Rodrigo Caetano
Diretor do Gastronomix
Diretor do Gastronomix
Brasília possui uma das rendas per capitas mais altas do país. E, quase
por consequência, é uma cidade onde existem muitas opções para quem precisa e
deseja almoçar e jantar fora.
Opções para gostos e bolsos diferentes. A capital do país atrai
investimentos, mesmo em tempos bicudos de crise. Muitos negócios se expandiram
no ano anterior, seguindo modismos, como os dos hambúrgueres e de outras ondas
da gastronomia, e alguns estabelecimentos fecharam as portas.
Para quem deseja investir e abrir algo, sugiro pesquisa. Pesquisa de
local, de decoração, de fornecedor, de qualidade de ingrediente. Cidades em
crise se reinventaram, como Lisboa e Atenas. Os empresários souberam lidar com
os desafios, sem deixar de oferecer ótimas alternativas de consumo no ramo. Menos
toalhas de linho, menos risoto e mais legumes, mais respeito à sazonalidade do
ingrediente.
É quase uma unanimidade, caso fosse feita uma pesquisa, que o cliente
brasiliense precisa ser mais bem tratado quanto à qualidade da entrega dos
pratos e dos serviços. A começar pelas propostas de casas que são abertas.
Quase sempre o mais do mesmo, com a mesma fórmula arquitetônica e um cardápio
fácil e preguiçoso, com a premissa de que “é feito para agradar” ou “porque
vende”.
Há de se ter certa ousadia, por exemplo, para bancar um projeto como o
Café com Feira, do Grand Cru Brasília -
Importadora de Vinhos e Wine Bar, em que um restaurante propõe ao cliente
um café da manhã saboroso com possibilidade de um consumo sustentável e
artesanal de ingredientes. Posso citar alguns bons exemplos de que negócios bem
pensados fazem sucesso e trazem retorno financeiro como as padarias Castália e Varanda
Pães Artesanais, como os restaurantes Authoral e Le
Birosque e como os Café e um Chêro e Seu Patricio
Café.
O público espera conforto, preços razoáveis e bons pratos à mesa com
ingredientes da estação e mais tempero.
Por mais cafés com feira e menos modismos. Que venha 18!
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