Sandro Biondo
Colunista de Café do Gastronomix
Pode ser que você não tenha respondido a esta pergunta quando recebeu o
pesquisador do IBGE em um dos muitos censos promovidos periodicamente no país.
Mas o fato é que o instituto descobriu que 80% dos brasileiros tomam café de
alguma maneira. Qual é a sua?
Aqui neste espaço temos tratado dos mais variados assuntos sobre a
bebida: para que serve a água que a acompanha; se devemos usar açúcar, adoçante
ou, melhor ainda: nenhum dos anteriores; a importância do barista na preparação
do café perfeito; a qualidade dos grãos; e vários etcétaras mais.
Mas o mundo do café é tão amplo quanto a variedade de métodos de
preparação. Em rápida pesquisa pela Internet descobri perto de 50 formas de
preparo. Do prosaico coador de pano às máquinas hipermodernas que chegam a
custar o preço de um carro caro, há jeito pra todo gosto. E gosto pra todo
jeito.
Quem prefere um café mais encorpado, com crema (nome fino para aquela
espuma que recobre a bebida) e preservação mais acentuada de sabores vai de
espresso, que a gente não cansa de repetir, deve ser preparado em máquina de
boa cepa por um barista de boa mão.
Já os mais tradicionais costumam preferir o café coado mesmo, à maneira
antiga, seja no coador de pano ou em filtros de papel. Nada contra, desde que
você use um pó decente. Cuidado com as marcas muito baratas da prateleira do
supermercado, porque elas costumam ter impurezas misturadas ao pó. Dizem que
tem coisa ali que até Deus duvida...
E há outras formas de se preparar um café mais próximo do coado. A
cafeteira italiana é a mais popular na Europa, por exemplo. Nesse caso, prefira
as da marca Bialetti, imitada mundo afora. Já a francesinha entrega uma bebida
bem parecida com a italiana. As diferenças estão mesmo no design e no método de
preparo.
A cafeteira turca é a mais antiga inventada pelo homem. Assim como no
método árabe o pó não é coado: fica no fundo do recipiente, o que resulta numa
bebida mais encorpada do que a dos coadores.
Tem ainda a cafeteira normal (aquela da repartição), as máquinas de cápsulas
(a moda da vez) e as de sachê. Mas o espaço aqui é curto, o tempo passa rápido
e a gente não quer aborrecer você. Falamos desses outros métodos numa outra
oportunidade. Ou então quando faltar assunto mesmo, ok?
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