Por Rosualdo Rodrigues
Espere aí. Não é porque é noite de Natal que você é obrigado a passá-la ouvindo 25 de dezembro, aquele disco da Simone que sua mãe comprou em 1995 e desde então insiste em tirá-lo do baú a cada fim de ano. Nem tampouco o Harpa da cristandade, “a coisa mais linda”, na opinião de sua avó, que ficou feliz da vida ao encontrá-lo na versão CD – pois o vinil dela estava “tão arrandinho, coitado”.
Pior será se aparecer uma tia mais espevitada dizendo “olha o que eu trouxe pra animar a festa”, tirando da bolsa o último do Bruno e Marrone ou o mais recente do Victor & Leo, que ela ganhou no amigo oculto do trabalho. Ou, ainda a pirralhada pedindo pra botar o DVD da Xuxa... Deus o livre. Tome uma providência, tome conta do som.
Se não quiser semear a discórdia em noite tão harmoniosa (?!), ponha pra tocar algo que seja mais ou menos do agrado geral, tipo O que você quer saber de verdade, da Marisa Monte, que é levinho, alto astral e, de certa forma, tem até umas mensagens positivas, adequadas ao momento. Ou É luxo só, o novo da Rosa Passos, que traz sambas e sambas-canções clássicos (tirados do repertório de Elizeth Cardoso, a quem o disco é dedicado) na voz deliciosa de Rosa e em arranjos impecáveis, naquela fusão bossa-jazz, que é uma carícia pra qualquer ouvido.
Agora, se não estiver nem aí, a fim de curtir e pronto, ponha Angles, do The Strokes, e saia dançando sozinho pelo meio da sala. Dependendo de sua preferência, pode ser até o Born this way, de Lady Gaga. O importante é que você faça desta uma noite feliz... Pra você. E quem quiser que venha atrás.
Há ainda uma terceira opção (e deveria ser esse o assunto principal deste post, como mostram as fotos, mas eu acabei esquecendo): manter o espírito natalino devidamente atualizado. Sairam neste fim de ano uns discos de Natal mais moderninhos, tipo o Very She & Him Christmas, da dupla cult She & Him, da atriz Zooey Deschanel. É supercool, sua tia animada vai odiar, acredite. Talvez goste mais do Christmas, de Michael Bublé, que é bem bacana, por sinal. Ele canta clássicos da época com um quê de nostalgia, inspirado pelos rapazes do Rat Pack. E tem uma participação da Puppini Sisters em Jingle bells, que paga o disco. Por fim, tem o EP A very Gaga holiday, de Lady Gaga, que só tem quatro músicas, mas o suficiente para ela mostrar que não é só marqueteira, canta pra caramba.
Seja como for, feliz Natal
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
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