Por Sandro Biondo
Colunista de Café do Gastronomix
A frase de efeito acima não foi criada por mim, caro leitor. Até
gostaria, já que a considero definidora e definitiva. Ouvi de Hugo Wolff (foto acima), que
está entre os bons produtores de cafés gourmets no Brasil, durante uma palestra
no Objeto Encontrado que, aliás, é o local em Brasília onde se pode tomar o
ótimo grão Wolff.
Falei algum tempo atrás de minhas aventuras em terras australianas em
busca da xícara perfeita de espresso. Eles não plantam nem colhem, mas sabem
beber café como poucos. Lá, felizmente, o hábito americano de tomar ‘chafé’
a litros não pegou. O sotaque é mais europeu, de degustação mesmo.
Não deu em outra: o café era brasileiro, uma mistura dos grãos Bourbon
Vermelho e Amarelo. Não fiz feio: acertei o país. Adivinhar o blend já era um
pouco demais para alguém como eu, que escrevo de atrevido, mesmo.
Essa cantilena toda foi para dizer que, sim, o Brasil é a terra do
café. Da minha conversa com o Hugo Wolff, citado lá acima, ficou claro que o
país que sempre investiu na quantidade está cada vez mais afiado no que diz
respeito à qualidade dos grãos. “O clima, a topografia, a latitude, a
abundância de água e recursos naturais fazem do Brasil o local mais propício
para o cultivo. Basta saber cuidar do grão para que ele se mostre em toda sua
potencialidade na hora de servir na xícara”, ensina.
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