domingo, 14 de abril de 2013

EU RECOMENDO//Entre coalas e cangurus,escolha os cafés

Por Sandro Farias (*)
Convidado especial do Gastronomix

“Chegar lá é quase uma via-crúcis. Mas vale a pena atravessar o mundo para conhecer a Austrália, aventura que realizei no início desse ano. Vá, mas tire tempo. Não é o tipo de viagem que se faça em uma semana ou dez dias. O lugar é longe, o país é lindo e continental como o nosso e o povo australiano, tão diverso quanto. Mas dicas de viagem ficam pra outra hora. O negócio aqui é café. 
Para falar sobre o nosso (ou pelo menos, o meu) assunto favorito, pego carona na coluna de Alexandra Forbes no caderno Comida, da Folha de S. Paulo, dias atrás. Ela falava da terra dos cangurus como um ótimo lugar para se tomar cafés. E eu assino embaixo. Não estamos falando da produção do grão, apesar do clima por vezes tropical e da proximidade com outros bons produtores. 

SIDNEY
Na Austrália o que há mesmo é critério com seleção de grãos importados, ótimos equipamentos e, acima de tudo, a cultura da valorização do bom café e do trabalho do barista. Não perca tempo em Starbucks. Um peruano chamado Rubén me serviu provavelmente um dos três melhores espressos da vida. Adivinha de onde era o grão? brasileiro, claro. Foi em Sydney, numa pequena loja de shopping, chamada Workshop Espresso (foto acima).
Segundo o próprio barista, não era o melhor da cidade. Me indicou o Coffee Alchemy, fora do centro. Pessoas em caravana pegam trem só para tomar café lá. Eu fiz o mesmo. Mas, turista desinformado como geralmente sou, dei com a cara na porta. O café fecha às 2 da tarde... se você for, conta pra gente, tá? http://coffeealchemy.com/

MELBOURNE
Seguindo viagem, passei por Melbourne (sei que não é assunto, mas não resisto: é a melhor cidade australiana, a mais charmosa em todos os sentidos). Lá, encontrei o Plantation que, pasmem, fica dentro de um shopping (http://www.plantationcoffee.com.au). A especialidade são blends, misturas de grãos dos bons produtores. Brasil e Colômbia. Etiópia e Indonésia. Costa Rica e Bornéu. Tome pelo menos três.

BRISBANE
Por fim, a terceira maior cidade australiana, Brisbane. Lá, outro mimo de cidade e tantos cafés quantos você possa visitar. Tem um que o nome é no mínimo sugestivo: Elixir (http://www.elixircoffee.com.au). Um dos blends deles é um nicaraguense que nada fica a dever aos cafés das duas maiores cidades australianas.
  
Antes de você correr para reservar a passagem, um pequeno servicinho. Gosta do café curto? Nem adianta treinar o italiano no balcão. Demorou mais para eu aprender a pedir café do que a aclimatação ao fuso-horário. Peça um short black, que seu paladar está garantido. Mas prepare o bolso. Cada espressinho lá sai por 4 dólares australianos. O que, na conversão resulta algo em torno de R$ 10. Mas como dizem por aí, quem converte não se diverte. Bons cafés.”
Workshop Espresso
500 George St 
Sidney - Austrália
Telefone: +61 2 9264 8836

Coffee Alchemy
24 Addison Rd  Marrickville
Sidney - Austrália
Telefone: +61 2 9516 1997
coffeealchemy.com

Plantation
Melbourne - Austrália

Elixir
12 Hayward St  Stafford
Brisbane -  Austrália
Telefone: +61 7 3356 5652

(*) Sandro Farias é jornalista e relações públicas de formação, mas artista por vocação. Conhecido como DJ Biondo, o mineiro de nascimento e brasiliense de coração se tornou um dos principais deejays de Brasília. Começou sua carreira no Rio de Janeiro, emprestou seu talento para festas em SP e hoje é autor e criador da Mimosa, que agiota as tarde se noites de Brasília.

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