quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

AO PÉ DO OUVIDO // Ligado no shuffle...


Por Rosualdo Rodrigues

- Muito bom o disco novo de Bryan Ferry, Olympia. O velho e bom estilo do cantor, atualizado com as colaborações de músicos de diferentes gerações, de Nile Rodgers (Chic) e David Gilmour (Pin Floyd) ao pessoal do Groove Armada e do Scissor Sisters. Cool como ele só, Bryan Ferry continua sendo o cantor que eu queria ser caso fosse músico...

- Ouvi dizer que Cyndi Lauper vem ao Brasil em maio (e possivelmente a Brasília). Com certeza vai cantar os hits e não as músicas de Memphis blues, seu disco mais recente. É um trabalho bem específico, que pode soar estranho num primeiro momento, mas pouco a pouco se revela ótimo. Cyndi conta com participações de nomes conceituados no blues, como Allen Toussaint, B.B. King e Charlie Musselwhite. Tem também Johnny Lang e o brasileiro Leo Gandelman.

- Virginia Rosa é uma boa cantora, que nem sempre ganha o destaque merecido. Ela está brilhante em Voz & piano, que gravou com o pianista Geraldo Flach. São belos arranjos e ótimas interpretações para músicas como Qui nem jiló, Kalu (duas do repertório de Luiz Gonzaga), A voz do coração (Ronaldo Bastos e Celso Fonseca), Dindi (Jobim), Cacilda (Wisnik), Pressentimento (Elton Medeiros e Hermínio)... Eu dispensaria Amor de índio (Beto Guedes) e Maria Maria (Milton).

- Saiu a trilha do filme Nosso lar, composta por Phillip Glass e executada pela Orquestra Sinfônica Brasileira. Aquele tipo de trilha que não fede nem cheira... Ora tende para a música sinfônica, ora para o minimalismo new age de Glass, mas no fim é apenas convencional.

- Vi um belo e comovente show de Cauby Peixoto quando estive em São Paulo, recentemente: Cauby sings Sinatra, com um repertório todo de músicas cantadas antes por Frank Sinatra. Foi lançado o DVD e CD. Recomendo. Cauby está fragilizado, mas a voz inconfundível continua no lugar. Confesso: chorei pra caramba no show quando ele cantou The world we knew.

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