quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ao pé do ouvido // Uns sons diferentes...



Por Rosualdo Rodrigues

Conheço um cara que tem uma espécie de compulsão por só ouvir cantores e bandas que ninguém conhece (pelo menos num raio de 20 mil quilômetros em torno dele). Adora citar aquele grupinho obscuro lá do Michigan ou de onde quer que o valha só para ver o ar de ignorância estampado no rosto do interlocutor. Se uma ou duas pessoas pessoas descobrem e passam a gostar daquilo, virou febre. Ele descarta e trata de ir atrás de mais uma novidade.

Não sei como a psicologia chamaria essa compulsão por ser ouvinte único. Também não creio que eu chegue a ser diagnosticado com tal mal (não tão mal assim, vá lá). Mas minha curiosidade acaba me levando a ouvir coisas que quase ninguém conhece. Só que, ao contrário do meu conhecido, meu prazer é partilhá-la, é ver o máximo de gente curtindo aquilo que eu descobri.

Por isso quero falar aqui de três discos que tenho ouvido muito nos últimos dias e que, acredito, não foram ainda lançados no Brasil. No entanto, não estão fora do alcance de ninguém que saiba navegar na internet e baixar uma música ou ver um vídeo no YouTube. Por isso mesmo, fica a dica para quem, como eu, ouve o que todo mundo ouve mas quer mais.

So Brand New, de Fyfe Dangerfield
É o primeiro disco solo do líder da Guillemots, uma banda indie de Birmingham, Inglaterra. Já vi disco do grupo por aqui, mas nunca ouvi. O som de Dangerfield é pop-rock bem eclético e extremamente melódico. Bastante interessante o acento meio retrô em músicas como Fly Yellow Moon e High on the Tide.

Leaving on a Mayday, de Anna Ternheim
Este é o quatro álbum da cantora e compositora sueca que faz a linha folk, com voz suave e violões. Mas neste disco ela chega até a ser dançante, em Losing You. Chamam atenção as versões que ela fez (bem particulares) de standards do repertório de Frank Sinatra (New York New York, Strangers in the Night e Fly me to the Moon). Fantástico.

So Much More, de Brett Dennen
Também na linha folk/pop, esse songwriter californiano de 31 anos e cara de menino é surpreendente, com letras longas e discursivas e uma voz fanhosa. Este é o segundo CD dele, de 2006. Depois disso gravou Hope for the Hopeless, que tem uma linda partipação de Natalie Merchant em Heaven.

Não estou conseguindo copiar os links. Mas podem procurar no YouTube:

"Fyfe Dangerfield: So Brand New"
"Anna Ternheim Fly me to the Moon"
"Brett Dennen Ain't no Reason"

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