AO PÉ DO OUVIDO/ Ladies and gentlemen, Lana del Rey

Por Rosualdo Rodrigues

Começou 2012. Será este o último ano de nossas vidas? Teremos chance de ver o crescimento econômico do Brasil se refletir na qualidade de vida da população pobre? Dará tempo de assistirmos até o fim a próxima novela das nove? Você conseguirá executar o plano de trocar de apartamento? Ainda encontrará o amor de sua vida?...

Sabe-se lá. Há previsões mais fáceis de serem feitas. Por exemplo: 2012 será o ano de Lana Del Rey. A não ser que um irônico golpe do destino contrarie a nuvem de sucesso que vem envolvendo essa nova-iorquina de 25 anos desde outubro de 2011, quando ela lançou o primeiro EP, com Video games e Blue jeans, duas baladas poderosas e cheias de estilo, capazes de captar nossos ouvidos de primeira, mesmo sendo algo densas.

Dia 30 deste mês sai o esperado primeiro álbum, Born to die, o que deverá ser seguido por um bombardeio midiático parecido com o que se sucedeu com Lady Gaga em 2010 e com Adele em 2011. Ainda bem que – a exemplo de Gaga e Adele -- Lana tem coisa boa para oferecer. Amostras já estão rolando na internet, como a música-título e Off to the races, tão legais quanto as músicas do EP.

O aspecto curioso em torno da moça é que ela é, segundo a Wikipédia, filha de um milionário, chamado Rob Grant, e em 2009 chegou a lançar um CD com o nome de Lizzy Grant. Não fez sucesso e dizem até que a própria Lana, depois que assim se batizou e resolveu dar novos rumos à carreira, tratou de apagar os rastros. Quer dizer, o disco de Lizzy Grant simplesmente sumiu da internet.

Segundo o presidente da Polydor inglesa, pela qual sairá Born to die, Lana é daquelas que controlam milimetricamente cada aspecto da carreira, dos detalhes da música ao cabelo ao estilo de antigas pin-ups, que já é uma espécie de marca registrada dela. Nada muito diferente de outras que chegaram lá, como (novamente) Lady Gaga e Madonna – que, a propósito, lança mais um disco em março.