Por Rosualdo Rodrigues
Ainda não dá para dizer se é tendência de mercado, mera coincidência ou efeito Amy Winehouse, mas uma onda tem se insinuado no pop internacional nos últimos três anos, trazendo à tona jovens cantoras que se espelham claramente no passado. O estilo retrô pode estar no visual, na estética de clipes e capas de discos, na sonoridade mais acústica, no jeito de cantar e no timbre vocal parecido com o de cantoras que faziam sucesso quando elas ainda nem tinham nascido... Ou em tudo isso ao mesmo tempo.
Quem já viu o DVD Live at The Albert Hall, de Adele (foto acima), sabe do que falo: o penteado montado no laquê, os enormes cílios postiços e o vestido que parece saído do armário de uma dona de casa dos anos 50 deixam a moça de 23 anos parecendo uma senhora... Lana Del Rey, de quem todo mundo está falando – inclusive nós, do Gastronomix, dois posts atrás – também se inspira naquela década, mas em outro estilo, o das pin-ups, com cabelo à La Verônica Lake. Nos dois casos, o toque nostálgico é mais claro no visual que no som.
Já Paloma Faith (foto ao lado) soa bastante influenciada pela conterrânea Amy, no modo de cantar, na sonoridade calcada no blues e no soul clássicos, além de ter um visual carregado de referências estéticas de quatro a cinco décadas atrás. A capa de Do you want the truth or something beautiful (2009), o único CD lançado por ela, é uma pintura kitsch cheia de rosas vermelhas e pombos... Mais retrô, impossível. Isso também se vê em clipes como o de Smoke & mirrors.
O fator Amy também é marcante em Dionne Bromfield, 16 anos, afilhada artística da própria cantora morta recentemente. Dionne tem dois álbuns lançados pelo selo da madrinha, o Lioness: Introducing Dionne Bromfield (2009) e Good for the soul (2011). Em ambos encontram-se delícias sessentistas como Mamma said, que não escondem de onde vem a inspiração. Curiosamente, só agora é que o primeiro foi lançado no Brasil.
Fora do eixo Reino Unido/ Estados Unidos, há Gabriela Cilmi e Caro Emerald. Gabriela (dois CDs, Lessons to be learned, de 2008 e, Ten, de 2010) tem visual moderninho, mas, cantando, a australiana parece uma Amy mais solar, uma Amy que, digamos, prefere coloridos drinques sem álcool. A outra, holandesa, aproxima do pop o jazz e a música das grandes orquestras e também gosta de parecer uma moça que entrou na máquina do tempo em 1950 e pouco e veio parar na primeira década do século 21, como no clipe de Back it up, que faz parte do CD de estreia dela, Deleted Scenes from the cutting room floor (2010) .
E, claro, tem a Duffy, que surgiu pouco depois de Amy Winehouse e foi logo comparada a ela, e até Janelle Monaé poderia ser incluída na lista de garotas que se alimentam fartamente do passado (ouve só Sir Greendown). O bom de tudo isso é que elas, considerando diferenças que favorecem a mais a menos uma e outra, são, na média, muito boas, e funcionam como um bem-vindo contraponto a outro tipo de cantora comum nos dias de hoje: as divas pop que fazem muito barulho na mídia e no palco, em shows megalomaníacos, coreografias, bailarinos e efeitos especiais de ponta.
Ainda não dá para dizer se é tendência de mercado, mera coincidência ou efeito Amy Winehouse, mas uma onda tem se insinuado no pop internacional nos últimos três anos, trazendo à tona jovens cantoras que se espelham claramente no passado. O estilo retrô pode estar no visual, na estética de clipes e capas de discos, na sonoridade mais acústica, no jeito de cantar e no timbre vocal parecido com o de cantoras que faziam sucesso quando elas ainda nem tinham nascido... Ou em tudo isso ao mesmo tempo.
Quem já viu o DVD Live at The Albert Hall, de Adele (foto acima), sabe do que falo: o penteado montado no laquê, os enormes cílios postiços e o vestido que parece saído do armário de uma dona de casa dos anos 50 deixam a moça de 23 anos parecendo uma senhora... Lana Del Rey, de quem todo mundo está falando – inclusive nós, do Gastronomix, dois posts atrás – também se inspira naquela década, mas em outro estilo, o das pin-ups, com cabelo à La Verônica Lake. Nos dois casos, o toque nostálgico é mais claro no visual que no som.
Já Paloma Faith (foto ao lado) soa bastante influenciada pela conterrânea Amy, no modo de cantar, na sonoridade calcada no blues e no soul clássicos, além de ter um visual carregado de referências estéticas de quatro a cinco décadas atrás. A capa de Do you want the truth or something beautiful (2009), o único CD lançado por ela, é uma pintura kitsch cheia de rosas vermelhas e pombos... Mais retrô, impossível. Isso também se vê em clipes como o de Smoke & mirrors.
O fator Amy também é marcante em Dionne Bromfield, 16 anos, afilhada artística da própria cantora morta recentemente. Dionne tem dois álbuns lançados pelo selo da madrinha, o Lioness: Introducing Dionne Bromfield (2009) e Good for the soul (2011). Em ambos encontram-se delícias sessentistas como Mamma said, que não escondem de onde vem a inspiração. Curiosamente, só agora é que o primeiro foi lançado no Brasil.
Fora do eixo Reino Unido/ Estados Unidos, há Gabriela Cilmi e Caro Emerald. Gabriela (dois CDs, Lessons to be learned, de 2008 e, Ten, de 2010) tem visual moderninho, mas, cantando, a australiana parece uma Amy mais solar, uma Amy que, digamos, prefere coloridos drinques sem álcool. A outra, holandesa, aproxima do pop o jazz e a música das grandes orquestras e também gosta de parecer uma moça que entrou na máquina do tempo em 1950 e pouco e veio parar na primeira década do século 21, como no clipe de Back it up, que faz parte do CD de estreia dela, Deleted Scenes from the cutting room floor (2010) .
E, claro, tem a Duffy, que surgiu pouco depois de Amy Winehouse e foi logo comparada a ela, e até Janelle Monaé poderia ser incluída na lista de garotas que se alimentam fartamente do passado (ouve só Sir Greendown). O bom de tudo isso é que elas, considerando diferenças que favorecem a mais a menos uma e outra, são, na média, muito boas, e funcionam como um bem-vindo contraponto a outro tipo de cantora comum nos dias de hoje: as divas pop que fazem muito barulho na mídia e no palco, em shows megalomaníacos, coreografias, bailarinos e efeitos especiais de ponta.
Um comentário:
amei , adoro todas estas !!! bjo ju
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