quarta-feira, 9 de agosto de 2017

ALMANHAC // Panela de pressão: do Everest para sua cozinha

Rosualdo Rodrigues
Colunista de Variedades do Gastronomix

Olha que curioso: o alpinismo inspirou a invenção da panela de pressão. É que a baixa pressão atmosférica registrada no alto das montanhas diminui o ponto de ebulição da água, e isso dificulta o preparo de alimentos.

Quer dizer, se ao nível do mar a água ferve a 100°C, no topo do Everest (ou seja, a 8.848m de altitude), ela ferve a 72°C. Por isso, levava muito tempo para se cozinhar o que quer que fosse.

Daí que, para que os aventureiros escaladores de montanhas não tivessem que gastar tanto tempo no preparo da refeição, surgiu a necessidade de se criar uma panela completamente hermética, em que a água pudesse ferver a 100ºC ou mais.
 Assim, em 1679, o físico francês Denis Papin criou um utensílio em ferro fundido que, segundo ele, “amolecia os ossos e cozia rapidamente as carnes mais duras”. Por isso, as primeiras panelas de pressão foram chamadas de “marmita de Papin”.

O uso doméstico só foi popularizado a partir de 1905, quando a empresa americana Presto Company criou o primeiro modelo de panelas em alumínio (até então, só existiam em ferro fundido). Hoje, elas são comuns também em aço inoxidável.

Fonte: sites A Origem das Coisas e Mundo Educação. Foto: reprodução de um antigo anúncio publicitário de panelas de pressão, com a atriz inglesa Dinah Sheridan (1920-2012).


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