A vida é feita de pequenos prazeres. Como ouvir Bicicletas, bolos e outras alegrias, o disco novo de Vanessa da Mata. É um álbum de canções simples, mas daquela simplicidade que não se consegue facilmente. A coloquialidade da poesia, a leveza das melodias e a beleza das harmonias que assimilamos facilmente são fruto do aperfeiçoamento de um estilo e de uma habilidade para a composição que Vanessa vem dominando mais e mais desde o disco de estreia.
Além dessa (na verdade, aparente) simplicidade, uma coisa chama a atenção: o disco parece movido pela alegria. Não só porque celebra os tais prazeres pequenos (mas essenciais) da vida – o bolo da vovó, um fiu-fiu, uma bolsa nova, aniversário... — e é alto astral mesmo quando canta as agruras do amor. Essa alegria se faz presente também pela sonoridade vibrante, com presença marcante da percussão e uma pegada que remete à música setentista de influência black.
Os arranjos coletivos, feitos pela banda (a mesma que acompanhou a cantora no palco na última turnê), revelam um entrosamento que com certeza também tem grande parte de responsabilidade por esse astral do disco. Passeiam por variadas nuances, do molejo afro de Vê se fica bem, passando pelo funqueado arrasador do baixo em Meu aniversário, pelo sabor gostoso de balada radiofônica de Te amo e As palavras, pela delicadeza intimista de Quando amanhecer, que ela compôs e canta com Gilberto Gil.
Em Bicicletas, bolos e outras alegrias, Vanessa da Mata consegue, com notável sensibilidade, alçar o trivial ao status de sublime. É um disco para dançar (muuuito), é um disco para ouvir no aconchego. É, sobretudo, um disco para tocar quando, entre sorrir e chorar, a gente escolher a primeira opção (ao contrário do personagem de O masoquista e o fugitivo). E para afastar o baixo astral... Ainda mais esse que anda nos rondando nestes dias de campanha eleitoral.
Além dessa (na verdade, aparente) simplicidade, uma coisa chama a atenção: o disco parece movido pela alegria. Não só porque celebra os tais prazeres pequenos (mas essenciais) da vida – o bolo da vovó, um fiu-fiu, uma bolsa nova, aniversário... — e é alto astral mesmo quando canta as agruras do amor. Essa alegria se faz presente também pela sonoridade vibrante, com presença marcante da percussão e uma pegada que remete à música setentista de influência black.
Os arranjos coletivos, feitos pela banda (a mesma que acompanhou a cantora no palco na última turnê), revelam um entrosamento que com certeza também tem grande parte de responsabilidade por esse astral do disco. Passeiam por variadas nuances, do molejo afro de Vê se fica bem, passando pelo funqueado arrasador do baixo em Meu aniversário, pelo sabor gostoso de balada radiofônica de Te amo e As palavras, pela delicadeza intimista de Quando amanhecer, que ela compôs e canta com Gilberto Gil.
Em Bicicletas, bolos e outras alegrias, Vanessa da Mata consegue, com notável sensibilidade, alçar o trivial ao status de sublime. É um disco para dançar (muuuito), é um disco para ouvir no aconchego. É, sobretudo, um disco para tocar quando, entre sorrir e chorar, a gente escolher a primeira opção (ao contrário do personagem de O masoquista e o fugitivo). E para afastar o baixo astral... Ainda mais esse que anda nos rondando nestes dias de campanha eleitoral.
Veja os clipes de Vá (composição de Vanessa com Lokua Kanza) e de O tal casal (de Vanessa)
3 comentários:
Tava inspirado, hein?, Rosu! Adorei o texto! E o CD! Realmente, Vanessa está cada vez melhor.
Vanessa, cada vez melhor!!! Não paro de ouvir o CD. E o texto do Rosu, bem no clima Vanessa.
A faixa 4 é a melhor.
Viva Vanessa, livre, leve e solta...
vanessa é tudo de bom!!
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