Por Rosualdo Rodrigues
Apertado entre os feriados de Natal e ano-novo, trabalhando no jornal em esquema de plantão, a dois dias de encerrar 2009… Confesso que está difícil encontrar inspiração ou ideia para escrever o que seja. Na falta de assunto, vamos brincar de eleição: quem você escolheria como destaque da música em 2009? Cada um tem direito a votar em um nome internacional e outro nacional. E aqui vão os meus, nas respectivas categorias: Lady Gaga e Maria Gadú.
Não há como negar que 2009 foi o ano de Lady Gaga. A norte-americana platinada fez o que pode para se manter em evidência. Sem contar os visuais extravagantes, a instantaneamente intitulada nova diva pop apareceu em colunas de famosos afirmando que era um transexual e depois veio a público desmentir (irritante essa imprensa tola que, por falta de assunto, compra boatos idiotas, mesmo sabendo que são plantados para promover esse ou aquele artista), teve a honra de cumprimentar a rainha da Inglaterra sem abrir mão de seu exotismo e relançou o CD de estreia (The fame) com estardalhaço e oito faixas inéditas — que dizer, quase um disco novo (com novo nome: The fame monster). Pelo menos, não faz tanto barulho por nada: ela é bem eficiente no que faz. Pop-chiclete que incendeia pistas, como fazem os hits Poker face, Paparazzi e Bad romance. The fame, então, é muuuito boa! Suas conexões com o mundo da moda e as referências ao glam rock também dão a ela um certo ar… cult. Se é a nova Madonna, como dizem, só o tempo dirá.
Quanto a Maria Gadú, pode-se dizer que ela, aos 22 anos, foi “a novidade” da MPB (se é que esta sigla ainda faz sentido) no ano que termina amanhã. Tem quem diga que lembra Cássia Eller, mas creio que é apenas pelo jeito moleque, homenzinho. Maria tem estilo próprio e uma bela voz meio rouca muito bem usada em boas composições próprias (Lounge, Laranja…) ou em recriações de músicas conhecidas (como o clássico francês Ne me quitte pas ou a trash Baba baby, de Kelly Key). Embora não tanto quando Lady Gaga, Maria Gadú também serviu de assunto para as colunas de fofoca, mas até agora tem aparecido mais por suas qualidades musicais, que a fazem mais interessante de que uma Mallu Magalhães, por exemplo (só para citar outro nome feminino surgido recentemente). Pode ser ouvida diariamente na novela Viver a vida (“Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar”), na Globo.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
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