quarta-feira, 11 de abril de 2012

AO PÉ DO OUVIDO// Norah Jones e sua turma

Por Rosualdo Rodrigues

Norah Jones deve ser uma pessoa muito legal. Se não, como explicar que tanta gente a queira para dividir projetos ou tê-la em participações especiais? As colaborações são tantas que ela lançou em 2010 uma coletânea de “cameos, duets and collaborations” que fez entre 2001 e 2010. ...Featuring Norah Jones traz parcerias com artistas tão diferentes quanto Foo Fighters e Willie Nelson, Belle and Sebastian e Ray Charles, Herbie Hancock e Dolly Parton.

No ano passado, lá estava a voz dela em três das melhores faixas (Season’s trees, Black e Problem queen) do álbum Rome, de Danger Mouse e Daniele Lupi – que é todo ele, repito, muuuito bom! E agora já está dona Norah Jones de novo metida em outro projeto paralelo, que na verdade existe desde 2003, o The Little Willies.

O grupo foi formado por ela, em parceria com músicos com quem trabalhou, para tocar somente covers de clássicos country que eles adoram. Algo tipo “por puro prazer”. O primeiro disco do Willies saiu em 2006 e agora chegou o segundo, For the good times.

O clima de camaradagem, de relax, de pausa para diversão está no álbum desde as fotos da capa. E se estende às versões que eles fazem de canções como Jolene, de Dolly Parton, For the good times, de Kris Kirstofferson, Fist city, de Lorena Lynn, e Wide open road, de Johnny Cash.

São versões reverentes. Norah Jones, Richard Julian (violão e vocal), Jim Campilongo (guitarra), Lee Alexander (baixo) e Dan Rieser (bateria) dão um verniz mais moderninho, às vezes jazzístico, a essas canções, mas sem fazer questão de modificá-las muito. Talvez a versão mais pessoal seja a de Jolene, mais lenta que o original, com Julian fazendo um suave contracanto à voz de Norah.

For the good times serve de aperitivo para o próximo solo de Norah Jones, que está anunciado para chegar às lojas em 1º de maio. Produzido por Danger Mouse (o de Rome), Little borken hearts já tem um single no YouTube, Happy pills. E a tirar por essa, ela vem com um disco ainda mais pop que The fall, de 2009, distanciando-se ainda mais do rótulo de cantora de jazz a que quiseram prendê-la no início da carreira.

Um comentário:

Dâniel disse...

Eu, particularmente, sou mais fã da Norah Jazz que da NOrah Pop! Mas adooooro as músicas de Rome.