Por Adriana Negry do Egito (*)
Convidada especial do Gastronomix
“Quando decidi contar para o meu pai a boa nova de que o Panamá seria o meu próximo lar, a reação dele foi simples e instantânea: “mas minha filha, você tem certeza de que é uma boa ideia se mudar para o Paraná? O que você vai fazer lá?” Dificuldades auditivas e telefônicas à parte, o fato é que essa “tripinha” de terra, que une duas das Américas, é ainda pouco conhecida de muitos, apesar de suas belezas e sabores.
Mais conhecido como o país do canal do Panamá, que abriga 3 milhões de pessoas, por onde atravessam milhões e milhões de dólares diariamente e alguns deles até ficam no país, só que na mão de poucos, o Panamá vai muito além de seu canal e vale muito a pena conhecer esse cantinho do mundo, como já bem propagandeou o jornal New York Times.
Vamos ao que interessa, já que estamos aqui, uma honra por sinal, para falar dos prazeres gustativos que a vida nos proporciona. O Gastronomix dá um show de requinte e sofisticacao, quase podemos sentir os cheiros e sabores com suas imagens e textos tão convidativos. Com tudo isso, trazer uma nova proposta, uma experiência deliciosa e sobretudo, extremamente simples e orgânica (já que esta na moda).
Assim que cheguei ao país, fui literalmente abduzida para o paradisíaco arquipelágo de San Blas, uma reserva dos índios Kuna Yalaad, no mar Caribe, com mais de 350 ilhas de diversos tamanhos, onde os chamados restaurantes se espalham pelas sombras das palmeiras centenárias.
Em San Blas, a dinâmica gastronômica é simples: os pescadores visitam a sua ilha com seus barquinhos cheios de iguarias do mar e voce escolhe, entre peixes, camarões e lagostas, a sua refeicao do dia ainda viva. Mais tarde, a lancha passa para te levar até o seu almoco ou jantar, que normalmente é servido nas ilhas restaurantes.
A corvina e a lagosta são preparadas de uma maneira bem caribenha, seja grelhada, ou com um molho delicioso à base de alho ou “a la criolla” - à base de tomate. E ainda podemos ter o prazer de provar o arroz de coco e os típicos patacones que são pedacos de banana da terra prensados e fritos, uma verdadeira delícia que nunca tinha visto for a da America Central e Caribe.
E depois dessa maravilhosa experiência gastronômica, os restaurantes kunas ainda nos oferecem redes para embalar os nossos sonhos, inspirados pelas belas cores do Caribe”.
(*) Adriana Negry do Egito é uma musa. Além disso, trabalha no Unicef na Cidade do Panamá.
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