Rosualdo Rodrigues
Colunista de Variedades do Gastronomix
De azeite brasileiro a gente quase não ouve falar, mas ele existe sim.
Pouco, mas existe. Estima-se que cerca de 500 hectares de oliveiras sejam
cultivados hoje, no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
Isso, portanto, contraria a afirmação de que nossos solo e clima não
são propícios à cultura dessa árvore. Curioso é entender como foi que essa
ideia infundada foi plantada em nossa cabecinha tupiniquim.
Foi assim: no Brasil colônia, europeus trouxeram para cá mudas de
oliveiras, que eram plantadas principalmente nas proximidades de igrejas e
capelas, por causa do simbolismo cristão da planta — lembra aquela coisa
bíblica de jardim das oliveiras e tal, né?
Então: as arvorezinhas começaram a dar que era uma beleza e aí
começou-se a produzir azeite por aqui. Mas, quando a corte portuguesa soube da
novidade, não ficou nada satisfeita.
A preocupação era que a colônia se tornasse um concorrente de Portugal,
que começou a produzir azeite no século 13 e, pouco depois, já exportava o
produto para os países do norte europeu.
E como quem mandava na coisa era mesmo a família real, achou-se por bem
mandar derrubar tudo quanto era oliveira que havia nas terras do pau-brasil. Ou
seja, o “mal” foi cortado, literalmente, pela raiz e não se falou mais nisso.
A previsão para 2017 era de que, só em Minas Gerais, fossem produzidos
40 mil litros de azeite. E olha: o setor tem registrado aumento de 15% ao
ano. Uau! Bacana. Só vamos ter cuidado com o qualidade do produto. Olha o teste
do Proteste!
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