Rosualdo Rodrigues
Colunista de Variedades do Gastronomix
Colunista de Variedades do Gastronomix
Seguem 10 curiosidades sobre a bebida, que caiu na graça dos
brasileiros principalmente pelo feliz casamento com limão, açúcar e gelo — numa
versão internacionalizada da nossa clássica caipirinha.
1 ) A vodca é considerada a bebida nacional da Rússia, mas ninguém
sabe precisar a origem desse destilado, que também apareceu quase ao mesmo
tempo em países como China, Japão e Polónia, com algumas variações. No Japão e
China, por exemplo, é feito de arroz; na Rússia e na Polônia, de cereais
como cevada, milho, trigo e centeio.
2 ) Em 1917, a revolução que levou ao poder o Partido Bolchevique,
liderado por Vladimir Lenin (1870-1924), confiscou todas as destilarias de
vodca na Rússia e proibiu a produção. A bebida, porém, continuou sendo
fabricada e comercializada no mercado negro. Com tanta força que em 1925, um
ano após a morte de Lenin, a produção legal foi retomada.
3 ) Entre os atingidos pela decisão do novo regime estava a família
Smirnov. Piotr Smirnov rem uma história digna de filme. No século 18,
foi servo em uma pequena aldeia russa e, ao se libertar, mudou-se para Moscou.
Ali abriu sua primeira destilaria e deu início a um verdadeiro império. O velho
Smirnov morreu em 1898, mas o negócio continuou prosperando sob comando de seus
descendentes até ser confiscado em 1917.
4 ) A vodca Smirnov virou Smirnoff na França. Com a revolução, a
família Smirnov deixou Moscou e passou pela Turquia, Bulgária e Polônia, até se
estabelecer na França e adotar o nome com pronúncia francesa. Dali a Smirnoff
se disseminou pelo resto da Europa e do mundo.
5 ) A Absolut, uma das marcas mais famosas hoje em dia,
também tem uma história longa. Começou em 1879, na Suécia, pelas mãos do
empresário Lars Olsson Smith. O cara controlava um terço da produção da
bebida no país, mas chamou mais a atenção ao produzir uma vodca utilizando
revolucionário método de destilação: nele, a vodca era destilada mais de 100
vezes, ao invés de três ou quatro, como era comum.
6 ) Hoje em dia, a Absolut é vendida em 126 países e é a segunda
marca de vodca mais consumida do mundo. De uma fábrica no pequeno povoado
de Ahus, na Suécia, saem os 100 milhões de litros de Absolut consumidos
anualmente em todo o planeta.
7 ) A graduação alcoólica da vodca pode variar entre os 35% e
os 60%. Na União Europeia, exige-se um mínimo de 37,5% de teor alcoólico
8 ) Há quem encontre na vodca muitas outras utilidades além
de beber. Algumas gotas no frasco de champu ajudam a combater a oleosidade do
cabelo, misturada à água e borrifada nas flores ajuda manter o arranjo vivo por
mais tempo; borrifada nas roupas, tira o cheiro de mofo. E ainda tem quem
a utilize para aliviar a dor de picadas de água-viva.
9 ) O Brasil também produz vodcas, a maioria não muito confiável,
infelizmente. A Pirassununga (aquela da cachaça), por exemplo, produz duas: a
Balalaika e a Moskowita. A Barcardi-Martini põe no mercado a Natasha. Tem ainda
a Askov, a Leonoff, a Kadoff, a Komaroff…
10 ) A única vodca nacional a ser levada a sério pelos
aficcionados na bebida é a Blue Spirit Unique, do Grupo Petrópolis, que se
iguala às importadas também no preço –pode chegar a R$ 100, enquanto as
demais ficam entre R$ 5 e R$ 25. E tem ainda quem se arrisque na Orloff,
do Pernod Ricard Brasil, marca de qualidade mediana e preço também (em
torno de R$ 40).
Fontes: “O Rei da Vodca” (Linda Himelstein), O Mundo das Marcas,
Buteco Nosso. Foto: puríssima (123rf)
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