Por Rosualdo Rodrigues
Três Adrianas têm passado insistentemente por meus ouvidos nos últimos dias. A mais conhecida delas é a Calcanhoto, que lançou há algum tempo o CD Maré, que divide com Kassin, Moreno e Domenico, o trio do projeto +2. É uma espécie de continuação de Maritmo, que ela lançou anos atrás. Referências ao mar e ao amor com aquele estilo que é bem dela, desviando do óbvio e carregado de influências literárias, como em Seu pensamento, dela e Dé Palmeira. Mas duas das melhores músicas do disco são de Péricles Cavalcante (a malemolente Porto Alegre, com vocalise de Marisa Monte fazendo as vezes de sereia) e de Marina Lima e Antônio Cícero (Três, que Marina gravou ao vivo no Primórdios).
A outra é a Maciel, que nasceu em Brasília, mudou-se para o Rio e já está no quarto disco, Dez canções. Para quem nunca a ouviu, melhor começar pelo anterior, Poeira leve, que traz versões bem cool de sambinhas de Chico Buarque, Tom Zé, Vitor Ramil... Gostoso de ouvir do começo ao fim. Dez canções é um pouco mais, digamos, difícil, mas quem ouvir a balada Cadê você com certeza vai querer saber do que trata o resto do CD. Aliás, Cadê você é de Vitor Ramil, que tem presença certa nos discos de Adriana, a Maciel. E só aí ela marca um monte de pontos. Tem bom gosto, porque o gaúcho é um dos melhores compositores da música brasileira atual. Merece um post a parte.
Por fim, a última Adriana é a Peixoto. Sobrinha do Cauby. Lançou o primeiro disco agora, aos 34 anos, mas canta na noite há 15. A mulher tem uma voz que benza-deus. Canta com a mesma naturalidade com que respira e dá um show. O jeito de pronunciar as palavras com clareza e a maneira como usa a voz lembram Elis Regina. E é tão corajosa que, sem temer perder nas comparações, regravou Altos e baixos (Sueli Costa e Aldir Blanc), dividindo os vocais com o tio. Fez bonito. O disco - que leva o nome dela - começa com um sambinha (também de Sueli Costa) em homenagem a Elizeth Cardoso, já anunciando a linhagem de que Adriana, a Peixoto, faz parte.
Dois pontos:
1 ) Henrique Cazes é um cavaquinista e violonista bem respeitado nos meios instrumentais e nas rodas de samba cariocas. Pois ele lançou um disco com o pseudônimo de Jota Canalha só para assumir o papel de malandro politicamente incorreto. Samba de primeira e letras divertidas.
2 ) Leo Gandelman gravou um CD/DVD bem interessante, chamado Sabe você. Com convidados. Caetano Veloso, Chico Buarque, Leila Pinheiro, Leny Andrade, Lirinha, Luiz Melodia, Milton Nascimento, Ney Matogrosso. Não sou fã do saxofonista, mas esse é muito bom. O DVD tem belas imagens noturnas do Rio granuladas e em preto e branco...
A outra é a Maciel, que nasceu em Brasília, mudou-se para o Rio e já está no quarto disco, Dez canções. Para quem nunca a ouviu, melhor começar pelo anterior, Poeira leve, que traz versões bem cool de sambinhas de Chico Buarque, Tom Zé, Vitor Ramil... Gostoso de ouvir do começo ao fim. Dez canções é um pouco mais, digamos, difícil, mas quem ouvir a balada Cadê você com certeza vai querer saber do que trata o resto do CD. Aliás, Cadê você é de Vitor Ramil, que tem presença certa nos discos de Adriana, a Maciel. E só aí ela marca um monte de pontos. Tem bom gosto, porque o gaúcho é um dos melhores compositores da música brasileira atual. Merece um post a parte.
Por fim, a última Adriana é a Peixoto. Sobrinha do Cauby. Lançou o primeiro disco agora, aos 34 anos, mas canta na noite há 15. A mulher tem uma voz que benza-deus. Canta com a mesma naturalidade com que respira e dá um show. O jeito de pronunciar as palavras com clareza e a maneira como usa a voz lembram Elis Regina. E é tão corajosa que, sem temer perder nas comparações, regravou Altos e baixos (Sueli Costa e Aldir Blanc), dividindo os vocais com o tio. Fez bonito. O disco - que leva o nome dela - começa com um sambinha (também de Sueli Costa) em homenagem a Elizeth Cardoso, já anunciando a linhagem de que Adriana, a Peixoto, faz parte.
Dois pontos:
1 ) Henrique Cazes é um cavaquinista e violonista bem respeitado nos meios instrumentais e nas rodas de samba cariocas. Pois ele lançou um disco com o pseudônimo de Jota Canalha só para assumir o papel de malandro politicamente incorreto. Samba de primeira e letras divertidas.
2 ) Leo Gandelman gravou um CD/DVD bem interessante, chamado Sabe você. Com convidados. Caetano Veloso, Chico Buarque, Leila Pinheiro, Leny Andrade, Lirinha, Luiz Melodia, Milton Nascimento, Ney Matogrosso. Não sou fã do saxofonista, mas esse é muito bom. O DVD tem belas imagens noturnas do Rio granuladas e em preto e branco...
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