Colunista de Variedades do Gastronomix
Você vê o macarrão ao sugo ou a bruscheta caprese
(tomate, muçarela de búfala e manjericão), por exemplo, e jura que o tomate faz
parte da culinária italiana — e mediterrânea em geral — desde sempre. Só que
não.
O tomate, da mesma forma que o pimentão — outro
ingrediente bastante presente na cozinha desenvolvida em torno do Mar
Mediterrâneo — só chegou ali a partir de 1492, depois que Cristovão Colombo
descobriu a América.
E mesmo assim, era usado como planta ornamental. Os
italianos temiam que fosse venenosa. Aí uns pescadores sicilianos tiveram a
coragem — ou foi por força da necessidade mesmo — de misturar a frutinha
vermelha com azeite.
Passando de ouvido em ouvido, a novidade chegou a
Nápoles entre os séculos 17 e 18. Dizem que ali surgiu a primeira pizza com
molho de tomate. Até então, elas eram feitas com queijo, manjericão e pimenta.
Numa segunda receita, a pimenta podia ser substituída por pedaços de peixe.
Ah, e o queijo não era ainda o muçarela. Esse só foi
incorporado à cobertura da pizza no século 19. Foi quando um pizzaiolo
napolitano resolveu fazer uma pizza com as cores da bandeira da Itália para um
banquete a que compareceriam o rei Humberto de Savoia e a rainha Marguerita.
Usou então o verde do manjericão, o vermelho do tomate e o branco da muçarela.
Esta é também a história da pizza marguerita!
Fonte: “Cozinha Mediterrânea” (Série A Grande Cozinha,
Editora Abril). Foto: reprodução do site Olive Garden).
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