltarei ao assunto noutra oportunidade, com mais tempo, porque o evento merece. Foi lindo lindo. Agora, às pressas, arrumando as malas para ir a Salvador, deixo aqui um texto curtinho que escrevi originalmente para o Diversão & Arte, do Correio Braziliense, sobre o novo DVd de Ney Matogrosso, Beijo bandido, que é igualmente lindo lindo.

"Ney Matogrosso não é um cantor somente para ser ouvido. É também para ser visto. Desde que surgiu nos anos 1970, no Secos & Molhados, ele tem na desenvoltura cênica uma marca registrada. Nisso foi favorecido pelo surgimento do DVD, o que se confirma no registro do show
Beijo bandido, gravado no luxuoso Theatro Municipal do Rio de Janeiro e lançado agora — também em CD.

Mas não é só a capacidade de Ney de dominar o palco que faz desse um ótimo DVD. Primeiro, a concepção visual do show já é um exemplo de bom gosto, com figurino, cenários e luz clean, contrastando com o trabalho anterior do cantor, o exuberante Inclassificáveis. Concepção que encontra correspondência no repertório de primeira, embalado em arranjos que ficam confortavelmente no meio do caminho entre o formato acústico de outros trabalhos de Ney e do pop.

Depois, os realizadores do vídeo, Felipe Nepomuceno e Renato Martins, conseguem explorar com igual elegância os recursos que têm em mãos. No início, centram o foco na figura de Ney. Pouco a pouco, vão revelando o palco, explorando as projeções ao fundo, os detalhes do belíssimo Theatro Municipal e, por fim, a plateia. Como um filme que caminha para um clímax — tendo à frente um ator tarimbado."