terça-feira, 9 de janeiro de 2018

2018: OS CLIENTES DE BRASÍLIA QUEREM MAIS

Rodrigo Caetano
Diretor do Gastronomix

Brasília possui uma das rendas per capitas mais altas do país. E, quase por consequência, é uma cidade onde existem muitas opções para quem precisa e deseja almoçar e jantar fora.
Opções para gostos e bolsos diferentes. A capital do país atrai investimentos, mesmo em tempos bicudos de crise. Muitos negócios se expandiram no ano anterior, seguindo modismos, como os dos hambúrgueres e de outras ondas da gastronomia, e alguns estabelecimentos fecharam as portas.

Para quem deseja investir e abrir algo, sugiro pesquisa. Pesquisa de local, de decoração, de fornecedor, de qualidade de ingrediente. Cidades em crise se reinventaram, como Lisboa e Atenas. Os empresários souberam lidar com os desafios, sem deixar de oferecer ótimas alternativas de consumo no ramo. Menos toalhas de linho, menos risoto e mais legumes, mais respeito à sazonalidade do ingrediente.

É quase uma unanimidade, caso fosse feita uma pesquisa, que o cliente brasiliense precisa ser mais bem tratado quanto à qualidade da entrega dos pratos e dos serviços. A começar pelas propostas de casas que são abertas. Quase sempre o mais do mesmo, com a mesma fórmula arquitetônica e um cardápio fácil e preguiçoso, com a premissa de que “é feito para agradar” ou “porque vende”.

Há de se ter certa ousadia, por exemplo, para bancar um projeto como o Café com Feira, do Grand Cru Brasília - Importadora de Vinhos e Wine Bar, em que um restaurante propõe ao cliente um café da manhã saboroso com possibilidade de um consumo sustentável e artesanal de ingredientes. Posso citar alguns bons exemplos de que negócios bem pensados fazem sucesso e trazem retorno financeiro como as padarias Castália e Varanda Pães Artesanais, como os restaurantes Authoral e Le Birosque e como os Café e um Chêro e Seu Patricio Café.

O público espera conforto, preços razoáveis e bons pratos à mesa com ingredientes da estação e mais tempero.

Por mais cafés com feira e menos modismos. Que venha 18!

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