Por Rosualdo Rodrigues
Costumam ser saudáveis exercícios de criatividade os chamados projetos especiais ou paralelos, esses discos em que músicos se descomprometem com o tipo de música que fazem habitualmente e partem para novas experiências. É o caso do álbum Campo, lançado sob a chancela de Gustavo Santaolalla e Juan Campadónico, produtores do Bajafondo, projeto de tango eletrônico formado por músicos uruguaios e argentinos. Fora isso, os dois têm vasto currículo paralelo, o que faz com que Campo não chegue a ser um disco inesperado, ainda que surpreenda positivamente.
Santaolalla já levou dois Oscar, pelas trilhas sonoras de Babel e Brokeback mountain e criou a música para outros filmes de sucesso, como Linha de passe, Diários de motocicleta, Amores brutos e Biutiful. Campadónico já integrou as bandas de hip-hop Peyote Asasino e Plátano Macho, fez trilha para teatro, jingles publicitários e produziu discos de Jorge Drexler e para a banda de rock El Cuarteto de Nos – inclusive o recém-lançado Porfiado, também muito bom.
Em Campo, eles deixam de lado a marca Bajafondo (embora a base sejam os músicos do grupo) e o clima de lounge music para criar uma fusão de música eletrônica, pop, rock e cumbia, a que batizaram de "subtropical music". Outro diferencial é a presença de convidados especiais nos vocais.
Como Martín Rivero, uruguaio que foi vocalista da banda Astroboy e hoje segue carreira solo. A ele cabe a voz nos momentos mais pop-rock do disco (Cumbio, Devil waits for me e Heartbreaks). Tem também a sueca Ellen Arkbro cantando “un pasito para lá, um pasito para cá”, na malemolente Marcha tropical, e Veronica Loza, que já pôs voz em discos do Bajofondo, em El viento, que começa meio etérea, mas logo se alinha com o clima mais hard do disco.
A dupla de produtores não precisa se alongar muito para dar sentido a essa mistura. Campo é um disco sucinto, apenas 10 canções --- ora em inglês, ora em espanhol -- que passam correndo. O resultado é perfeito, um desdobramento natural do que eles fazem no Bajofondo e em suas ecléticas carreiras solo. Tanto pode ser agradável música de fundo quanto, levantando-se mais o volume, dar margem à dança.
Campo ainda não ganhou edição brasileira, mas pode ser ouvido integralmente na internet.
Costumam ser saudáveis exercícios de criatividade os chamados projetos especiais ou paralelos, esses discos em que músicos se descomprometem com o tipo de música que fazem habitualmente e partem para novas experiências. É o caso do álbum Campo, lançado sob a chancela de Gustavo Santaolalla e Juan Campadónico, produtores do Bajafondo, projeto de tango eletrônico formado por músicos uruguaios e argentinos. Fora isso, os dois têm vasto currículo paralelo, o que faz com que Campo não chegue a ser um disco inesperado, ainda que surpreenda positivamente.
Santaolalla já levou dois Oscar, pelas trilhas sonoras de Babel e Brokeback mountain e criou a música para outros filmes de sucesso, como Linha de passe, Diários de motocicleta, Amores brutos e Biutiful. Campadónico já integrou as bandas de hip-hop Peyote Asasino e Plátano Macho, fez trilha para teatro, jingles publicitários e produziu discos de Jorge Drexler e para a banda de rock El Cuarteto de Nos – inclusive o recém-lançado Porfiado, também muito bom.
Em Campo, eles deixam de lado a marca Bajafondo (embora a base sejam os músicos do grupo) e o clima de lounge music para criar uma fusão de música eletrônica, pop, rock e cumbia, a que batizaram de "subtropical music". Outro diferencial é a presença de convidados especiais nos vocais.
Como Martín Rivero, uruguaio que foi vocalista da banda Astroboy e hoje segue carreira solo. A ele cabe a voz nos momentos mais pop-rock do disco (Cumbio, Devil waits for me e Heartbreaks). Tem também a sueca Ellen Arkbro cantando “un pasito para lá, um pasito para cá”, na malemolente Marcha tropical, e Veronica Loza, que já pôs voz em discos do Bajofondo, em El viento, que começa meio etérea, mas logo se alinha com o clima mais hard do disco.
A dupla de produtores não precisa se alongar muito para dar sentido a essa mistura. Campo é um disco sucinto, apenas 10 canções --- ora em inglês, ora em espanhol -- que passam correndo. O resultado é perfeito, um desdobramento natural do que eles fazem no Bajofondo e em suas ecléticas carreiras solo. Tanto pode ser agradável música de fundo quanto, levantando-se mais o volume, dar margem à dança.
Campo ainda não ganhou edição brasileira, mas pode ser ouvido integralmente na internet.
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