Gustavo Pereira (*)
Convidado especial do Gastronomix
“Comer em Berlim hoje em dia é apreciar não só a gastronomia local, como nas últimas décadas, mas valorizar as cozinhas asiáticas ganharam muita popularidade por lá. Não é a toa que um dos mais renomados chefs de Berlim é o queridinho do presidente dos EUA Barack Obama. Mas, esta resenha não é pra falar da gastronomia local, e nem da influência da gastronomia asiática na Alemanha. E sim para falar da gastronomia francesa por lá. Inusitado, não?
Não, afinal a França está tão pertinho da Alemanha. Mas, sim surpreendente. Pois é possível comer uma excelente comida francesa sem estar em Paris por exemplo. Embora a culinária francesa não seja de grande destaque em Berlim, dediquei minha primeira noite na cidade a conhecer um restaurante tipicamente francês.
Convidado especial do Gastronomix
“Comer em Berlim hoje em dia é apreciar não só a gastronomia local, como nas últimas décadas, mas valorizar as cozinhas asiáticas ganharam muita popularidade por lá. Não é a toa que um dos mais renomados chefs de Berlim é o queridinho do presidente dos EUA Barack Obama. Mas, esta resenha não é pra falar da gastronomia local, e nem da influência da gastronomia asiática na Alemanha. E sim para falar da gastronomia francesa por lá. Inusitado, não?
Não, afinal a França está tão pertinho da Alemanha. Mas, sim surpreendente. Pois é possível comer uma excelente comida francesa sem estar em Paris por exemplo. Embora a culinária francesa não seja de grande destaque em Berlim, dediquei minha primeira noite na cidade a conhecer um restaurante tipicamente francês.
Pelo que pude perceber naquela noite, todos que ali estavam queriam impressionar suas parceiras e se dar bem. O restaurante tem cara de primeiro encontro e todas as mesas estavam regadas a muito vinho francês.
Nos
colocaram numa mesa no fundo do restaurante e trouxeram uma “lousa” com o menu
dos pratos do dia. Cinco opções de entrada, quatro opções de pratos principais
e quatro opções para sobremesa. Embora o menu não fosse vasto, a dúvida foi
inevitável. Tudo parecia incrivelmente irresistível
só de ler, a expectativa só foi aumentando o nível de exigência.
De
entrada pedi um “vol au vent” com pão doce e com ovo mole dentro que era de
comer rezando. A massa parecia um mil folhas de tão crocante e leve. Uma
mistura de sabores e aromas que vinham de dentro do “vol au vent” que logo
encheu a mesa que eu estava e foi inevitável que roubassem alguns pedaços para
experimentarem.
Depois dessa entrada, o prato principal teria de ser incrível para não frustrar as expectativas que já estavam nas alturas. Pela escolha, sabia que não poderia ser ruim. Fui na sugestão do garçom que disse que a especialidade da casa era carne de porco. Escolhi então o confit de porco, com purê de maça, croquete de morcela e figos com redução de vinho do porto.
Depois dessa entrada, o prato principal teria de ser incrível para não frustrar as expectativas que já estavam nas alturas. Pela escolha, sabia que não poderia ser ruim. Fui na sugestão do garçom que disse que a especialidade da casa era carne de porco. Escolhi então o confit de porco, com purê de maça, croquete de morcela e figos com redução de vinho do porto.
Para
quem não sabe o que é morcela, é uma salsicha preta contendo sangue de porco e
outros ingredientes. Lendo assim até parece estranho, mas o que se viu depois
foi um prato completamente vazio. Até o croquete era muito saboroso. Todos os
ingredientes se harmonizavam entre si e criavam texturas e todos os seus sabores
spicy, doce, forte, suave deixavam o prato leve e super interessante. Sem
dúvida uma experiência incrivel.
Depois dos acertos com a entrada e o prato principal, preferi recorrer novamente ao garçom para que ele me ajudasse com a sobremesa, afinal eu tinha apenas mais um tiro certeiro. Novamente minha decisão foi pelo prato mais requisitado do restaurante. Arroz doce com caramelo e amêndoas.
Simples, não?
Depois dos acertos com a entrada e o prato principal, preferi recorrer novamente ao garçom para que ele me ajudasse com a sobremesa, afinal eu tinha apenas mais um tiro certeiro. Novamente minha decisão foi pelo prato mais requisitado do restaurante. Arroz doce com caramelo e amêndoas.
Simples, não?
O
garçom trouxe a sobremesa, mas explicou que ela deveria ser degustada com todos
os elementos juntos. Claro, que teimoso como sou, decidi experimentar só o
arroz doce, depois só o caramelo e por fim só as amêndoas. Realmente, o doce perde
muito a sua força e fica quase que sem graça.
Por fim, nem o café se salvou dos elogios. Veio acompanhado de “madeleines” quentinhas e fresquinhaas.
Como não se apaixonar por este lugar. Um restaurante para ficar na memória. E com certeza aqueles casais do começo da resenha não devem ter ouvido “não” de suas prospects. Um jantar que termina muito bem é o começo de uma noite incrível para um primeiro encontro.
Bon appétit.
Brasserie Lamazére
Stuttgarter Pl. 18
Berlim – Alemanha
Telefone: +49 30 31800712
Site: www.lamazere.de
(*) Gustavo Pereira é chef gastronômico e publicitário.
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